Capítulo Onze.

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Gente, boa noite!

Queria me desculpar pelo atraso de capítulo, mas é que estou estudando muito pras provas finais, me desculpem! Assim que terminar as provas irei fazer uma maratona de capítulos só pra recompensar minha falta de atenção <3

Não esqueçam de comentar, votar e indicar o livro para seus amigos. Posso não responder os comentários por falta de tempo mas leio todos! <3

Beijos, Wan

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Maju narrando:

─ Hein? Quero saber porque o cheiro de maconha tá em ti.

─ Ma...Maconha?! ─ ele gaguejou arregalando os olhos, o mesmo me fitou perplexo. ─ Não sei do que você está falando, Luan.

─ Acha que sou burro é? Eu tô nisso desde quando tava na barriga ─ Luan falou em um tom alto e Gabriel se encolheu com os olhos fixos no chão. ─ Gabriel, tu tem alguma coisa pra me contar?

Gabriel deu ombros e em seguida suspirou fundo coçando os olhos.

─ Eu fumei maconha sim, mas não foi só uma vez, foram quatro vezes e fiz isso por sua culpa.

─ Agora eu tenho culpa de tu fumar droga é? Tu tem quase quatorze anos Gabriel, tu não é mais nenhuma criança pra ficar trocando fralda e colocando chupeta na boca, tu já é homem e já pode até fazer filho, assume teus erros, caralho! ─ Luan gritava, pela primeira vez via ele tratando Gabriel daquele jeito. Os olhos de Luan estavam vermelhos de raiva.

─ Você me deixou! Você fez igual o papai, e a mamãe, todos me deixam, todos se cansam de mim, por isso mesmo que você me abandonou aqui, eu não tenho ninguém além de você Luan, se coloca no meu lugar, eu só tenho treze anos e nunca cresci com alguém pra chamar de pai e mãe.

Luan suspirou fundo e passou a mão por dentro dos cabelos, ele olhou para Gabriel que chorava cobrindo o rosto e se sentou do lado do mesmo.

─ Tu se lembra do que a gente prometeu um pro outro? Quando tu fez oito anos e eu te contei toda nossa história? ─ Luan estava mais calmo e mantinha um tom baixo.

─ Sim, a gente prometeu um pro outro nunca entrar no mundo das drogas pra não ser igual o papai.

─ Então... ─ Gabriel o interrompeu.

─ E também prometemos nunca abandonar um ao outro.

─ Gabriel, eu tava tentando melhorar, eu estava na cadeia por vocês. Eu não queria pra sua sobrinha crescer com um pai traficante, tu sabe bem como é crescer com alguém assim, não poder ter sossego, não poder ter paz, sair na rua com medo...

─ Quando amamos, nós aceitamos tudo.

Luan deslizou o olhar até o chão e juntou as mãos pensativo.

─ Eu cuidei de tu desde quando você nasceu, eu fui o primeiro em te pegar nos braços e o primeiro à trocar sua fralda. Eu tinha várias oportunidades na minha vida, mas deixei todas essas oportunidades para criar você, eu já enfrentei vários bocados Gabriel, enquanto eu podia ter simplesmente te abandonado e tocado com a boca de fumo, mas eu não fiz isso ─ Luan falava rouco e Gabriel escutava tudo transbordando lágrimas. ─ Tu acha mesmo que depois de isso tudo eu ia te abandonar?

O cômodo então ficou em silêncio, só se escutava Gabriel fungando.

─ Mas eu não sei como parar isso, acho que já estou viciado ─ confessou Gabriel em um tom baixo. Luan agarrou a mão do irmão e apertou firme.

Apenas um Traficante IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora