CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]

CAPÍTULO DEZESSETE

Babe Promphaopun

— Você tem certeza que está pronto para isso?

Tranquei a porta do conversível enquanto Charlie contornava o carro, de alguma forma fazendo até mesmo roupas de ginástica parecerem sexy. Seus hematomas estavam começando a desaparecer lentamente, e o branco de seus olhos voltara ao normal - não havia mais vermelho à vista.

— O médico disse que estou liberado para isso.

— Faz apenas uma semana.

— E as aulas começam na próxima semana. Se eu não conseguir passar por um treino, eles com certeza não vão me deixar voltar.

— Se você queria um treino, eu poderia ter te ajudado com isso em particular. — eu sorri e abri a porta da academia na base, e quando Charlie passou por mim, ele disse:

— Quem disse que não precisarei de uma sessão particular mais tarde?

Ah, merda! Eu queria responder a isso, realmente queria, mas Kim, o empata foda, estava aproximando-se de Charlie enquanto entrávamos.

— Meu amigo. Olhe só para você. De volta da morte. — Kim bateu os punhos com Charlie e depois me notou na retaguarda. — Inferno. Se você precisava de uma carona, poderia ter pedido. Não há necessidade de receber uma desse cara.

— Ele já teve um acidente grave. Não há necessidade de passar por um segundo. — bati com força no ombro de Kim e fui para as máquinas, onde parecia que os outros estagiários haviam recebido um memorando de que estávamos vindo, porque estavam todos lá.

— Que porra é essa? Uma festa? — eu rosnei. Tudo o que faltava eram balões amarrados nos equipamentos.

Alan nos olhou de onde estava sentado na máquina de treinar os bíceps, recuperando o fôlego.

— Do que você está reclamando?

— Todo mundo está aqui.

— Onde diabos mais devemos ir? — quando ele viu Charlie por cima do meu ombro, um olhar de conhecimento cruzou seu rosto. — Ahh… Desculpe, você tinha reservas para dois? Precisa que todos saiam?

— Vá se foder.

— Não, eu tenho mais alguns exercícios para fazer. — então, para Charlie, ele disse: — É bom ver você de volta.

— Ele sabe? — Charlie sussurrou.

— Nah, ele está apenas brincando. — fiz um gesto em direção ao equipamento cardiovascular. — Vamos começar com a esteira.

Cada um de nós pegou uma esteira, aumentando lentamente o ritmo a cada dois minutos, e eu fiquei de olho em Charlie e em todos os outros roubando olhares em nossa direção. Alguns deles pararam para ver como Charlie estava se saindo e lançaram um olhar em minha direção - o que retornei, naturalmente - e não passou despercebido por mim as perguntas nos olhos deles sobre o motivo de estarmos aqui juntos quando geralmente estávamos querendo estrangular um ao outro.

— Que merda. — ele estava correndo por apenas alguns minutos, mas Charlie apertou o botão de desacelerar repetidamente, diminuindo o passo para uma caminhada. Quando ele olhou na minha direção, vi a frustração lá. — Todo mundo vai ver.

Eu diminuí a velocidade para combinar com o ritmo dele.

— Ver o quê?

— Que eu sou fraco. Que meu corpo não está bom agora. — ele esfregou a testa, claramente irritado consigo mesmo. — Eles todos tinham que estar aqui?