CAPÍTULO VINTE

216 10 1
                                    

Charlie Kitjaruwannakul

Algum tempo depois, finalmente chegamos ao quarto depois de várias paradas ao longo do caminho. Era como se não nos víssemos há meses, quando quase nem uma hora se passou nas últimas duas semanas em que não estávamos juntos.

Eu não entendia como tinha ido tão rapidamente de querer arrancar sua cabeça para arrancar suas roupas, mas uma vez que isso aconteceu, não havia como voltar atrás. A necessidade que eu sentia por Babe era insaciável, e esse desejo não estava diminuindo - estava ficando pior. Manter as coisas físicas era uma coisa, mas o puxão no meu estômago quando eu olhava para ele ultimamente era algo completamente diferente. Algo que eu não podia deixar crescer, porque nosso tempo aqui era limitado e logo acabaríamos em lados opostos do mundo. Nada conseguia sobreviver a isso. Era melhor nem tentar.

— Você já tentou fazer funcionar com alguém? — as palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse me conter - e porque eu era um sádico. —Enquanto você está alistado, eu quero dizer.

— Seria muito difícil, você não acha?

— Sim. Impossível.

Babe virou a cabeça no travesseiro, onde estava deitado ao meu lado, um lençol solitário ao redor de nossos quadris, nossa pele ainda escorregadia de suor.

— Eu não faço o tipo de um homem só.

— Solo, o sacana. É o que Whiplash diria.

— Talvez sim, mas eu dificilmente acho que ficaria sozinho nessa avaliação. A menos que você esteja esquecendo que, na noite em que nos conhecemos, você estava ocupado tentando transar com aquele pau de cenoura.

— Ele é pau de cenoura agora? — dei risada. — Jesus!

— Ei, eu não estou julgando... muito. Mas você pode admitir: você queria ir para casa comigo naquela noite.

— Para seu ego crescer cinco tamanhos? Não mesmo.

Babe puxou o lençol lentamente dos meus quadris, mas eu o agarrei antes que ele pudesse expor meu corpo nu novamente.

— Vamos lá — falou ele. — Admita! Diga-me como você estava excitado por mim no segundo em que me viu.

— Tão excitado que te rejeitei... duas vezes.

Mais rápido do que pude piscar, Babe rolou em cima de mim, me prendendo no colchão.

— E você se arrepende dessa decisão todos os dias. Vamos. Não tem ninguém aqui. Você pode me dizer.

— Você vai me obrigar?

O sorriso de Babe se ampliou.

— Vou fazer o que for necessário Você deveria saber isso sobre mim agora.

Esse comentário por si só deveria ter feito meu pau reagir. A possibilidade de Babe fazer o que ele quisesse comigo era uma promessa que eu deveria achar seriamente quente. Mas, por alguma razão, senti uma pontada no peito. Ele faria o que fosse necessário para estar no topo. Para conseguir o que ele queria. Para me ter em sua cama.

Mas não para ter a mim.

Que merda. Emoções de merda invadindo onde elas não eram procuradas.

O sorriso no rosto de Babe diminuiu quando suas sobrancelhas se apertaram.

— O que eu disse?

— Hã?

— Você parece chateado, e não acho que a ameaça de uma boa transa tenha causado isso. — como se para provar seu argumento, ele balançou seus quadris sobre os meus, mas eu estendi a mão para agarrá-los e parar seus movimentos.

CLASSIFIED || CHARLIE & BABE [PITBABE]Where stories live. Discover now