🍭 The Sweet Second Chance 🍭 - AU

🍭 - 4

No dia seguinte "meu marido", montou um cronograma de passeio, algo que eu achei muito estranho.
Por conta da minha gravidez, eu era um tanto lenta para andar mas felizmente para mim, Killian não estava com pressa. Eu fiquei surpresa quando vi que ele estava diminuindo o ritmo para cuidar de mim, além disso, ele não esqueceu de me ajudar quando nós estávamos subindo a montanha.
A forma que ele estava falando comigo e se comportando, indicava que ele era um bom marido. Isso me fez pensar  que talvez eu estivesse sendo muito desconfiada em relação ao que aconteceu no escritório. Talvez ele estivesse só procurando alguma animação, fazendo sexo via chamada de vídeo... mas o que não saia daninha mente era "porque com a minha irmã?".
No meio da montanha, eu já estava exausta me sentindo exausta, portanto eu me sentei um pouco para descansar, naquele momento, Killian apontou para algumas flores que cresciam no pé da montanha, dizendo que a paisagem era um tanto quanto pitoresca.
Ele sugeriu que queria tirar algumas fotos minhas lá, portanto, eu fiquei parada ao lado das flores, mas ele falou que o ângulo estava ruim, sendo assim, eu dei alguns passos para trás conforme ele me instruiu. Pouco menos de um segundo depois, eu acidentalmente escorreguei e cai montanha abaixo.
Pensando naquela criança que eu estava gerando em meu ventre, senti um desejo enorme de sobreviver. Então, depois de rolar diversas vezes, eu consegui finalmente me segurar em uma árvore.
Embora eu não tivesse morrido, senti uma dor absurda vindo da parte debaixo da minha barriga. Minutos depois, eu já estava coberta de suor, mas mesmo assim, eu me recusava a soltar.
Eu estava com um mau pressentimento que a criança que eu carregava está em perigo, mas depois de um tempo, muitos turistas e alguns funcionários do local correram para me ajudar. Eles vieram de todas as direções, entrando em pânico por conta da cena.

- Eu sou o marido dela! - Escutava de longe Killian gritando- Eu também sou obstetra. - Killian fala

Viro meu rosto e vejo Killian se espremendo pela multidão, e me pegou no colo e desceu a montanha correndo.
Segurei a roupa do meu marido com força...

- Querido, faça o que você puder para salvar o nosso filho! - Falo fraca
- Eu vou. - Killian fala

Killian corria rapidamente, olhando para o caminho que estava em sua frente.
Meu marido nos levou para a cabana, eu não tinha força para pedir por um pronto socorro.
Mas infelizmente, o meu filho se perdeu no final. Era uma emergência, portanto, Killian induziu o parto. Então foi quando eu acordei, já estava escuro lá fora e o meu marido não estava ao meu lado.
Eu chequei o meu celular e vi que já se passava das dez horas da noite.
Eu me perguntei onde o Killian poderia ter ido naquela hora da noite, então, eu me levantei da cama com dificuldade, com a intenção de procurar por ele, mas quando eu cheguei na porta, eu ouvi alguém conversando.

- Ela tece sorte dessa vez, mas não se preocupe... - Era a voz de Killian, as palavras dele pareceram um relâmpago, me atingiram sem piedade. - O bebê está morto. - Killian fala

Eu não conseguia acreditar no que eu estava escutando, na verdade, eu cambaleei para trás, mas conseguia ficar em pé enquanto me apoiava na parede.
Eu mordi as costas da minha mão numa tentativa de evitar que eu fizesse barulho. No entanto, eu não consegui impedir minhas lágrimas de caírem.
O que aconteceu foi que eu cai na armadilha que eles criaram para mim. Além disso, o homem com quem eu estava casada durante dois anos, aparentemente era um anjo, mas na verdade, era um demônio encarnado.
Eu estava errada sobre muitas coisas, eu nunca deveria ter me deixado acreditar nessa fantasia.
Assustada e atônita, eu voltei para a cama e fingi que estava dormindo, pois eu sabia que naquele momento, eu não teria forças para lutar contra ele.
Depois de um tempo, Killian voltou e ficou parado ao meu lado. Assim que ele confirmou que eu estava dormindo, ele se virou e saiu.
No momento que ele deixou o quarto, eu imediatamente me levantei da cama, corri com dificuldade para a janela e olhei para fora.
Lentamente, o diabo do meu marido desapareceu na noite, mas o que mais me chamou atenção foi a sacola de plástico preta que ele estava carregando.
Por algum motivo, o meu instinto estava me falando que eu deveria seguí-lo.
Meu coração estava me dizendo que era meu filho dentro daquela sacola.
Naquele momento, a dor lacerante em meu peito quase sufocava.
Uma vez que ele já estava longe, peguei meu celular e corri para fora, sem me importar com o quão enfraquecida eu estava depois do aborto. Nem me importava com o sangue que escorria em torrentes do meio de minhas pernas.
Depois de sair, eu não tinha ideia de qual direção deveria tomar, por isso corri sem rumo por uma estrada estreita que atravessava uma fazenda.
Tudo que eu sabia era que tinha que estar o mais longe possível daquele diabo.
Eu estava em pânico. Se Killian descobrisse que eu tinha desaparecido e viesse atrás de mim... eu estou perdida!
Peguei meu celular, querendo pedir ajuda a alguém, mas não tinha certeza para quem ligar tão tarde da noite. O celular estava quase sem bateria, e não podia pensar demais, então escolhi ligar para Ruby.
Depois de chamar várias vezes, eu finalmente pude ouvir a voz um pouco rouca da minha amiga. Eu havia acordado ela, com certeza!

O caminho era estreito, e ao me descuidar por um momento, acidentalmente escorreguei na vegetação e logo me vi tomando um banho lama.
Me levantei da poça devagar. Meus sapatos haviam sumido na lama e o meu celular tinha desligado. Sem bateria e descalça! Continuei correndo o mais rápido que minhas pernas podiam me carregar. Sangue escorrida quente pelas minhas coxas, misturando-se com lama nas minhas pernas.