🍭 The Sweet Second Chance 🍭 - AU

🍭 - 28

No entanto, o que eu não esperava, era que Killian estivesse esperando por mim na porta de casa.

- O que você acha que está fazendo aqui? Já disse que não vou me separar de você. - Falo

Eu não queria olhar no rosto dele. Acabei passando reto por ele.

- Só vim aqui pegar minhas coisas. - Killian fala

Sinceramente, achei que ele havia me visitado para falar sobre o divórcio.
Quando ouvi suas palavras, parei onde eu estava e dei meia volta, o encarando com um brilho de diversão no olhos.

- Que coisas? - Pergunto
- Eu sei que quando nós casamos, você fez uma reforma aqui com o dinheiro que eu te dava. Você comprou coisas para cá. - Killian fala

De fato eu tinha feito uma reforma aqui com o dinheiro dele.

- Quer levar a tinta que está na parede? Também foi com o seu dinheiro. - Falo

Killian parecia muito envergonhado de me pedir aquilo. Talvez estivesse se dando conta do quão cara de pau estava sendo.
Nesse momento, finalmente entendi que dois anos não eram nem de perto o suficiente para se conhecer alguém.
Tudo isso estava sendo terrivelmente patético!

- Com seu dinheiro eu comprei e fiz muita coisa nessa casa. O seu dinheiro comprou una garrafa térmica e entre outras coisas. Pode ficar com tudo que eu disser que seu dinheiro comprou. Pode ficar com essas coisas, até porque me incomoda só de pensar que foi com seu dinheiro. - Falo

Andei até a porta e abri e ofereço passagem para ele entrar. Estava caindo o mundo e o sem noção do Killian entrou na minha casa molhando meu chão com o guarda-chuva.

- A torneira do banheiro, garrafa térmica e algumas outras coisas. Quer que eu tire as torneiras para você levar? - Pegunto debochada

Killian não respondeu minha pergunta, mas eu fiz questão de pegar cada coisa que eu comprei com o dinheiro dele e o entregar. Por fim, ele precisou fazer duas viagens para levar as coisas que o dinheiro dele comprou.

- Quando você vai discutir as formalidades do divórcio comigo? - Killian pergunta
- Você não entende a linguagem humana? Não acabei de falar que não vou me separar de você? Então, eu não irei. - Falo

Killian franziu a testa diante da minha resposta.

- Emma, atrasar esse processo não é bom para nenhum de nós. - Killian fala
- Querido, você já pegou tudo? - Olho para ele - Se retire da minha casa, e mande um beijo para Ariel e Rose. - Ando até a porta e abro - Vaze! - Falo
- Emma... - Corto Killian
- Killian pegue seu caminho, anda! - Falo
- Um dia nós teremos que nos divorciar. - Killian fala
- E esse dia não é hoje. - Falo
- Você está agindo errado! - Killian fala
- Não mais que você. - Respiro fundo - Ande, perdi minha paciência, vá embora! - Killian anda até mim e eu cruzo meus braços - Vai embora ou não? Eu terei que chamar a polícia? - Pegunto
- Isso não acabou. - Killian fala
- Ainda bem que você sabe. - Falo

O vejo ir embora levando consigo as coisas que comprei com seu dinheiro. Fecho a porta e respiro fundo.
A partir daquele dia, ele passou a me ligar quase todos os dias. Fiquei tão irritada com aquilo que passei a andar com o celular desligado.
Duas semanas depois, um dos meus colegas do hospital me procurou para me dar uma péssima notícia, finalmente acabando com o meu humor.
Minha avó havia falecido.
Sai de casa em um salto, correndo até o hospital tão rápido quanto minhas pernas permitiam. Não era muito longe dali, vi um carro encostar junto ao meio-fio na minha frente. Era Regina.
Ela parou para me dar carona até o hospital.
Eu nem sabia que minha vó estava no hospital. Afinal, eu venho ignorando meus pais tem semanas. E agora eu terei que encará-los e encontrarei Rose, bom talvez.
Ao chegar no hospital, me deparo com meus pais, e algumas pessoas da família, mas nada da Rose. O médico informou que minha vó havia morrido as seis da manhã.
Duas condições havia piorado subitamente no dia anterior, mas a equipe do hospital não conseguiu entrar em contato comigo que estava como contato de emergência. Acabaram ligando para Killian e para minha mãe, e meu "marido" passou meu endereço atual.
Eu não conseguia olhar para os meus pais e nem para ninguém. Minha vó esteve com a gente esses anos todos, e foi quem criou a mim e a Rose, para que minha mãe e meu pai trabalhassem. Ruby tinha chegado no hospital afobada e ficou surpresa quando viu Regina ali num canto distante.
Durante esse tempo, o corpo da minha vó foi coberto por um lençol branco, a separando dos mundos dos vivos e, consequentemente, de mim.
A dor estava num grau inexplicável, eu estava sentada distante de todos, de cabeça baixa, chorando a plenos pulmões.

- Me desculpa, vó. Eu sinto muito! Eu falhei com você! - Falo baixinho

De repente, sinto uma mão firme em meu ombro, me puxando para um abraço.

- Aí,  está tudo bem! Eu estou aqui. - Regina fala

Embora Regina não tivesse nada haver com isso, ela estava ali comigo me abraçando o mais forte que podia. Ruby se aproximou da gente, e segurou a minha mão.

- Vamos para casa, seus pais vão resolver as coisas da documentação. - Ruby fala

Regina se levanta comigo e meus olhos se encontram diretamente com os olhos da minha mãe.
Saio dos braços de Regina e ando até a minha mãe, que me abraça.

- Me desculpa... - Sussurro
- Está tudo bem, meu amor. - Minha mae acaricia meus cabelos - Você precisa ir para casa, depois nos conversamos. - Minha mãe da um beijo em meus cabelos - Eu te amo. - Minha mãe fala
- Eu te amo... - Falo

Meu pai se aproxima da gente e me dá um beijo na testa. Saio dos braços da minha mãe e volto para os braços de Regina. Sem questionar, meus pais dão um meio sorriso e logo vou embora com Ruby e Regina.