Capítulo Dezoito.

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Maju narrando:

De repente congelo, Luan tenta se levantar pra sair dali o mais rápido possível mas belisco o braço dele o forçando à ficar e dar uma boa explicação para Lua. Me endireito no colo de Luan e nós dois encaramos nossa filha que ainda esperava nossa explicação.

─ É... Nós estávamos... Estávamos namorando ─ digo com o rosto corado, meu coração batia forte. ─ Não é Luan?

─ Sim, isso mesmo.

─ Vocês são namorados? ─ ela indaga de um jeito fofo. ─ Namorados igual o Ken com a Barbie?

─ Nós somos casados, filha ─ Luan diz me apertando.

─ Um dia você também vai ter um namorado como a Barbie e o Ken ─ digo e ouço Luan bufar.

─ Um? ─ Lua indaga sorrindo sapeca. ─ Um é pouco mamãe, eu quero dez! ─ ela diz mostrando com os dedinhos e dou um sorriso de orelha a orelha.

─ Nada disso, não vai ter nenhum! ─ Luan diz e me viro o encarando, ele estava vermelho.

─ Luan, ela é só uma criança de três anos.

─ Eu com três anos já brincava de médico com as filhas das amigas da minha mãe.

Gargalho e chamo Lua pra sentar em meu colo e a mesma vem correndo e pula em cima de nós dois. Luan toma mais um gole de cerveja enquanto reclama o quanto eu e Lua somos gordas e que estávamos pesadas.

Depois que RL e Priscila voltam atrás de Lua, decido ir tomar um banho de mar junto de Lua e Priscila, deixo Luan e RL tomando suas cervejas e conversando enquanto nos vigiavam ir até a maré que estava um pouco agitada. Pego Lua nos braços e entro no mar sentindo as ondas batendo em minha perna, dou um sorriso e Lua também cobrindo o rosto com as mãozinhas e evitando a água do mar atingir a mesma.

Priscila começa a jogar água em nós e começo a pular sorrindo junto de Lua que também jogava água nela e ficamos brincando lá até o cansaço nos atingir. Entrego Lua nos braços de Priscila e deixo a água do mar me trazer toda a refrescância, estava até gelada, sentia a areia em meus pés e o sol esquentando minha pele de forma que me fazia amar eternamente morar no Rio de Janeiro. De repente me dá na cabeça de olhar pra um dos quiosques da praia, e quando olho pra lá dou de cara com um homem alto que me observava sozinho e quando cerrei minhas pálpebras e o analisei bem o reconheci... Era aquele mesmo homem que havia me barrado na noite da escola, que sabia meu nome e que pior... Sabia onde morava.

Ele sorriu continuando me olhar e passou o dedo no pescoço em sinal de morte e então saiu andando ainda virando pra trás e me olhando, simplesmente congelei ali mesmo, fiquei imóvel o encarando.

─ Maju? Maju? ─ escuto a voz de Priscila chamando pelo meu nome. ─ Maju?!

─ Oi? ─ me viro a encarando.

─ Tava te chamando à horas, quero dizer que os meninos estão chamando a gente que o almoço chegou.

─ Ah sim, vamos ─ digo já saindo da praia e ainda encabulada por ver aquele homem me observando e fazendo aquele gesto. Quem era ele afinal? O que ele queria?

Saímos da água e fomos caminhando até onde os meninos que já comiam ainda conversando e bebendo, Gabriel estava em um canto mexendo no celular e comendo o caranguejo e assim que Lua chegou já foi correndo até ele o molhando todo. Puxei a cadeira perto de Luan ainda meio aflita e me enrolei na toalha sentindo o braço de Luan ser passado em volta de meu ombro.

Olho ao redor da praia ainda o procurando com o olhar mas não vejo ninguém.

─ O que foi Maju? ─ Luan perguntou me fitando.

Apenas um Traficante IIWhere stories live. Discover now