CAPÍTULO QUATRO

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Babe Promphaopun

O sermão que recebi ao lado de Charlie não estavam em um dos dez melhores momentos da minha vida, mas não podia dizer que não tinha valido a pena. Foi uma grande surpresa para o meu melhor amigo, que achou engraçado como o inferno, ao contrário dos meus instrutores.

Ei, não foi minha culpa que os rastros duraram mais do que deveriam. Imaginei que duraria alguns minutos no máximo, mas ele ainda estava lá e agora o escritório estava recebendo reclamações.

Ops! Só que não.

Quando saímos do escritório do comandante Lourhaphanich e fomos para o vestiário, pude sentir a tensão irradiando de Charlie, embora ele não tivesse dito uma palavra para mim desde que chegamos.

— Bem, o comandante Lourhaphanich não ficou muito impressionado com o meu pau. — eu disse casualmente. — Eu tenho que dizer, é a primeira vez.

— Cale a boca. — disse Charlie com os dentes cerrados.

— Achou impressionante? Você pode me dizer a verdade. — olhei em volta dos corredores vazios. — Ninguém  está por perto para ouvir você admitir que gostou.

Teria sido engraçado como os punhos de Charlie se cerraram se eu não achasse que ele provavelmente os usaria em mim.

Por alguma razão, nem mesmo o pensamento de ser atingido conseguiu parar minha boca:

— Levamos puxões nas orelhas. Não é como se tivéssemos sido desclassificados...

Quando dobramos a esquina no vestiário, Charlie me empurrou contra a parede. Com seus olhos brilhando, ele me encarou furiosamente, seu rosto a poucos centímetros do meu.

— Em que diabos você estava pensando?

— Eu...

— Achou que seria uma boa ideia desrespeitar não só eu, mas a Marinha? Não foi o suficiente vencer o salto, você teve que ir se ferrar depois? Você acha que essa merda é engraçada?

— Acho que você não acha.

— Você tem sorte de estar aqui. Você tem sorte de ainda estar aqui. E porque eu sou o cara que ficou preso em você, cabe a mim garantir que não faça essa merda novamente.

Droga, ele era gostoso. Alguma coisa sobre irritar Charlie empurrava cada um dos meus botões e estar contra a parede com seu corpo praticamente vibrando contra o meu? É, pode haver outro pênis no céu no futuro.

— Eles não vão aguentar esse tipo de coisa, Solo. Você precisa parar com essa merda.

Olhei entre nós, para a minha ereção óbvia. Tarde demais.

Quando Charlie olhou para baixo, a surpresa iluminou seu rosto, assumindo a raiva que estava lá, e então ele se afastou de mim.

— Eu não entendo você. — eu disse, me afastando da parede. — Você age como se estivesse com tanto medo de pau, tanto no ar quanto do meu, quando eu sei que isso não é verdade.

Os olhos de Charlie se arregalaram quando ele virou a cabeça, procurando nossos colegas.

— Mantenha sua voz baixa.

— Ou o quê? — eu dei um passo em sua direção. — Você vai me bater?

Charlie avançou, agarrando meu traje de voo quando ele me puxou para frente.

— Vamos esclarecer uma coisa. Você não me conhece. Você não sabe nada sobre mim, e pretendo continuar assim.

— Porque eu sou um "problema"? — eu sorri, passando a mão em torno de seu pulso, onde ele me segurava. — E problemas assustam você?

CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora