Capítulo Onze

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Marcos Dawson:

Continuei observando os dois, que ainda me encaravam com surpresa e choque. Edu estava prestes a se aproximar de mim, mas então percebeu onde estávamos e rapidamente ajustou sua postura para parecer um homem de negócios.

— O que você faz aqui? — Edu perguntou.

— Sou apenas um sócio desta empresa e revisor dos contratos de vendas — respondi de maneira profissional. — E você é a pessoa que marcou esta reunião de última hora?

— Espero que você esteja à altura das expectativas — Edu respondeu, seu tom diminuiu e ele fez um gesto que costumava fazer quando estávamos juntos. Era um sinal que demonstrava quando ele estava orgulhoso de algo, e então ele sorriu minimamente na minha direção.

— Então, o que vocês precisam neste projeto? — Caleb perguntou. — Deve ser algo bastante significativo para marcar essa reunião de última hora e ainda chegar atrasado.

Se alguém pensa que sou o durão nas reuniões, está enganado. Caleb é o mestre nisso.

— Bem... — Edu começou, mas ficou em silêncio, ponderando sobre como responder à pressão que o olhar de Caleb estava exercendo sobre ele.

Mordi o lábio para não rir, afinal, muitas pessoas temem esse olhar e acreditam que uma única palavra negativa pode significar o fim de suas carreiras.

—  Viemos em nome do meu marido Dener Robinson! —  Lisa falou vendo que o filho não conseguiria falar nada. —  Meu marido, mandou que eu e meu filho, viesse até a Empresa para poderem nos ajudar com a construção da nossa clínica! A antiga construtora desistiu do projeto sem nos dizer nada.

Caleb me lançou um olhar que indicava que eu deveria olhar para a papelada, afinal, quando se trata de quebra de contrato com um cliente e outra construtora, eu deveria investigar a fundo.

A sorte é que tenho boas relações com todas as construtoras da cidade!

Comecei a vasculhar a papelada em busca do nome da empresa.

— Podem me dizer o nome? — perguntei, e Lisa me ignorou. — Podem pelo menos me dizer o nome dessa construtora?

Comecei a sentir uma grande vontade de explodir de raiva, especialmente em relação a aquela mulher. Caleb deve ter percebido que eu estava prestes a perder o controle, xingar e, talvez, até mesmo me livrar do estresse. No entanto, consegui me controlar quando Edu olhou para sua mãe, prestes a repreendê-la, e percebi algo: sua ansiedade estava começando a transparecer, seu olho direito mexendo sem parar.

— Você vai tratar o meu sócio dessa maneira? — Caleb falou com seriedade e irritação. — Olha, eu não sei quem vocês são, mas se pretendem tratar o Marcos como se ele fosse dispensável, é melhor que saiam da minha empresa!

Foi nesse momento que percebi a proteção que Caleb tem por mim. Quem parecia sentir ciúmes e mágoa era Edu, como se seu mundo tivesse desabado ao olhar para mim.

—  Quem você pensa que é pra falar assim com nós dois?! —  Lisa perguntou. —  Não, sabe que seu namorado te traiu com meu filho.

Tampei o rosto de vergonha, vou matar essa mulher.

— Ele não é meu namorado! — Caleb disse. — Ele é o filho do meu marido! E, sinceramente, é lamentável que você tenha que usar essas palavras. Deve estar desesperada para recorrer a isso!

O valor de um Amor (Mpreg) | Livro 1 - Amores perdidos e encontradosWhere stories live. Discover now