CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]

CAPÍTULO VINTE E QUATRO

Charlie Kitjaruwannakul

Usei todo o auto-controle que eu tinha para não agarrar a mão de Babe quando entramos no NAFTA na manhã de segunda-feira após o Baile da Marinha. Como não era permitido qualquer tipo de demonstração pública de afeto entre qualquer combinação, eu me contive.

Mas apenas por pouco.

— Se importa de apostar em quem vai mais nos encher o saco? — Babe perguntou depois que passamos pela verificação de segurança. Ele olhou para mim, os olhos brilhando de malícia quando ele deslizou o telefone de volta no bolso.

— Todos?

— Talvez. Alan já me ligou várias vezes, mas eu aposto em Utah. Ele estava encarando na festa.

— O que há de novo? — eu disse enquanto nos dirigíamos para o vestiário. — O cara é um idiota e odeia todo mundo.

— Provavelmente porque ele é o último na classificação. Como ele entrou na Elite?

— Não comece nada.

— Quem, eu?

— Sim, você. Não precisamos de mais atenção sobre nós.

— E se ele pedir?

— Só...

Ele suspirou.

— Tá. Eu vou me comportar.

— Eu não disse para fazer promessas que você não pode cumprir. — eu atirei uma piscadela para ele e depois entrei no vestiário, onde o resto dos alunos já estavam em vários estados de nudez. Assim que nos viram, quase todos começaram a bater palmas e gritar, e Alan até teve coragem de começar a fazer barulhos sexuais enquanto empurrava os quadris no ar.

Eu não me envergonhava fácil - normalmente - mas enquanto Babe ria, eu podia sentir o calor subindo pelo meu pescoço.

Kim jogou o braço em volta de mim.

— Você poderia ter me dito.

— Você estava um pouco ocupado.

— Porra, você está certo. Que tal eu receber alguns aplausos por isso? — Kim deixou cair o braço e se virou. —Continuem. Me dê um tapinha nas minhas costas.

— Becky vai chutar sua bunda quando ela souber disso — disse Alan.

Kim olhou em volta.

— Por favor. Ela provavelmente está no vestiário das meninas se gabando do meu pau agora.

Eu gemi e abri meu armário.

— Se você não calar a boca, não haverá um segundo encontro, idiota.

— Como você sabe que não temos um segundo, já? — quando levantei uma sobrancelha, Kim sorriu. — Falando em segundos encontros, você não atendeu o telefone durante todo o fim de semana.

— Então?

— Então, eu acho que você teve um bom segundo e terceiro orgasmo... Ai! Quero dizer, encontro. — Kim esfregou a parte de trás da cabeça onde Babe o havia atingido. — O quê? Agora é de conhecimento público.

Mais do que ciente de todos os olhos olhando para mim, mantive meu foco no conteúdo do meu armário e chutei meus sapatos enquanto Babe dizia:

— Se você estivesse tão satisfeito com sua própria vida sexual, não estaria tão ansioso por detalhes sobre a nossa.

Risos ecoaram no lugar e Kim levantou as mãos em sinal de rendição. Babe piscou para mim, e eu só podia balançar a cabeça enquanto colocava meus óculos escuros e telefone no armário.