CAPÍTULO SETE

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Charlie Kitjaruwannakul

A última pessoa que eu precisava ver estava parada na porta me observando.

— Quanto tempo? — eu disse novamente, enquanto Babe entrava mais para dentro.

— Tempo o suficiente.

Ótimo. Ótimo mesmo.

— Olha... Só quero ajudar.

— Não. — neguei com a cabeça. — Eu não vou cair nessa.

— Panther.

— Fique de fora dos meus assuntos.

Babe suspirou e se virou como se ele fosse realmente ouvir pela primeira vez na vida e sair. Mas então ele fechou a porta e trancou nós dois lá dentro.

— Perdeu a cabeça?!

— Suponho que seja uma pergunta retórica. — disse ele, recostando-se na porta e cruzando os braços. — Eu ouvi o que seu pai disse...

Claro que sim.

— E eu aprecio que você me defenda.

— Defender você? — eu pisquei. — A única razão porque eu estou nessa merda de situação é por sua causa.

— Oh, voltamos a isso. Tudo bem, deixe tudo sair.

— Eu não preciso deixar nada sair, porque é você quem vai sair daqui. Agora.

— Sabe, eu até gostaria, mas me sinto envolvido agora.

— Porque você é um intrometido que não consegue se importar apenas com seus próprios assuntos.

— Não é minha culpa que a porta estivesse aberta quando eu passei.

Esfreguei meu rosto com as duas mãos, emoções borbulhando do meu impasse com meu pai, e agora isso. Havia um botão de reset em algum lugar que eu poderia pressionar?

Abaixei minhas mãos e olhei Babe nos olhos. Talvez eu pudesse apelar para o seu lado compassivo - se é que ele tinha um.

— Olha, é pedir demais que você apenas... oh, eu não sei, deixe isso pra lá?

— Ficarei mais do que feliz em deixar pra lá. O que você gostaria de discutir?

Enquanto eu olhava para ele como se ele tivesse enlouquecido, Babe sorriu maliciosamente.

— Sem ideias? Tenho várias. Talvez possamos começar com o jeito que você me expulsou do seu quarto na outra noite?

Eu olhei para Babe com tanta força que foi um milagre que o chão não se abrisse e o engolisse inteiro. O cara parecia não saber o que era discrição, se ele pensava nem que fosse por um segundo que eu estava com vontade de discutir isso.

— Percebo que você realmente não gosta dessa opção. Seguimos... —quando Babe se afastou da porta, eu automaticamente dei um passo para longe dele. Eu não estava com  disposição para ser provocado agora. — Que tal discutirmos o fato de que você acabou de dizer ao seu pai que eu era um dos melhores pilotos que você já viu?

— Que tal não?

— Aww, você não precisa ser tímido, Panther. Você pode admitir: você acha que eu sou fodão.

Meus lábios tremeram, apesar de tudo. Quem diabos era esse cara que nada parecia perturbá-lo? Era como se Babe tivesse uma perpétua mentalidade de "não me importo com nada", e eu tinha que admitir que gostaria de compartilhar sua visão blasé do mundo. Eu daria tudo para não sentir como se tivesse acabado de decepcionar meu pai. Qualquer coisa para não sentir como se eu não pudesse agir de acordo com o desejo que eu tinha por esse homem irritante na minha frente.

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