CAPÍTULO QUINZE

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Charlie Kitjaruwannakul

TOC TOC TOC.

No meu sonho, eu estava no cockpit do meu avião, me preparando para decolar quando alguém bateu no vidro da cabine. Olhei em volta, tentando ver quem era, mas não havia ninguém lá.

TOC TOC TOC.

Espere... ninguém estava batendo no vidro da cabine. E eu não estava sonhando.

Eu abri meus olhos e vi Babe sentado no chão ao lado da minha cama, seu cobertor emaranhado em torno de suas pernas.

— Você espera companhia tão cedo? — ele perguntou, sua voz grossa de sono enquanto esfregava os olhos.

As batidas na minha porta recomeçaram.

— Vou atender. — chutei o lençol, mas quando fui me sentar, Babe já estava se levantando.

— Deixa comigo. — seus olhos dispararam para os meus quadris, e quando viu o que eu estava usando, ele gemeu. — Porra. Apenas... cubra-se. — quando ele foi para a porta, murmurou: — Palavras que eu nunca pensei que diria.

Deitei-me quando ele abriu a porta para lidar com quem havia chamado tão cedo, mas quando ouvi as vozes de meus pais, me sentei de volta.

Que merda! Eu olhei para Babe horrorizado. Ele não se incomodou em jogar nada por cima da cueca boxer, o que significava que ele estava atualmente atendendo meus pais de cueca.

Droga. Ele tinha que mantê-los lá fora. Isso pareceria pior do que era...

Babe abriu a porta e gesticulou para meus pais entrarem, como se não houvesse razão para mantê-los fora. Como se ele não estivesse seminu e eu ainda estivesse na cama, e...

— Oh. Eu pensei que tínhamos batido no quarto errado, mas aqui está você. — minha mãe hesitou na porta e depois entrou, tomando cuidado para não tocar a pilha de roupa de cama no chão.

— Deixe eu tirar isso daqui da frente. —Babe jogou o travesseiro na cama, pegou os lençóis e começou a pegar suas roupas descartadas. Percebi que meu pai não havia se movido de seu lugar do lado de fora da porta, observando cada movimento de Babe como um falcão. Provavelmente se perguntando por que ele estava aqui, por que estava quase nu e por que ele obviamente ficou a noite toda.

Atire em mim. Atire em mim agora.

Mamãe mordeu o lábio quando se sentou na beira da cama ao meu lado, seus olhos examinando meu rosto como se estivesse avaliando o estado dos meus ferimentos.

— Parece pior do que é. — eu disse, deixando-a entender esse duplo sentido da maneira que ela escolhesse. Eu quis dizer dos dois jeitos, mas ela escolheu se concentrar em mim enquanto meu pai continuava olhando Babe.

— Oh, meu bebê — disse ela, seu queixo tremendo quando tocou levemente meu rosto.

Eu podia sentir a tensão no quarto, tão espessa que você poderia cortá-la com uma faca. Babe pigarreou de onde ele estava no canto do quarto, segurando suas roupas e cobertores sobre seu corpo praticamente nu, embora ele não parecesse desconfortável com esse fato.

— Tudo bem?— ele me perguntou, e quando eu assenti, ele retornou o gesto. — Ok, bem, acho que vou lhe dar privacidade. Eu estarei na porta ao lado, não ouvirei através da parede fina, então não diga nada que eu não diria. — ele sorriu enquanto saía do quarto, mas quando viu a expressão de aço no rosto de meu pai, ela caiu um pouco. — Vejo você por aí, capitão Kitjaruwannakul.

Meu pai levantou uma sobrancelha.

— Espero que não tão... nu.

Babe riu. — Claro.

CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]Where stories live. Discover now