Capítulo Cinqueta e Um

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Marcos Dawson Robinson:

Não me recordo de mais nada após expressar meu amor por Edu, mas acredito que desmaiei de cansaço, pois não tenho lembrança de ter ido para o quarto do hospital.

Ao despertar, percebi que estava deitado e dormindo na cadeira ao lado da cama, e ao olhar para Edu, vi que ele me observava. Como se sentisse que estava sendo observado, Edu abriu os olhos e me encarou sorrindo.

— Dormi por quanto tempo? — Perguntei.

— Parte da manhã e o finalzinho da tarde — Respondeu Edu. — Nossa família já veio ver os meninos no berçário, mas não entraram no quarto para deixar você descansar.

Sabia que minha família não aguentaria muito tempo sem conhecer os novos membros.

— Oliver disse que vai te perdoar por ter quebrado a mão dele por causa dos sobrinhos — Edu continuou, e isso me fez rir. — Matthew e Lúcio viram pelo celular, já que fiz seu pai tirar uma foto dos bebês, graças à bondade de uma enfermeira e do Charles. Daphne, quando soube, pediu uma foto, e Daiane também já viu.

— Como eles são? — Perguntei, não contendo a curiosidade de saber como eram meus filhos.

Edu iria me responder quando bateram na porta. Ao abrir, eram duas enfermeiras que carregavam dois embrulhos brancos.

— Tem duas pessoas que querem conhecer o papai — Disse uma das enfermeiras, aproximando-se da minha cama. — Conheça o Danilo.

— Conheça o Timmy — A outra enfermeira disse.

— Posso segurar — pedi e ela se aproximou.

Ela ia me ensinar a carregar o bebê, mas falei que não era necessário e segurei meu filho nos braços, observando atentamente. Danilo tinha a pele como a minha, os olhos iguais e os cabelinhos ralinhos lembravam a cor dos meus. Danilo lembrava muito eu quando bebê, algo que agora recordava das fotos que via. Edu pegou Timmy da outra enfermeira, e fiquei emocionado ao perceber que ele também lembrava uma pessoa importante para mim: pai Marlon.

Os cabelos ralinhos de castanho claro e a pele parda de Timmy, no momento em que se aproximou de mim, abriram os olhos revelando serem da cor castanho mel.

— Timmy, lembra meu pai — Falei dando voz aos meus pensamentos.

— Ele não me lembra o Fred — Edu disse, mas não revirei os olhos, afinal, ele nunca conheceu meu pai Marlon.

— O outro pai — Expliquei, e meu marido pareceu ter entendido agora. — Meu pai Marlon.

— Sabe quem eles me lembram? O grande amor da minha vida, o pai do Matthew e Lúcio Dawson Robinson, o melhor homem do mundo! — Edu disse com um sorriso. — A pessoa mais forte que eu conheço.

Não disse nada, apenas encostei em Edu com Danilo me encarando e Timmy também.

— Obrigada por ter me dado meus filhos — Falei com a felicidade inundando meu coração.

— Obrigado a você por ter me encontrado e dado uma família que me ama de verdade — Edu respondeu.

Vi as enfermeiras saírem e ficamos ali em volta da nossa bolha de amor e familiar.

Percebendo a atmosfera íntima ao redor, compartilhamos um momento de gratidão e admiração pelos pequenos seres que agora faziam parte de nossas vidas. Em silêncio, abraçados, observamos Danilo e Timmy, cada qual exibindo traços que nos remetiam a histórias familiares e heranças.

Edu quebrou o silêncio suave ao dizer:

— Eles realmente são um presente especial. Parece que trouxeram consigo não apenas a alegria da paternidade, mas também a lembrança de pessoas queridas.

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosWhere stories live. Discover now