Bônus Um

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James Dawson Foster:

Como o tempo passou rápido. Tenho vinte e sete anos, sou casado com o homem que sempre amei, e para completar, teremos nosso segundo filho. Torço para que seja uma menininha, afinal, sempre quis ter uma filha. Além disso, os Dawson merecem uma garotinha, já que até agora só tivemos meninos nesta família.

Então, encaro o futuro sem preocupações. Dei apenas uma dica para o sexo do meu bebê: que seja uma menina, pois há muitos homens nesta família. Mas, seja como for, o que vier, será bem—vindo e amado.

— Por que esse sorriso bobo? — Daiane perguntou. — Pensando no futuro bebê?"

Minha amiga me tirou dos meus devaneios, e a encarei.

— Talvez esteja — Falei, com um brilho nos olhos. — Ele chegou?

Daiane estava de pé ao lado da janela, olhando para fora. Aproveitei a oportunidade para perguntar, enquanto ela revirava os olhos. Eu devia estar a deixando estressada, já que havia perguntado umas dez vezes desde que ela chegou pela manhã. Ela tirou os olhos da janela do meu quarto, que dá vista para a entrada da minha casa e a do meu irmão, que é ao lado.

— Preocupada com o irmão mais novo, não posso evitar! — expliquei, sorrindo.
Daiana balançou a cabeça em negação.

— Eu sei que ele é um adulto, mas eu não consigo evitar a preocupação. Seis anos é muito tempo, Daiane — admiti, com um suspiro. — Mas você tem razão, ele deve saber se cuidar, e a Daphne, o Mat e o Zeus com certeza estão prontos para recebê-lo em casa. Espero que ele esteja bem.

Apenas encarei minha amiga, sabendo que ela estava certa. Daphne provavelmente acordou cedo e estranhou a ausência de Marcos na noite anterior. Mat, por sua vez, deve estar se perguntando onde o pai estava, e Zeus, fiel como sempre, deve estar seguindo ambos, esperando na porta.

Porque eu sabia disso? Bem, todo domingo de manhã cedo, Marcos costumava colocar Zeus no quintal e ficava entrando e saindo de casa para fazer suas tarefas domésticas, como lavar roupas ou recolher panos que havia lavado na sexta-feira à tarde.

Marcos era uma pessoa que sabia se proteger, mais ou menos, mas definitivamente cuidadoso. Isso é algo que herdamos de nosso pai, que sempre se preocupou com um de nós dois. Tenho certeza de que, mesmo com ressaca, ele não impediria de fazer tudo isso. Afinal, nossa família tem uma maneira de não sofrer ressacas intensas.

— Você deve ter razão — admiti, vencido pela lógica da Daiane. — Mas se meu pai ligar...

Antes que eu pudesse terminar, Daiane me interrompeu.

— Ele chegou! — ela anunciou, e eu me levantei rapidamente da beira da cama e corri para a janela. Vi Marcos chegando em um carro preto, despedindo-se das pessoas no veículo e entrando em casa. No entanto, algo parecia errado, sua postura estava estranha. — Tem algo errado com ele!

Olhei para Daiane, que também estava preocupada. Ela conhecia Marcos muito bem, e se algo o estava afligindo, era motivo de apreensão.

— Vamos lá! — decidi, e Daiane me puxou. — Depois discutimos o que você me falou ontem!

— Tá, vamos logo! — Daiane concordou, animada. — Quero saber como foi a noitada dele! Deixamos o papo de Steven para depois!

Ri da minha amiga, sempre curiosa e pronta para agir.

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Antes de sairmos de casa, chamei Brian, que estava no quarto desenhando. Ele veio correndo, todo empolgado para dizer que era hora de brincar no mar, me puxando para fora de casa. Pode não parecer, mas meu filho só é tímido fora de casa comigo, e Davi é super agitado.

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosWhere stories live. Discover now