Capítulo Quarenta e Um

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Marcos Dawson Robinson:

— Podemos vê—lo? — Edu perguntou apontando para si—mesmo e pra mim. — Afinal, ele vai ter que nos conhecer novamente nesse instante.

— Podem ir — Davi confirmou. — Mas Miguel espere aqui, depois você irá entrar e calmamente se apresentem a Eduard.

Assentimos e fui até o lado do meu marido. Entramos no quarto e Eduardo estava ali, olhando para a paisagem que tinha do lado de fora da janela. Quando escutou os nossos passos, simplesmente olhou na nossa direção, estudando nossos traços com uma agilidade impressionante de seus olhos.

— Olá — Edu disse com um sorriso, o que fez Eduardo voltar seu olhar ainda mais atentamente para o meu marido. — Você não deve saber quem sou, não é?

Não sei se ele falou isso para descontrair ou se devia dar um tapa no Edu por ser tapado às vezes.

Eduardo balançou a cabeça.

— Sinto muito, mas não sei — Eduardo disse. — Devem ser parentes daquele rapaz que estava aqui quando acordei.

Edu não disse nada. Fiquei na frente dele e sorri para Eduardo.

— Somos, mesmo — falei e me sentei na cadeira ao lado da cama. — Me chamo Marcos, e esse é meu marido, Edu.

Eduardo trocou um breve olhar com Edu.

— Você se parece comigo quando jovem — Eduardo comentou. — Mas seria estranho, não tenho parentes vivos.

— O senhor tem — falei calmamente. — Edu é seu filho biológico, e não venha dizer que não é possível, afinal, você tem quarenta e oito anos.

— Como seria possível eu não lembrar do meu próprio filho? — Eduardo perguntou. — Quantos anos ele tem?

— Ambos têm vinte e oito anos — falei. — Você não se lembra porque, há quatro meses atrás, sofreu um acidente e ficou esse tempo todo em coma.

Sei que deveria falar tudo devagar ou ter deixado para Davi falar isso, mas o que poderia fazer, os hormônios afetam o meu raciocínio.

— Como assim ambos? — Eduardo perguntou.

— O Miguel, que estava aqui dentro — Edu falou. — Ele é seu filho, filho da Sierra. Sei que o senhor não se lembra, mas Miguel é uma boa pessoa e se preocupa muito com você.

Eduardo colocou uma mão na testa e levantou a cabeça, olhando para o teto, como se esperasse que o teto lhe desse a resposta.

— É muito difícil assimilar isso que vocês estão me contando — Eduardo falou, voltando o olhar para a gente. — Por que não lembro dos meus dois filhos?

— O acidente, como falamos — Edu falou, ficando ao meu lado. — Você me conheceu há quatro meses, então minha vida com você não foi longa. Mas com o Miguel foi, e tente fazer tudo que puder para recuperar as memórias.

Estou admirado como Edu falou do jeito preocupado com o Miguel e que Eduardo precisa se esforçar para recuperar suas memórias.

— Como só te conheci há quatro meses? Se você é meu filho — Eduardo perguntou confuso.

Quando ia abrir a boca para responder, meu celular começou a tocar. Tirei-o do bolso e vi que se tratava de Vinícius.

— Já volto — falei para os dois. — Edu, conta tudo para ele.

Levantei da cadeira e saí do quarto. Do lado de fora, só estava Miguel com o buquê, e vi que Alison tinha ido embora.

— Cadê o Alison e o Davi? — perguntei, desbloqueando o celular e colocando-o no ouvido. — Bonitas as flores.

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें