Acordo com o som de minha avó brigando com alguém no andar de baixo, coloco o travesseiro em cima do meu rosto e tento abafar o som, mas... é impossível, minha família não dorme até tarde, nem mesmo aos domingos.
- Você ronca, sabia?
Jogo o travesseiro no rosto de Sina e a ouço rir.
— Não ronco nada - Franzo a testa. — A quanto tempo está acordada?
— Não muito - Diz sorrindo — Acordei e tomei café com a sua mãe. O pão de queijo de vocês é muito bom. Não sente falta?
— Sim, muita. - Levanto-me. — Sempre acorda cedo?
— Ás vezes. Precisei resolver algumas pendências.
Noto seu notebook aberto em cima da cama e caminho para o banheiro. Tomo um banho longo e quente, não importa a estação do ano, eu sempre vou optar pela água quente. Ouço Sina cantar baixinho através da porta e sorrio involuntariamente, retiro todo o excesso da maquiagem de ontem e aplico um produto hidratante em meu rosto.
- Heyoon, tem uma criança aqui no quarto me perguntando de onde vem os bebês. O que eu faço? - Ouço a voz de Sina seguida de uma batida na porta.
— Responda - Seguro a minha risada.
— Mas ela só tem 5 anos.
— Eu tenho cinco anos e meio.
Reconheço a voz de Hana, a filha mais nova de minha tia por parte de pai.
Enrolo meu corpo na toalha antes de abrir a porta.
— Muito bem, mocinha. Quem te deixou entrar?
Ergo uma sobrancelha para Sina quando Hana aponta para ela.
— Pensei que fosse sua mãe. - Sina me responde.
— Eu ouvi o papai falando que fez mais um bebê com a mamãe, mas como é isso? É tipo mandar uma carta para a cegonha, igual ao filme que eu vi?
— Hana, dentre todas as nossas primas, você é a que eu mais gosto - ela sorri ao ouvir isso — Mas se não sair daqui agora e fazer essa pergunta ao seus pais, passo a máquina zero nas suas trancinhas.
— Mamãe! - Hana sai correndo.
— Você é má. - Diz Sina fechando a porta.
— Ela está acostumada - Vou até minha mala e procuro uma roupa — Se não fosse por mim, você teria que dar uma aula sobre onde vem os bebês. - Levanto-me — Por quê está de costas?
— Você está nua.
— Estou de toalha.
— Mesmo assim.
— Te incomoda?
Sina ri.
— O corpo de uma mulher nunca me incomoda, mas se formos nos atentar aos fatos, não estou sendo paga para cobiçar o seu.
— Não foi o que vi ontem.
— Sinto muito por isso.
— Relaxa. Sungyoon com certeza não parou de analisar o seu. - Visto um short jeans e uma blusa. — Pronto.
Ela se vira.
— Amarelo combina com você.
— Obrigada.
Mamãe grita nos chamando pelas escadas e decidimos descer. Boa parte dos meus tios, tias e primos estão presentes, faço as apresentações e aceito todos os elogios sobre como minha namorada é linda e uma graça. Sério, a forma como dizem faz parecer que beleza é um mérito e não uma caracteristica fisica.
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A Acompanhante - Siyoon
Fanfiction{CONCLUÍDA} Após mudar-se para Los Angeles em busca de um recomeço, Heyoon consegue toda a estabilidade financeira que sempre sonhou. Três anos se passaram e, apesar de tentar seguir em frente, ela se vê em uma encruzilhada quando tem que voltar a s...