Capítulo 86

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Aisha Bernardi
Rio de janeiro, Brasil 📍

1 mês depois, dia 03 de maio.

Peguei meu celular em cima da mesinha, colocando dentro da bolsa de maternidade das crianças. O dia aqui no rio esfriou, clima gostoso pra poder ver filme embaixo das cobertas. Ou até mesmo uma metflix, mas a responsabilidade chama. Semana passada voltamos pro Brasil, decidir voltar. Queria voltar a faculdade presencial, até mesmo ao meu trabalho.

Hoje era dia de consulta na clínica pediatra, arrumei Alicia pro ballet. Enquanto eu separava uma roupinha gostosa pra Aurora e prós meninos, pra Aurora separei um conjunto de calça e blusa de manga longa lilás com um casaquinho e um par meia e luvas brancas. Com um lacinho lilás, separei um perfuminho. É as dela na mochila, dei banho nela primeiro.

Talibã: Tem certeza que não quer que eu vá contigo lá?! – Alisa minhas costas, balanço a cabeça virando o rosto dando um selinho demorado.

– Tenho, a Samantha vai comigo, eu só quero o carro – Peço baixo, olhando pra Aurora que fazia biquinho fechando os olhos.

Talibã: Já arrumei isso pra tu, quero você tirando carta de motorista – Murmura segurando a Aurora terminando de dar banho nela.

– Eu sei, eu tô vendo isso já – Penso, até eu comprar meu carro posso usar o dele emprestado. Na verdade, eu ia pensei em financiar um carro pra mim.

Talibã: Aham – Resmunga baixo.

– Você chega que horas hoje? – Pergunto desinteressada, na verdade bem interessada.

Talibã: Antes das dez provavelmente – Sorrio encarando seus olhos castanhos claros, pensando no que eu faria hoje à noite.

Separei a roupa dos meus meninos, pro Bryan do mesmo estilo da Aurora só que um pouco menos detalhado assim como o do Caique. Penteio os cabelinhos da Aurora, me sentando na cadeira de amamentação colocando o peito pra fora. Aurora fez igual o pai dela, agarrou meu peito com a maior vontade. A doutora deve aumentar a fórmula pra eles, na verdade pro Caique.

Ele não está se sustentando só com o meu leite, então a médica decidiu colocar a fórmula. Fiquei triste, porque o sonho de qualquer mãe é amamentar seu filho. Mas com quatro pra amamentar essa tristeza até passou. Coloquei Aurora pra arrotar e peguei pra colocar ela pra dormi. Talibã deu banho nos meninos, arrumou direitinho e desceu pra dar a mamadeira pro Caique.

– " Se essa rua, se essa rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes " – Canto balançando ela, sem delongas coloco ela no carrinho pegando o Bryan.

Amamentei meu bebê enquanto a musiquinha tocava na caixinha de som, estalada no quarto por causa da televisão. Alicia estava no quartinho da brincadeira, me arrependi de ter dado banho nela primeiro. Podia ter dado por último, aliso o rostinho do Bryan suspirando fundo. A sensação boa sempre invade meu coração no finalzinho da amamentação, coloquei ele pra arrotar e Coloquei no carrinho.

– Alicia – Chamo ela descendo as escadas, entro no quartinho vendo ela deitada no chão vendo desenho. – Vem

Subi com ela no colo dando risada escutando a música que tocava no meu quarto. Faço caras é bocas fazendo ela rir, me Ajeito no fim da escada entrando no corredor. Não vejo a hora de me mudar para a nossa casinha, ela improvisada é confortável. Mas não segura, tem coisas aqui dentro que eu tenho medo que Alicia ache.

Dei um outro banho nela, Coloquei a roupinha do ballet e arrumei o cabelo dela na forma que a professora pediu. Minha menininha estava pronta, passei um perfume dela. E creme de pele, é teve uma hora que ela me disse assim  "Pintura mamãe"  Fazendo biquinho, a vontade de chorar me dominou pra caralho. Vê ela feliz foi tudo que eu pedi, um mês sem ela do meu lado. Meu mundo estava sem cor, meu mundo cor de rosas que aos poucos foi virando azul e rosa.

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