Capítulo 38

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HEYOON

Última chamada para o voo 006 com destino a Los Angeles.

Ando rapidamente e aguardo na fila para o meu voo, quase perco a hora por ter esquecido onde deixei minha identidade, minha sorte foi Savannah ter passado na empresa mais cedo e tê-la encontrado em cima da minha mesa.

Quando apareceu em minha casa alguns minutos antes, quase quebrei suas costelas de tão forte que a abracei.

Sigo até a entrada do avião e mostro minha passagem para a aeromoça, ela aponta para uma poltrona ao lado da janela e caminho até ela. Guardo minha mala de mão e desligo meu celular.

Como não consegui dormir a noite toda devido ao nervosismo, minhas horas de sono estão sendo postas em dia. Faltando duas horas para o pouso, vou até o banheiro para trocar de blusa, escovo os dentes e arrumo meu cabelo o melhor que posso.

Volto a ligar novamente meu celular quando o avião pousa no aeroporto, ligo para Alex assim que encontro minha mala.

Caminho para a saída.

Ele atende no primeiro toque.

— Boa tarde, querida. Como foi a viagem?

— Bem, dormi o voo quase todo.

— Espero que esteja apresentável, mandei alguém buscá-la.

— Mas não havíamos combinado de que viria me buscar para tomarmos café?

— Sim, mas decidi lhe dar planos melhores.

Paro de andar quando meus olhos encontram Sina, meu coração dá um salto e todo o ar de meus pulmões somem.

Ela está aqui, me esperando.

— Te vejo na segunda, Heyoon.

Desligo o celular.

Sina dá o primeiro passo vindo em minha direção e eu dou o próximo, no meio do caminho nossos corpos se colidem. Ela está tão linda, o cabelo está mais curto do que me lembro.

Enterro meu rosto em seu pescoço e inspiro seu cheiro. É o mesmo de antes. Tudo nela está igual e ao mesmo tempo diferente.

Ficamos um bom tempo abraçadas no meio do aeroporto, como se tivéssemos medo de dar qualquer passo em falso e perder uma a outra. Suas mãos acariciam meu rosto, meu cabelo. As minhas percorrem seus braços, pescoço e nuca.

Quero lhe dizer tantas coisas, questionar outras, mas não consigo emitir nenhum som. Lágrimas rolam por minhas bochechas e quando nos afastamos, vejo que nas dela também. Depois de meses separadas nossas mãos se encaixam e é tudo que precisa ser feito nesse momento.

☆☆☆

Sina abre a porta de sua casa e me deixa entrar, largo minha bolsa no chão e a empurro contra a parede, seus lábios encontram o meu e solto um gemido em resposta.

Como senti saudades desse beijo.

Abro a boca para que nossas línguas se encontrem. Minhas mãos ávidas retiram qualquer coisa que atrapalhe o toque de nossas peles, começo pela blusa e depois o sutiã.

Ouço um latido e solto um grito quando vejo um cachorro enorme correr em nossa direção.

— Bruce, senta. - O cachorro para a poucos centímetros de nós duas. — Bom garoto.

— Han... - Desisto de tentar formular qualquer coisa e volto a beija-la.

Sina nos conduz pelo corredor, nossos lábios não se desgrudam até que eu esteja deitada na cama. A ajudo a retirar minha calça e o sutiã.

Abro minhas pernas para lhe dar passagem até meu sexo. A ponta de sua língua vai de encontro ao meu clitóris inchado e sinto o mundo explodir. É como se Sina tivesse andado por um longo tempo em um deserto e estivesse com muita sede, e eu fosse sua fonte inesgotável de água.

Meu corpo reage aos seus toques, sua mão habilidosa percorre minha cintura enquanto sua boca me devora. Contorço-me e me desfaço até sentir uma onda de prazer forte.

Sina penetra dois dedos em mim, seu polegar acaricia meu ponto inchado com carinho. Suas estocadas aumentam de ritmo a cada segundo e eu correspondo. Já não consigo ter controle sobre meus pensamentos ou qualquer coisa, apenas sussurro que quero mais.

Mordo meus lábios quando Sina coloca meu seio esquerdo praticamente todo em sua boca.

Ela ainda se lembra exatamente de todos os lugares que gosto de ser tocada.

— Olha pra mim. - Sussurra. - Quero que olhe para mim enquanto goza.

Com dificuldade abro meus olhos e fixo nos seus. Sina geme quando rebolo em seus dedos, minhas mãos agarram os lençóis da cama, preciso me agarrar em algo.

Solto um gemido estrangulado antes de meu corpo se arrepiar e eu ter mais um orgasmo. O sorriso nos lábios da mulher a minha frente faz com que eu queira mais.

Muito mais.

Empurro Sina contra o colchão.

— Minha vez. - Sussurro.

Percorro meus lábios por toda a extensão de seu corpo, recordando de cada centímetro dele. Matando a saudade de sua pele quente. Não contenho o sorriso quando a vejo se arrepiar por eu ter passado as unhas levemente por sua barriga.

Dou pequenos beijos castos ao redor do bico de seus seios intumescidos antes de morde-los. Suas mãos pressionam minha cabeça e é todo o incentivo que preciso para abocanhar um deles, faço o mesmo com o outro depois de um tempo e desço.

Revivo em minha cabeça a primeira vez que fiz isso, a sensação de seu gosto em minha boca é eletrizante. Com certa timidez lambo toda a extensão de seu centro antes de focar seu ponto inchado. Os gemidos que saem de sua boca me deixam doida.

Percorro suas pernas longas com a ponta de meus dedos.

Faço movimentos circulares, o barulho de sucção me deixa ainda mais excitada e a penetro com dois dedos. Alternando o movimento de meus dedos e minha língua, não demora para que Sina prenda minha cabeça com suas pernas e suspire de prazer.

Durante toda a tarde e boa parte da noite fazemos amor. Primeiro no quarto, depois no banheiro, no sofá, no chão, no tapete. E em todos esses momentos eu digo que a amo.

☆☆☆

Acordo sentindo beijos em minhas costas e me mexo na cama.

— Desse jeito vou morrer antes mesmo de estar pronta para a próxima. - Digo um pouco sonolenta. — A não ser que curta namorar com cadáveres.

— Necrofilia não é muito a minha praia.

Viro-me para abraçá-la. Suas mãos acariciam meus cabelos e suspiro em puro deleite.

— Eu senti a sua falta. - Sina diz.

— E eu senti a sua.

— Naquele dia, em que me viu no banheiro com Joalin... não foi o que estava pensando, Heyoon. Ela quem me beijou, fui pega de surpresa e não consegui fazer nada para impedi-la.

Fico em silêncio por um tempo tentando digerir tudo. Sina aproveita para contar toda a história desde que voltou para Los Angeles de Daejeon, escuto atentamente todas as suas lamentações. Aproveito para contar como foi para mim também, a saudade que senti, a vergonha, minha vontade desesperadora de pedir desculpas por tudo o que disse.

— Eu até troquei de número para conseguir falar com você. - Diz me olhando. — Mesmo assim, sem resultado.

— Eu também tentei de ligar depois de um tempo, um homem que atendia. - Ela pega o celular no chão do quarto e me mostra seu número, solto gargalhadas e quando ela me olha confusa, explico tudo a respeito.

— Parece que o destino gosta mesmo de pregar peças. - Sina volta para a cama e dormimos o restante do dia.

★★★
💋

A Acompanhante - SiyoonΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα