Falsas Notícias

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23 de Novembro de 2000

Quando Hermione chegou em seu escritório pela manhã se surpreendeu ao se deparar com um buquê de peônias sobre sua cadeira. Peônias eram as suas preferidas, principalmente as que eram de um cor-de-rosa pálido, exatamente como aquelas.

Ela apanhou o buquê e inalou o perfume das flores para logo em seguida procurar por algum cartão ou remetente, mas não havia nada. Sendo assim, ela pegou um copo do pequeno armário de vidro de sua sala e com a sua varinha o transfigurou em um vaso com água, onde colocou suas belas peônias.

Com um suspiro, ela arrastou sua cadeira e se sentou, deixando sua bolsa no chão ao seu lado. Pegou seu tinteiro, sua pena e puxou os relatórios empilhados para si. Era inaceitável como mesmo depois da guerra haviam inúmeros registros de denúncias sobre violação de direitos de algumas criaturas mágicas, sendo a maioria sobre Elfos Domésticos que trabalhavam em mansões de "ex" seguidores de Voldemort. Hermione se perguntava se essas pessoas deixariam de ser intolerantes algum dia.

Estava analisando o caso de uma elfa chamada Wendy, que deveria ser contratada pela família Parkinson de acordo com as novas leis, mas que em vez disso, ainda vivia sob o mesmo regime arcaico e depreciativo. Hermione escreveu no canto superior do pergaminho com as informações de Wendy:

"Solicitar investigação"

Com a pretensão de ver por si mesma, obviamente, ainda assim ela precisava desse lembrete caso a investigação sobre Demon se arrastasse mais. Neste cenário, precisaria pedir a outra pessoa que investigasse a denúncia de Wendy.

Toc, toc, toc.

Sem retirar os olhos de seu relatório e presumindo que naquele horário só poderia ser Harry, ela ergueu um pouco a voz para dizer:

— Entre!

— Bom dia.

A voz de Ron chegou aos seus ouvidos antes que ela erguesse os olhos para olha-lo. Ele parou defronte à sua mesa e com seus olhos sobre o vaso com as peônias ele mumurou:

— São as suas preferidas, não é?

Foi assim que ela se deu conta de que ele quem as deu.

— Sim, são... — Hermione disse com um meio sorriso — Eu adorei, obrigada, Ron.

A raiva dos ultimos dias momentâneamente esquecida após o gesto. Ron a olhou e colocou as mãos em seus bolsos, para um pouco hesitante, responder:

— Queria resolver as coisas e pensei que seria uma boa ideia.

— Foi, com certeza.

Hermione ampliou o seu sorriso e ele retribuiu, sorrindo também. Fazia tantos dias, talvez meses, que as coisas estavam tensas entre os dois que ela pode ver o alívio que sentiu refletido nos olhos azuis de Ron.

— Eu não vou estar aqui depois do almoço, mas posso ir para a sua casa quando acabar o seu expediente se você quiser.

— Eu sempre quero, Ron — Hermione respondeu.

Assim que a frase saiu de sua boca percebeu que ela não era totalmente verdadeira e isso lhe causou um desconforto imensurável. O ruivo se inclinou por cima da mesa apoiando suas mãos sobre a superfície lisa e selou seus lábios aos dela em um beijo suave e lento. Hermione esperou sentir-se derretida como costumava ser, mas nada aconteceu e isso a preocupou mais do que as inverdades que dissera a pouco. Ele quebrou o contato de suas bocas, mas não se afastou, seus olhos perfuravam os dela quando ele disse:

— Senti saudades, Mione.

— Eu também, Ron — ela murmurou.

Não era completamente mentira, ela realmente sentiu saudades dele. Mas de algum modo parecia... diferente.

Doce Acaso - Dramione Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang