Capítulo Trinta e Seis

3.1K 318 51
                                    

Marcos Dawson Robinson:

Vejo a ambulância se afastar e dá um aperto no peito, sabendo que um Eduardo inconsciente está ali dentro.

— Vamos, vou levá-lo até o hospital! — Gisele falou, pegando no meu ombro. — Alice, vá para casa com seus irmãos. Qualquer novidade, eu ligo para vocês. Só liguem para a polícia e para essa vadia!

Para comprovar que ainda estava bem, Samira riu.

— Que pena que não foi o Marcos que eu acertei — Samira falou, e Alice deu um soco na cara dela, que caiu no chão. — Sua vadia!

Alice subiu em cima dela e começou a socar a cara dela.

— Você é uma vagabunda. Se ele morrer, eu acabo com a sua raça — A cada palavra, um soco desferido na cara de Samira. — Você se acha a vilã, mas é só uma puta de quinta que não tem amor próprio

Gisele começou a me puxar enquanto a filha dela desfigurava a cara da vadia.

— Não é melhor tirá-la dali? — Perguntei. — Do jeito que esse povo é, vão colocar a culpa na Alice.

— Meus filhos sabem se cuidar e conhecem o limite entre socar alguém — Gisele falou. — Essa multidão não se mexe; todos trabalham para a agência.

— Por que trouxe dez pessoas que trabalham para você para cá? — Perguntei surpreso.

— Sabia que algo assim poderia acontecer e que Samira iria tentar alguma coisa — Gisele falou. — Mas acho que nem precisei, só a minha família era necessária.

— É só a sua família — falei, me virando e vi Alice cuspindo na cara de uma Samira inconsciente. — Vamos logo.

— Vamos — Gisele falou, destravando o meu carro e abrindo a porta. — Tem alguém que precisa de você agora

*****************************************

O caminho até o hospital estava sendo percorrido em silêncio, e eu me sentia derrotado. Por alguma razão, senti que depois desse dia, mais uma mudança ocorreria na minha vida.

— Não fique assim — Gisele falou, olhando para a rua. — A culpa não é sua pelo que aquela vadia fez.

— Eu sei, mas se algo aconteceu com o Eduardo, vai ser minha culpa — falei, encostando a cabeça no vidro da janela. — Eu convenci você e sua família a me ajudar a derrotar a víbora da Lisa e trouxe ele pra cá.

— Marcos, você pediu a minha ajuda para salvar seu filho — Gisele falou. — Eduardo quis ajudar porque conhece aquela mulher. A culpa dele ter se machucado é toda da desequilibrada Samira.

— Mesmo assim, me sinto horrível! — falei. — E derrotado!

— Às vezes me sinto assim quando lembro da vida que dei aos meus filhos ao colocá-los na Agência Alves — Gisele falou se abrindo. — Sei o que você sente. Quando algo que você fez feriu outra pessoa. Mas não me deixo derrotar tão facilmente. Afinal, eles sempre precisam de mim, e nesse momento, Edu vai precisar de você!

E disso eu sabia. Edu vai precisar de mim, afinal, nada importa agora, exceto que Eduardo fique bem e tenha o meu apoio.

Chegamos ao hospital, e desci do carro quando Gisele foi estacioná-lo. Entrei na recepção, onde Edu estava sentado em uma cadeira. Me aproximei e me sentei ao lado dele. Como se soubesse que era eu, Eduardo deitou a cabeça no meu ombro, e fiz um cafuné em seus cabelos, mostrando que estaria ali ao lado dele, sendo seu apoio.

— Como ele está? — Perguntei baixinho.

— Quando a ambulância chegou aqui, o levaram para a sala de cirurgia — Edu falou. — Ele parecia tão sem vida, como se soubesse que iria morrer hoje!

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosWhere stories live. Discover now