CAPÍTULO DOIS

282 27 11
                                    

Babe Promphaopun

— Solo, meu homem. — uma mão bateu no meu ombro quando eu abri o armário que me foi designado, e olhei por cima do ombro, vendo Gucci - também conhecido como Alan ‐, meu melhor amigo, com um sorriso grande e pateta em sua cara. — Você consegue acreditar que estamos fazendo isso?

— Porra, eu consigo. — eu disse, quando batemos nossas palmas e demos o aperto de mão especial que havíamos criado uma década atrás, quando éramos adolescentes tolos com grandes sonhos. Agora éramos apenas idiotas tolos com sonhos ainda maiores.

— Você já conferiu seu avião? — ele perguntou, abrindo o armário ao lado do meu.

— Você sabe que sim.

— Alguns idiotas colocaram uma placa na minha dizendo Chanel. Maldita Chanel. Dá pra acreditar?!

Eu bufei, desempacotando o conteúdo da minha bolsa no meu armário.

— Gucci, Chanel. Erro fácil.

— Ah, vá se foder, cara. A culpa é sua. Estou preso a esse apelido de merda para o resto da vida.

— É o que você ganha por vomitar na bolsa de uma garota antes do treino.

Alan gemeu, batendo a cabeça no armário várias vezes.

— Quatro rodadas de álcool e você espera que eu mantenha essa merda no meu corpo? Por que eu não consegui ser sábio e não beber?

Eu levantei uma sobrancelha.

— Você realmente quer que eu responda isso?

— Ou eu deveria ter pego mais leve. Inferno, eu aceitaria isso.

— Poderia ter sido pior. Você poderia ter sido apelidado de Vômito.

— Sim, sim. — Alan jogou aleatoriamente seus produtos de higiene pessoal no armário, murmurando: Chanel...

Com mais cuidado do que meu ex-copiloto, coloquei cada item em seu lugar e passei os dedos sobre o traje de voo marrom pendurado - eu já estava vestindo o verde -, pronto para o primeiro dia. A Academia de Aviação Naval de Caça, ou NAFTA, aqui em Mesamir, Califórnia, seria minha casa pelas próximas dez semanas. Eu estava acostumado a viver com uma mochila, indo de base em base onde quer que fosse designado, nunca prendendo minhas raízes em lugar algum. Quem sabia onde diabos eu terminaria quando terminasse a competição aqui? Acho que dependeria se eu perdesse ou ganhasse a coisa toda.

— Então, o que sua bunda fez ontem à noite? — Alan soltou um riso idiota quando acrescentou: — Ou está cansado demais para responder?

Um sorriso puxou meus lábios quando eu fechei a porta do armário.

— Você é tão cheio de classe, Gucci Boy.

— O que posso dizer, minha mãe me criou certo.

Quando me inclinei contra o armário, pensei na noite passada e no Sr. Sutil, e enquanto eu desejava que o ligeiro desconforto no meu corpo nesta manhã fosse devido a uma foda brutal com o dono daquele corpo (e rosto) fenomenal, o álcool era o responsável pela minha condição menos do que espetacular.

Mas Alan não precisava saber disso.

— Sua mãe é uma senhora maravilhosa que teve a infeliz sorte de reivindicá-lo como filho dela.

Alan deu um sorriso cheio de dentes na minha direção.

— Que seja. Sou o filho favorito dela.

— Você é o único filho dela.

CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]Where stories live. Discover now