Capítulo 9

221 26 10
                                    

Acordo com o som de minha avó brigando com alguém no andar de baixo, coloco o travesseiro em cima do meu rosto e tento abafar o som, mas... é impossível, minha família não dorme até tarde, nem mesmo aos domingos.

- Você ronca, sabia?

Jogo o travesseiro no rosto de Sina e a ouço rir.

— Não ronco nada - Franzo a testa. — A quanto tempo está acordada?

— Não muito - Diz sorrindo — Acordei e tomei café com a sua mãe. O pão de queijo de vocês é muito bom. Não sente falta?

— Sim, muita. - Levanto-me. — Sempre acorda cedo?

— Ás vezes. Precisei resolver algumas pendências.

Noto seu notebook aberto em cima da cama e caminho para o banheiro. Tomo um banho longo e quente, não importa a estação do ano, eu sempre vou optar pela água quente. Ouço Sina cantar baixinho através da porta e sorrio involuntariamente, retiro todo o excesso da maquiagem de ontem e aplico um produto hidratante em meu rosto.

- Heyoon, tem uma criança aqui no quarto me perguntando de onde vem os bebês. O que eu faço? - Ouço a voz de Sina seguida de uma batida na porta.

— Responda - Seguro a minha risada.

— Mas ela só tem 5 anos.

— Eu tenho cinco anos e meio.

Reconheço a voz de Hana, a filha mais nova de minha tia por parte de pai.

Enrolo meu corpo na toalha antes de abrir a porta.

— Muito bem, mocinha. Quem te deixou entrar?

Ergo uma sobrancelha para Sina quando Hana aponta para ela.

— Pensei que fosse sua mãe. - Sina me responde.

— Eu ouvi o papai falando que fez mais um bebê com a mamãe, mas como é isso? É tipo mandar uma carta para a cegonha, igual ao filme que eu vi?

— Hana, dentre todas as nossas primas, você é a que eu mais gosto - ela sorri ao ouvir isso — Mas se não sair daqui agora e fazer essa pergunta ao seus pais, passo a máquina zero nas suas trancinhas.

— Mamãe! - Hana sai correndo.

— Você é má. - Diz Sina fechando a porta.

— Ela está acostumada - Vou até minha mala e procuro uma roupa — Se não fosse por mim, você teria que dar uma aula sobre onde vem os bebês. - Levanto-me — Por quê está de costas?

— Você está nua.

— Estou de toalha.

— Mesmo assim.

— Te incomoda?

Sina ri.

— O corpo de uma mulher nunca me incomoda, mas se formos nos atentar aos fatos, não estou sendo paga para cobiçar o seu.

— Não foi o que vi ontem.

— Sinto muito por isso.

— Relaxa. Sungyoon com certeza não parou de analisar o seu. - Visto um short jeans e uma blusa. — Pronto.

Ela se vira.

— Amarelo combina com você.

— Obrigada.

Mamãe grita nos chamando pelas escadas e decidimos descer. Boa parte dos meus tios, tias e primos estão presentes, faço as apresentações e aceito todos os elogios sobre como minha namorada é linda e uma graça. Sério, a forma como dizem faz parecer que beleza é um mérito e não uma caracteristica fisica.

A Acompanhante - SiyoonWhere stories live. Discover now