CAPÍTULO OITO

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Babe Promphaopun

Ansiando voar no ar e enfrentar a única pessoa que realmente considerava minha competição aqui, eu estava quase vibrando com adrenalina reprimida, quando recebi a permissão clara.

Eu sabia que seria necessário um voo inteligente para derrotar Charlie hoje, e quando recebi o sinal verde, eu estava focado em apenas uma coisa: vencer.

Eu estava fora do chão em segundos e, quando disparei no céu como uma bala de canhão, meus dedos se apertaram ao redor dos controles. Esses aviões não entravam no céu como um avião comercial. Oh não, onde eles foram projetados para estabilidade e conforto, os caças eram o oposto completo.

Projetados para serem instáveis quanto à manobrabilidade, as asas desse bebezinho eram mais rígidas e qualquer solavanco e queda na turbulência você sentia na boca do estômago. Algo que faria um comum possivelmente vomitar ou desmaiar, mas não eu. Eu vivia por essa merda. Inferno, muitas vezes pensei que meus pulmões funcionavam melhor com combustível de aviação do que com oxigênio.

Mas tão rapidamente quanto esse pensamento entrou em minha mente, ele desapareceu, porque, assim que atingi a altitude correta dada no brief de hoje, Charlie - de um jeito ou de outro - apareceu à minha esquerda e estava se movendo rapidamente, me pegando desprevenido e me colocando na defensiva.

— Que merda. De onde você veio? — Eu murmurei para mim mesmo.

Meu pulso começou a acelerar e todos os meus sentidos ficaram em alerta máximo, enquanto meu cérebro disparava, considerando todas as minhas opções em um ritmo infernal. Quando ele avaliou e descartou diferentes cenários de casos e todas as opções, lembrei-me de que tomar decisões de vida ou morte em segundos não era o trabalho mais normal do mundo. Mas quando o avião de Charlie se aproximou de mim, também me lembrei que era o melhor, porque justamente quando ele me tinha em sua mira, eu me virei e inverti, fazendo com que ele precisasse ultrapassar ou me atingiria.

Quando Charlie me atacou, eu sabia que estava comprometido agora com a decisão que havia tomado. Inclinei o avião para cima e subi mais alto no céu, preparando-me para executar meu primeiro teste e levar nós dois a uma manobra de combate conhecida como rollings scossiors ou ‘rollers’.

Eu odiava esse movimento - nunca era fácil sair dele e colocava o atacante e o que estava na defesa em uma posição de merda. Mas ei, eu fui enviado para cá com as mesmas instruções que ele - não perder.

Puxando para cima, verifiquei se meu vetor de elevação estava correto e alinhado com Charlie, depois mergulhei à frente dele em um giro. Sabendo que era muito importante abaixar minha frente, virei um pouco e, quando começamos a rolar um contra o outro lá em cima no grande céu azul, meu coração começou a bater tão forte que um pessoa normal poderia ter ouvido.

Quando voltei à posição pela segunda vez, usei a gravidade para ajudar a aumentar a nitidez do meu voo e, quando me virei para voltar, relaxei no acelerador para manter o controle dos meus movimentos verticais.

Charlie estava me dando trabalho. Droga. Era difícil determinar qualquer tipo de posição precisa ao fazer essas manobras, e ainda mais difícil se desprender daquele que o perseguia. Ele me colocou em fuga, na posição defensiva, e sabia disso, mas quando eu fiz o terceiro movimento de virar e mergulhar em sua direção, tudo mudou. Meus movimentos foram mais rápidos que os dele por meros segundos, e o que havia começado como uma luta de um giro logo se transformou em dois, me dando a vantagem e forçando Charlie na minha linha de 3/9.

Agora, em uma perseguição completa, nós dois continuamos tentando superar o outro com uma série de giros, mas nada estava me abalando agora. Charlie tinha duas opções: ele poderia acenar a bandeira branca e ou...

CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]Where stories live. Discover now