Capítulo Dois

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Marcos Dawson:

Enquanto lavava a louça, o desenho e as palavras de Daphne não paravam de surgir em minha mente, como se estivessem tentando me fazer sentir pior ou reconsiderar minhas escolhas. A sociedade muitas vezes pressiona as pessoas a terem relacionamentos românticos, como se isso fosse uma medida de felicidade.

No entanto, eu estava firme em minha decisão de não querer um relacionamento romântico, pelo menos por enquanto. Não pretendia correr atrás de um companheiro, porque estava feliz com minha vida, meu filho e minha família. Cada pessoa tem seu próprio caminho e suas próprias prioridades, e a minha era cuidar de quem eu amava e me focar em minha carreira.

As palavras de Daphne, por mais bem—intencionadas que fossem, não mudariam minha decisão. Afinal, a felicidade vem de dentro, e eu encontrava a minha de maneira diferente.

Saio dos meus devaneios com o som da campainha.

É bom saber que os meninos estão seguros e se divertindo com o desenho. Por outro lado, ao abrir a porta, meu cachorro pula em cima de mim com muita animação, me desequilibrando e me fazendo cair no chão de bunda. É um encontro cheio de alegria, mesmo que um tanto desajeitado.

Dou uma risada e começo a fazer carinho no meu cachorro para acalmá—lo. Geralmente, os pets são sempre uma fonte inesgotável de amor e alegria, mesmo que às vezes causem pequenos acidentes.

— Zeus, pode parar por favor — Pedi mais o animal começou a me lamber como um desesperado. — Também senti saudades.

Ouvi uma risada e levantei a cabeça vendo Zayn ali em pé e devo admitir que o uniforme do petshop da família dele fica ótimo nele. Define bem os músculos do corpo e ainda o deixa maravilhoso de um jeito sexy.

Não quero ninguém nesse tipo de situação, mas isso não diz que eu não vou admirar nem um homem que passe por mim ou fique a minha frente.

— Ele ama mesmo o dono — Zayn falou.

— Ele ama mesmo — Falei fazendo cafuné em Zeus. — Porque está trazendo meu cachorro do petshop? Achei que trabalhava como assistente de um empresário.

— Tenho que ajudar a família — Zayn falou. — Como te falei estou de férias do trabalho e não gosto de ficar parado sem fazer nada e meu pai precisa de um funcionário, então ele juntou dois mais dois.

Assenti, pois foi isso que ele me contou quando nos reencontramos na sexta passada. Ele me explicou que foi demitido por socar a cara do Edu e veio para Los Angeles trabalhar no petshop da família dele, que tem o nome de "Cidade Peluda".

Entretanto, como o universo nos proporciona várias oportunidades, um dia após chegar na cidade, consegui um trabalho como secretário de um rapaz muito famoso. O nome dele é Oliver Heroux, e ele tem a mesma idade que eu. Segundo Zayn, ele é minha cópia, com a única diferença de que ele vem de uma família muito rica, tem sangue francês e é um pouco excêntrico. Ele viaja pelo mundo ao lado de Zayn, cuidando dos negócios da família.

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Sai dos meus pensamentos ao ouvir um grito de alegria e reconheço que é meu filho e Brian.

— Zeus, para! — Mathhew falava divertido.

— Ele não está mais fedendo! — Brian falou. — Eba!

Ele pode ficar fedendo por dias, mas o cachorro não.

— Vai ficar aí caído ainda? — Zayn perguntou, estendendo a mão. — Ou precisa de ajuda para se levantar?

Aceitei a mão dele, que me puxou com força, fazendo meu corpo se chocar contra o dele. Me afastei abruptamente, quase caindo no chão.

— Obrigado por me ajudar! — Falei, lembrando que precisava conversar sobre a mensagem. — Zayn, eu sei que você é uma pessoa legal, mas não estou interessado em você e não consigo sair com você! Podemos ser amigos!

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosWhere stories live. Discover now