🍭 The Sweet Second Chance 🍭 - AU

🍭 - 13

Encarei o homem que eu tinha chamando de marido nos últimos anos com nada além de tristeza em meu olhar.

- Killian, você está realmente tentando aliviar sua consciência com míseros 10mil dólares? Você pode não ter princípios, mas você acha mesmo que esse dinheiro vai compensar minha juventude perdida? - Pergunto

Eu estava dando o meu melhor, tentando não perder a compostura. Se eu cedesse as minhas emoções nesse momento, só perderia essa batalha. Mesmo assim, não pude evitar a pequena hesitação em minha voz.
Killian mostrou sentir um pouco de vergonha e arrependimento após ouvir o que eu tinha dito. Ele sabia que ele era o errado nessa história. Ele não tinha argumentos para refutar minhas palavras.
No entanto, isso não se aplicava à Ariel. Ela riu alto, expressando seu desdém pela situação.

- Sua juventude perdida? Não exagere, Emma. Uma mulher como você não pode nem dar prazer a um homem. - Ariel fala

Virei meu rosto na direção de Killian. A face dele estava vermelha de vergonha. Eu estava certa — o que Ariel tinha dito foi algo que saiu da boca dele.
Eu franzi minha testa, só conseguia sentir pura decepção antes de olhar para Ariel novamente.

- Sim, eu não lhe dei prazer, mas ele é como uma britadeira quando está transando com você e com a minha irmã, não é? - Pergunto

Essas foram provavelmente as palavras mais absurdas que eu já disse em toda minha vida.
Eu consegui ver nitidamente no rosto de Ariel com os meus dizeres a tinham enfurece. Ela se jogou em cima de mim como uma doida e me empurrou para o chão.
Fui rápida ao bastante para apoiar minhas mãos no chão enquanto caía, mas ao fazê-lo, machuquei minhas palmas com os cacos de vidro quebrados que estavam no chão. Minhas costas e minhas pernas também não escaparam dos pedaços de vidro afiados.
Engoli em seco e fiz o meu melhor para não emitir nenhum som.
Haviam mais pessoas observando a briga nesse momento.
Ariel levantou a mão, possivelmente para me bater mais ainda, mas Killian rapidamente a puxou de cima de mim.

- Chega, Ariel! Não faça mais nada. - Killian fala

Ele não queria que esse problema tomasse proporções ainda maiores. Ele sempre se importou muito com sua imagem pública.

- O que foi? Está sentindo pena dela agora? - Ariel pergunta

Killian não disse nada, mas essa pergunta me fez rir.

- Independentemente dos seus relacionamentos extraconjugais, eu ainda sou sua esposa. Fui sua esposa nos últimos dois anos, não é natural que ele se preocupe comigo? - Pergunto
- CALA BOCA, VADIA! - Ariel grita

Ariel lutou para sair dos braços de Killian e levantou a mão novamente.
Eu ainda não chão, fechei meus olhos e reparei fundo, preparada para receber um tapa.
Mas nunca veio. Quando olhei para cima novamente, descobri que outra pessoa estava segurando o pulso de Ariel.
Quando eu levantei a cabeça, eu vi Regina, que estava vestindo uma camiseta branca sem estampa, calça de terno e sapato de salto não muito grande. Ela parecia inexplicável bonita e limpa.

- Mas que amante arrogante você é! Sempre que você está repreendendo as outras pessoas por serem sem-vergonha, você deveria dar uma olhada para si mesma e se lembrar que você é ainda mais sem-vergonha, afinal, você é uma das destruidoras de lares! - Regina fala

Embora ela soasse calma, o seu rosto não tinha emoção alguma, o que parecia um tanto quanto intimidador.
Casualmente, ela empurrou o pulso da Ariel de lado, mas foi como se ela tivesse colocado muita força naquele ato, visto que ela deu alguns passos para trás, mal se mantendo em pé com ajuda de Killian.
Em seguida, Killian apontou para Regina.

- Isso é assunto de família, não tem haver com você! - Killian fala
- Ah, mas tem, meu amigo! Isso tem tudo haver comigo. - Regina me puxou para perto dela com cuidado - Se você se divorciar dela hoje, eu vou me casar com ela amanhã! O que você quer, Killian Jones? Se você vai continuar nessa indecisão, então isso vai significar que você não é nada além de um grande covarde! - Regina fala

Cada palavra que saía da boca dela mostrava o quão ameaçadora Regina era, além disso, ela era um pouco mais alta do que Killian. Regina estava olhando para ele com um olhar inabalável, fazendo com que arrepios surgissem na espinha de qualquer pessoa que visse aquela cena.
Eu fiquei chocada ao perceber que ela sabia o nome de Killian e até mesmo teve iniciativa de me proteger daquela forma, afinal, eu nunca tinha experienciado alguém me protegendo assim antes.
Ela não só recuperou a minha auto-estima, como também me ajudou a descontar a raiva que eu estava sentindo daqueles dois traidores.
Logicamente, ela também fez com que o Killian achasse que eu trai ele, então naquele momento, ele estava olhando para a mulher que era melhor do que ele em todos os sentidos.
Ele até tentou abrir a boca para falar alguma coisa, mas rapidamente ele percebeu que não tinha como ele retrucar. Por isso, ele voltou a sua atenção para mim.

- Emma, eu nunca pensei que você fosse esse tipo de pessoa! Como você pode fazer algo tão sem-vergonha nas minhas costas? - Killian pergunta

Ver aquele rosto pálido dele me trouxe tanta felicidade, pois eu sabia que ele finalmente estava sabendo como era se sentir traído! Mesmo que ele não se importasse comigo, pelo menos ele se importava com a dignidade dele.
Talvez para ele, eu era apenas um pedaço de carne que ele não queria comer mais, mas mesmo que ele tivesse me jogado fora, ele não queria permitir que ninguém mais me comesse.
Na verdade, ele sempre foi esse tipo de pessoa!

- Você não tem nada para fazer durante o seu horário de trabalho? - Leroy pergunta

Sua voz severa tinha um acompanhamento especial, o rosto franzido nos encarando. Na verdade, ele estava olhando especificamente para Ariel.
Talvez ele estivesse se sentindo envergonhado pelas ações da filha, mas em seguida, Killian olhou para mim e para Regina algumas vezes antes de Ariel finalmente arrastá-lo para longe. Ele não se esqueceu de pegar o cartão do banco que estava no chão antes de ir embora.
Quanto aos espectadores viram que aquele show tinha acabado, eles lentamente dispersaram, então, só ficamos eu e Regina no local.

- Eu quero ver a minha mãe. - Falo baixo
- Você consegue andar? - Regina pergunta
- Sim, eu acho. - Respondo

Pedi para que ela não me ajudasse. No entanto, no instante em que eu saí de perto dela, eu me senti tonta. Rapidamente perdi a consciência, mas senti um par de braços me segurando antes que eu pudesse cair.