Capítulo Vinte e Nove

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Marco Dawson:

Olhei para os meninos brincando com Zeus, enquanto Gisele e Édson conversavam, sentados em duas cadeiras no meu quintal. De vez em quando, eles olhavam para as crianças. Nem parece que ambos estão prestes a completar sessenta anos; alguns nem demonstram a idade que têm.

— Ele está se divertindo bastante, não é? — Edu disse. — Podemos deixar para conversar sobre aquele assunto mais tarde.

Virei-me para ele, e seus olhos brilhavam ao ver Matthew brincando de correr com Samuel, ou fingindo que um era o super-herói e o outro um vilão.

— Sim, ele está se divertindo bastante com as brincadeiras dele e o amigo — falei e fui pegar uma cadeira para me sentar, mas mudei de ideia. — Edu, pega uma cadeira para nós, vou colocar as flores em um jarro que tenho, e depois contamos para o Mat.

— Posso fazer isso — Edu disse. — Vai lá, qualquer coisa me chama sem hesitar.

Sorri para ele, afinal essa não é minha primeira gravidez e está quase no início, então consigo fazer algumas coisas.

Entrei na cozinha, abri a porta do armário e peguei o jarro de flores que comprei para mim há dois meses e nunca usei. Coloquei água da torneira dentro dele e o coloquei na janela do lado de fora para que ele tomasse sol e pudesse ser regado.

Levei meu nariz até as flores e senti o aroma que amo dessas flores. Para elas que clarearam minha mente no passado, fazendo com que eu conseguisse ficar calma só de sentir o cheiro.

Levantei o olhar das flores e vi Edu me encarando pela janela do lado de fora. Abri o vitrô e deixei o ar fresco entrar, olhando para esse homem bobo.

— Entendo, aqui está a continuação com correção de gramática:

— Por que está me encarando tanto? — Perguntei. — Já posicionou as cadeiras? Temos que contar para o Mat.

— Vim falar que já as posicionei ao lado da Gisele e do Edson — Edu falou. — Só não te chamei porque quis admirar você um pouco mais, você é lindo.

Fiquei com vergonha, afinal, me sinto assim quando alguém diz que estava me admirando.

— Bobo — resmunguei. — Em vez de ficar me encarando como um bobo apaixonado, deveria ir logo contar para o nosso filho sobre sua paternidade.

Edu riu e se aproximou, colocando a mão gentilmente em minha barriga.

— Você está certa, vamos contar ao Mat. Ele merece saber que terá um pai incrível como eu — ele disse com um sorriso. — Vou cuidar muito bem de vocês três.

Assenti com a cabeça, satisfeito com a decisão de compartilhar essa notícia especial com nosso filho. Juntos, saímos da cozinha para dar a notícia a Matthew e iniciar esse novo capítulo de nossas vidas.

Quando estava prestes a abrir a boca, ouvi a campainha tocar e me encaminhei em direção à porta da frente. Achei estranho, afinal, minha família louca tem a chave daqui e geralmente entra sem pedir permissão.

Cheguei à porta e a abri justamente quando um vulto de capuz se afastava de minha casa. Isso me deixou ainda mais intrigado. Olhei para baixo e levei um susto ao ver uma cestinha que continha um bebê com, aparentemente, cerca de um mês de idade. O bebê dormia pacificamente, cuidadosamente embrulhado em um paninho branco. Ao lado dele, havia um papel com algo escrito.

— Aqui está a continuação com correção de gramática:

"Cuidem de mim!" — li o conteúdo do papel. — "Minha mamãe não pode mais ficar comigo."

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosOnde histórias criam vida. Descubra agora