Capítulo Dezenove

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Edu Robinson:

Quando abri os olhos, o céu já estava claro. Na manhã seguinte, o ar cheirava a orvalho, o sol batia em meu rosto, e isso não me fez sentir mal.

Bocejando, fechei os olhos novamente, coloquei a mão ao lado do corpo e peguei meu telefone quando o mesmo começou a vibrar loucamente.

Fiquei atordoado por um momento; minha sonolência desapareceu instantaneamente. Abri os olhos e me sentei rapidamente, apenas para ver quem estava me ligando, e congelei ao ver o nome de Marcos no visor.

Já se passaram três dias desde que almocei com Marcos e Daphne. Eu sei também que todos os dias ele tem ido às consultas com a psicóloga. Conversamos sobre algumas coisas básicas e esperei até que ele precisasse de seu espaço. Não desejo forçar nada com ele ou fazer com que ele pense o pior de mim.

Para mim, Marcos é o amor da minha vida e sempre será. Cada momento que passávamos separados parecia uma eternidade, mas eu estava disposto a esperar, a dar tempo a ele e a nós, na esperança de que as coisas se resolvessem e que pudéssemos encontrar o nosso caminho de volta um para o outro.

Meu coração estava acelerado, e o nome de Marcos piscava na tela do telefone como um convite para uma conversa que eu tanto desejava, mas que também me enchia de apreensão. Respirei fundo, tentando acalmar os nervos que se agitavam em meu peito. Com um toque hesitante, atendi a ligação.

— Oi, Marcos — Falei.

— Edu, eu espero que não tenha acordado você — Marcos disse.

A voz de Marcos soou do outro lado, um pouco hesitante, mas familiar e acolhedora. Meu coração deu um salto com Marcos pensando no meu bem, abri a boca novamente e a controlando minha ansiedade por ouvir a sua voz e procurando as próximas palavras certas para dizer nesse momento.

— Não, eu estava acordado há algum tempo — respondi. — Do que você precisa?

— Na verdade, não fui eu quem estava ligando para falar com você — disse Marcos, com um tom divertido em sua voz. — Foi o pequeno espião Matthew.

— Papai, você atrapalhou a minha missão — ouvi a voz de Matthew do outro lado; imagino que ele esteja fazendo beicinho para Marcos. — Também não sou pequeno.

— Tenho que discordar da parte de você não ser pequeno, mas voltando ao que você pode querer com o Edu nesse momento — disse Marcos.

— Segredo — Mat disse e soltou um risinho.

— Filho, pode contar para o seu papai — Marcos disse. — Você vai magoar meus sentimentos com isso.

— Só vou dizer para o tio Edu — Mat disse.

— Sério? Assim irá me deixar muito magoado — Marcos disse, divertido. — Vou deixar que conversem.

Ele passou o telefone e disse que já voltava.

— Tio Edu, meu papai disse que estava querendo comer chocolate do mais cremoso para minha tia Daphne — Matthew disse. — Se quiser, tem uma doceria que ele sempre adorou. Perguntei para a tia Daphne ou meu tio James.

Ele deve ter devolvido o celular para Marcos, que só ouviu a risada de Matthew se afastando.

— Qual é o segredo entre vocês? — Marcos perguntou.

— Segredinho — Falei, divertido.

— Até você vai entrar nessa, vejo que tem muito incomum — Marcos disse, segundos depois soltando uma risada. — Fico feliz que ele esteja se dando bem com você. Talvez seja bom contar quem é você além do tio Edu.

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang