CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]

EPÍLOGO

Dois anos depois

— Como diabos todas essas coisas se encaixavam no nosso apartamento minúsculo? Tem certeza de que eles não arrumaram a casa de outra pessoa?— Babe esticou o pescoço para o caminhão em movimento que acabara de chegar e balançou a cabeça. — Isso não pode ser tudo nosso.

— É melhor ser. Estamos pagando esses caras por hora.

— Merda. Talvez devêssemos ter comprado um lugar maior.

Enfiei meu dedo na cintura da calça jeans de Babe e puxei-o em minha direção, para que ele encarasse nossa vista incrível, em vez da pilha avassaladora de coisas que estávamos deixando os trabalhadores lidar.

— Olhe para este lugar. Se você acha que há algo melhor no mundo, pode pensar novamente.

Babe olhou por cima do meu ombro, e eu sabia que ele estava vendo nossa casa dos sonhos e as vistas inacreditáveis.

— Esperamos dois anos por isso. Eu não me importaria se nos mudássemos com apenas um colchão e um pouco de ramen. Ainda valeria cada segundo para finalmente chegar aqui.

— E vale cada centavo que gastamos na expansão, que por sinal você ainda nem viu.

Inclinei-me para morder seu lábio inferior e sorri.

— Então eu acho que você deve me levar lá para cima, para ver o nosso quarto, comandante Promphaopun.

— Mmm, eu gosto do jeito que soa saindo da sua boca. — Babe deu um beijo rápido nos meus lábios, agarrou minha mão e acenou para os trabalhadores, que estavam abaixando a rampa para iniciar o carregamento. — Obrigado rapazes. Está tudo rotulado.

Ele não esperou uma resposta, correndo para a porta da frente tão rápido que meu braço quase saiu do corpo quando fui arrastado atrás dele. Eu perdi meu agarre em sua mão quando entramos, e ele subiu as escadas para o que originalmente era um pequeno loft e espaço de armazenamento, mas que nós dois concordamos, quando compramos a casa, que seria o quarto principal perfeito. Levou mais de um ano, além de adicionar todo o tempo gasto na construção da extensão, e levou muito mais tempo do que o esperado, mas o resultado não poderia ter sido melhor no final. Com minha agenda de turnês com os Blue Angels chegando ao fim, isso significava que meus fins de semana não eram mais dedicados a shows aéreos em todo o país. Apesar de meu tempo com eles ser uma oportunidade única na vida que foi incrível, eu estava ansioso para compartilhar mais do que apenas quatro noites por semana com Babe.

Aqui. Em nossa linda casa dos sonhos em Mesamir. Nada mais.

— Feche os olhos — Babe disse do topo, me vendo subir até lá.

— Não posso fechar os olhos. Eu vou tropeçar.

— Apenas faça. Eu pego você.

Parei de me mover e fiz o que ele disse, e alguns segundos depois as mãos quentes de Babe envolveram as minhas, me guiando lentamente pelo resto do caminho. Se ele queria construir antecipação, estava conseguindo.

— Isso é o que eu ganho por permitir que você assuma o projeto. — eu disse, cuidadosamente subindo nos degraus.

— Me permitindo? Quando você acha que teria tempo para planejar tal feito?

— Você, de todas as pessoas, deve saber o quão bem eu sou multitarefa.

Babe claramente entendeu a insinuação sexual, porque soltou um gemido torturado.

— Porra, sim, e você vai me agradecer quando abrir os olhos. Você pode fazer isso da forma que quiser: na nossa nova cama, no chuveiro, inclinado sobre a ilha da cozinha...