Capítulo Trinta e Um.

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Gente pra quem ler a história (também serve pros fantasmas) eu peço que dê o like que não vai cair o dedo de vocês, eu juro, não custa nada votar no capítulo. Obrigada, beijos, boa noite <3

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Luan narrando:

Tô na boca agilizando tudo pra invasão que já iria acontecer. Arrumava as munições, as pistolas, as facas, granadas e tudo mais que precisávamos pra matar alguns do DR. Organizo tudo nas mochilas junto de RL que organizava e separa as armas já que ele era líder arsenal e entendia bem das paradas. Meu pensamento estava à mil, pensava na Maju e na minha família, sei que foi errado da minha parte não dizer pra ela que estava indo invadir o Complexo do Alemão mas priorizei a situação dela, não queria deixar ela nervosa e contar isso só iria piorar tudo.

Estou em meio de meu pensamentos de culpa quando escuto gritos seguido de choro feminino, me viro pra portinha e vejo a cena de Canela trazendo aquela prima de Lívia pelos cabelos, largo tudo que tô fazendo e caminho até a cena, ele solta os cabelos dela e chuta a mesma no chão. Todo mundo ficava olhando em silêncio, ela chorava e soluçava com os olhos avermelhados.

─ Todo mundo marca dez lá fora, fica só RL e Canela aqui ─ ordeno e os moleques que estavam lá na salinha saíram deixando apenas quem ordenei lá dentro. ─ Que isso, Mateus?

─ Tu nem sabe o que descobri, chefe ─ ele diz olhando pra garota que estava encolhida no canto. ─ Essa vadia aqui é x9 de DR.

Olho pra ela com meu coração batendo forte, sentia a raiva só aumentando dentro de mim, eu não perdoava nenhum x9.

─ Como tu sabe? ─ indago sério com minha garganta coçando.

─ Ela mesmo disse, já tava desconfiando e depois ela jogou tudo, Isack morreu por culpa dela! ─ ele diz chutando ela que continuava chorando. Tiro minha arma da cintura movido pela raiva mas assim que vou andar RL segura em meu braço.

─ Nada de decisões precipitadas ─ ele diz baixo e puxo meu braço com raiva.

─ Não sou de perdoar x9, tu sabe bem disso e ainda mais quando eu tô com raiva que aí mesmo que não sei agir por mim.

Caminho até ela que se afastava se arrastando no chão e destravo minha pistola, a raiva dentro de mim era tanta que segurava aquela pistola com tanta força que estava prestes à quebrar, tudo em mim estava sendo movido pela extrema raiva. Sempre soube que tinha um informante ali dentro e agora sabia quem era, primeiro meu irmão e depois Maju na tal situação. Aponto minha pistola pra cabeça dela e respiro fundo.

─ Por favor, por favor ─ ela implora. ─ Eu nunca dei informações nenhuma daqui pra DR, não tinha como, eu só vivia em casa e nem colocava a cara na porta, por favor, ele me obrigou em estar aqui, eu nunca quis estar aqui, tenho uma mãe doente em casa e... Eu estou grávida. Eu sei bem sobre você, Luan, sei que jamais mataria alguém inocente e eu sou inocente, caso eu não visse pra Rocinha eu perderia minha mãe.

Olhava fundo nos olhos dela. Uma coisa que aprendi com o tempo é reconhecer uma alma culpada e uma alma inocente, ambos são completamente diferentes apenas no olhar, já estourei a cabeça de alguns informantes que descobri e nenhum deles tinha um olhar tão puro como o dela, eu não seria capaz. Abaixo minha pistola e respiro fundo coçando os olhos, me agacho e tiro meu moletom entregando pra ela já que o vestido dela estava rasgado.

─ O que? Tu vai dar ouvidos pra essa puta? ─ Canela diz indignado e ajudo a garota a vestir o moletom que ficou completamente enorme nela.

─ Acredito que tenha um x9 aqui mas acredito que não seja ela ─ digo me levantando e ajustando a bermuda jeans em mim. ─ Uma hora essa pessoa aparece, pode ser alguém que menos imaginamos.

Apenas um Traficante IIWhere stories live. Discover now