Dois.

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- Talvez eu seja. - respondi sua pergunta o encarando. Ficamos em silêncio, um encarando o outro. Os olhos dele me olhavam como se eu pudesse fazer algo. Para tirar aquela dor que estava ali, que percebi desde o momento que cruzamos o olhar. Acho ele a pessoa mais indicada á me entender. Seu histórico faz eu deixar a compaixão brigando com minha "nobreza", como diria Elijah.
- Deixe pra me matar depois. - ele finalmente diz algo.
- Tudo bem. - disse e desviei o olhar.
    O plano era eu me fazer de vilã. Mas acho que não está dando certo. Afinal, nunca sigo planos.
    Me levantei ele também. Ele estendeu a mão. Eu a apertei forte, talvez tenha quebrado alguns ossos.
- Ow. - ele disse soltando a mão.
- Desculpe. - sorrio torto o encarando - Mas enfim. Estou me socializando por enquanto, se você machucar qualquer um que esteja no meu ciclo de "socialização"...- faço aspas com as mãos -... Vou machucar você. - completei sorrindo cínica.
- E o que vai me fazer cumprir isso? Costumo mandar, não receber comandos. - ele rebate sorrindo cínico.
- Por que nunca brigou com um inimigo mais forte do que você.- digo o encarando.
- E nem vou brigar. - ele diz. E eu o encaro confusa - Você não é minha inimiga. - ele completa.
- Vou ser. - digo. Dou as costas e saio andando.
- Não dê as costas pra mim. - ele diz. E eu me viro - Elijah disse que você era nobre, não vejo nenhuma nobreza. - ele completa.
- Vai fazer o que se eu der as costas novamente? - o desafio.
- Sabia que é totalmente anti nobre dar as costas a uma pessoa enquanto conversa. - ele diz sorrindo de canto, ignorando o meu desafio. Eu rio. E ele dá as costas.
- E o negócio do anti nobre? - eu pergunto o olhando. Ele olha pra mim e diz.
- A questão é que eu não sou nada nobre. - ele esboça um sorriso cínico. E continua andando.
- Cuidado com quem está mexendo irmãozinho. - Bekah aparece olhando Niklaus sair.
- Estou tendo. - ele diz. Bekah vem até mim.
- Seu irmão me irrita. - digo a olhando - Como suporta? - pergunto.
- As vezes também me questiono sobre isso. Mas enfim...- ela faz uma pausa - Elijah quer falar com você. - ela diz. Eu a encaro confusa. - Não me pergunte. Não faço a mínima ideia. - ela completa. E eu assinto.
- Onde tem um bar? - pergunto. Ela ri.
- Vamos no Grill. - ela diz. E eu a sigo. Assim que entramos vejo Damon Salvatore sentado no bar.
- Oi você é a Bella Gilbert certo? - um garoto pergunta vindo até mim.
- Oi pra você também Matt. - Rebekah diz o olhando, o olhando de uma forma que conheço bem.
- Sim sou a Bella. Prazer Matt certo? - Pergunto o olhando. Ele assenti.
- Preciso conversar com Matt. Comece a beber por mim. - ela diz. Eu assinto e vou até o bar. Sento uma cadeira após o Damon.
- Whisky gelo e limão. - peço ao barman. Logo ele entrega. Eu viro o copo. E sinto o olhar de Damon em mim.
- Algum problema meu Salvatore favorito? - pergunto o olhando.
- Como sabe tanto de nós? - ele pergunta.
- Eu mandei uns humanos observarem a vida da Elena e do Jeremy. Principalmente depois da morte dos pais da Elena. - respondi.
- Conheceu Jenna? - ele pergunta.
- Para que quer saber?
- Curiosidade. - ele diz e pisca pra mim. Eu semicerro os olhos.
- Não. Só quando era pequena. - respondi - Outro. - digo ao barman. E ele serve outro copo. Virei novamente. Desceu rasgando na minha garganta.
- E por que quer vingar a morte dela? - ele pergunta.
- Ela era a minha mãe. - respondo o encarando.
- Família Gilbert sempre complicados. - ele afirma. Eu dou de ombros.
- Por que fez ela esquecer. No dia em que se conheceram? Tirando por aquele motivo que você disse, deve ser muito mais que isso. - pergunto o olhando.
- Como sabe disso? - ele pergunta me olhando.
- Responde. - retruco.
- É e sempre foi mais do que uma duplicata da Katherine... Olha, não te devo explicações. - ele diz. Eu assinto, e vou em direção á saida do bar.
- A conta. - o barman diz.
- Coloca na do Damon Salvatore. - ele ia protestar mais eu fiz ele ficar quieto com magia. Rebekah deve estar com o tal Matt. Quando sai desfiz a magia para o Damon conseguir reclamar. Mas eu já estava indo longe nessa hora.
    Fui pra casa dos Originais. E bati na porta. Para minha má sorte Niklaus atendeu.
- Elijah está ai? - pergunto o encarando.
- Não é uma boa hora. - ele diz e tem sangue em suas mãos.
- Foda-se. Quero ver Elijah. - digo o encarando. E ele fecha a porta na minha cara - ELIJAH. - gritei na porta. Logo escuto passos vindos de dentro da casa. E a porta se abre figura de Elijah.
- Não faz da sua indole gritar em portas alheias. - ele conclui me olhando. Eu o abraço e logo solto.
- Faz da indole do original imbecil. Mais conhecido como Niklaus. - digo o olhando.
- Ele está escutando. - Elijah informa.
- Que bom né, pra isso que servem os ouvidos. - disse. Elijah odeia piadas. Mas escutei risos do Niklaus lá dentro.
- Entre.- ele dá espaço. Eu passo e ele fecha a porta. Niklaus aparece, e duas meninas com pescoços ensanguentados saem da casa.
- Não acho confortável a garotinha que quer me matar vindo dentro da minha casa. - Niklaus diz.
- A questão é que ninguém se importa. - retruco o olhando.
- Eu estou indo embora. - Elijah solta.
- Só porque cheguei em Mistyc Falls? - perguntei o olhando.
- A busca da Cura já começou. Quero estar longe quando acontecer. - Elijah informa.
- Tudo bem. - digo e eu o abraço - Fica bem e nos encontramos em Vegas novamente? - pergunto o olhando.
- Oh claro. - Elijah disse me apertando forte. E logo me soltei. Mas antes ele beijou minha testa.
- Boa viagem irmão. - Niklaus diz.
- Agradeço irmão. E cuidado com Bella. - Elijah diz. E eu sorrio cínica para Niklaus. E Elijah vai embora. Me direciono para a porta de saida.
- Por que ele queria se despedir  de você? - Niklaus pergunta.
- Longa história. - respondo e saio da casa. Dessa vez sem corrida, sem pegar carro vou simplesmente andando para o mais longe possível.
      No final acabei ficando em um hotel barato por uma semana. Mas não aguentei, meus informantes disseram que Elena, Rebekah, Damon, Jeremy, Stefan, Bruxa Bennet e um tal professor foram em busca da cura. Então voltei á Mistyc Falls.
      Na real não sabia exatamente porque Elijah foi embora. Mas sempre é um sinal. Ele se despede de mim, quando á algo muito errado a acontecer. Ele sabia que eu não ia ir com ele por motivos do Klaus. Então apenas se despediu. Mas eu não seguirei as regras de Elijah, minha curiosidade é maior.
       Chego na casa dos Gilbert. Antes de entrar escuto um grito. Entro e vejo Caroline com dor, e Tyler implorando por que Klaus desse o sangue a Caroline.
- Bella faz o favor de me soltar daqui. Juro que te recompenso. - Niklaus dizia.
- Cuidado Bella, ele vai te machucar. Não caia nas palavras dele. - Caroline diz.
- Tyler não se preocupe. Tira Caroline daqui. - digo. E Tyler segue o que eu digo - Não encosta em mim. - digo enquanto passo pela sala para ir na cozinha. Tinha outro caminho? Tinha! Mas não sou obrigada. Ele não segue que eu digo e me prensa em uma parede da sala. Ficamos a centímetros um do outro.
- Desculpe princesa. - ele diz e quando ia tentar quebrar meu pescoço. Faço ele ter uma dor de cabeça forte demais pra ele conseguir mover algum dos braços. E sai tranquilamente da sala. E desfiz a magia. Pego um copo de água sento na bancada e começo a tomar.
- Você é forte. Pode desfazer esse feitiço que a Bennet fez. - ele diz me olhando.
- Do que uma Bennet não é capaz.- digo pensando, depois dou de ombro. Muitas coisas Bennet não são capazes - Mas enfim. Se eles fizeram isso, foi por quê tiveram um motivo. Algo relacionado ao corpo embaixo da mesa? - perguntei o olhando.
- Não faça eu adicionar você na lista de quem eu vou matar depois de sair daqui. - ele diz me encarando com furia. Eu dei de ombros. Desci da bancada e tirei o lençol da cabeça do corpo. Kol Mikaelson. Olho pra Niklaus e ele olha ao corpo do irmão com... dor? Talvez ele seja mais humano do que penso. Cubro de novo. E sento em cima da mesa.
- Eu sinto muito. - digo o encarando.
- Não sinta. - ele diz desviando o olhar.
- Está perdendo pontos com Caroline. - digo o olhando.
- Pontos? - ele pergunta me encarando de volta.
- Sim, mostre mais essa humanidade. Que sei que está ai dentro. - digo e desço da mesa e ando em direção a ele e paro em sua frente.
- Por que não me mata logo? Não é isso que você quer? - ele pergunta sorrindo cínico.
- Calma querido Niklaus. Antes de matar alguém eu conheço a pessoa primeiro, e vejo se ela merece realmente o prazer de morrer. - respondo o encarando. Ele desfaz o sorriso.
- E eu mereço? - ele pergunta me encarando.
- Você é bom demais pra ser verdade. Portanto não merece. - respondo o olhando. E sigo meu caminho a fora. Ele me encara até eu sair.
      Saio da casa e vou em direção a Casa do Niklaus. Eles precisam da espada para achar a cura, as vezes vasculho mentes enquanto encaro uma pessoa. Á do Niklaus disse isso, ele é chantagista, vai trocar isso por algo provavelmente. E sobre a espada, eu vou achá-la.

Always and Forever.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora