Vinte e Oito.

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- Não quero assumir a responsabilidade de Nova Orleans, mas sou a melhor opção para vocês por enquanto. As bruxas odeiam vocês, Marcel não parece disposto á ajudar vocês... - suponho e eles me olham aparentemente interessados, mas não aparentam cogitar a hipótese - Soube por Hunter que as bruxas estão revoltadas, e Marcel pretende pegar o trono de volta... - Niklaus me interrompe.
- Como seu namoradinho sabe disso? - ele pergunta sarcasticamente, resolvo ignorar o "namoradinho" e seguir com o assunto.
- Os bruxos vivos estão sendo influenciados pelos mortos. Eles querem que Hunter forme um exército contra vocês... - respondo Niklaus se levanta indo em direção á porta - Aonde vai Niklaus? - pergunto suspirando.
- Matar Hunter, assim não têm ninguém liderando o exército. - ele ia dar mais um passo, mas antes o ameacei.
- Não encoste um dedo em Hunter, se encostar, depois, garanto que irá se arrepender. - disse enquanto sorria sarcástica o olhando. Niklaus se virou e cruzou os braços enquanto me olhou sorrindo sarcástico como eu (G I F).
- Estava com saudades da sua sutileza.- ele provoca me fazendo revirar os olhos.
- Serio? Não me faça ficar com saudade de querer arrancar seu coração. - retruquei enquanto continuava á sorrir sarcastica o encarando, ele fazia o mesmo.
- Continue Bella... - Elijah pediu ao meu lado.
- Então... - tentava voltar ao foco ainda encarando o Niklaus, que fazia o mesmo - Pelo que Hunter me disse, essa é a melhor escolha. Não queremos guerra, certo? - completei enquanto ocilava entre todos os irmãos.
- Por que acha que não queremos guerra? - Niklaus perguntou ainda sorrindo sarcástico. A resposta veio em mente na hora, afinal, é o que eu também acho;
- Guerra não é um bom ambiente para criança. - respondi. Todos eles me olharam, pareciam convencidos. Niklaus substituiu o sorriso sarcástico, por um sorriso de canto.
(...)
- Tem certeza que irá fazer o feitiço? - Elijah perguntava pela terceira vez hoje. Logo quando eu acordei, quando almoçamos, e agora quando bebemos o clássico whisky.
- Você sabe que sim. - e eu também sei. Logo depois de nos acertamos sobre o tratado de paz, fui dormir para descansar, preciso de todas as energias... Afinal vou ressuscitar duas pessoas.
- Tem um porém... - Davina entra na sala e Niklaus segue um olhar ameaçador pra ela - A porta estava aberta. - ela fala o olhando, eu acabei rindo.
- Que porém Davina Sanclaire? - Elijah perguntou.
- Hayley não está morta. - Davina o responde e eu olho Elijah, rindo.
- Como quer que eu ressuscite um vivo? Qual teu conceito de vida Eli? - pergunto ainda rindo.
- Vocês vão ter que matar... - Davina ia dizendo mas Freya a interrompeu.
- Não, acho que não precisamos. - ela diz e pega um grimorio que estava em cima da mesinha de centro - Se combinarmos meu poder, com o seu podemos quebrar o feitiço de Dahlia, e voltar Hayley para o corpo original. - Freya completa enquanto folheava o grimorio.
- O que devo fazer? - pergunto a olhando.
- Quebre o feitiço, e o resto é comigo. - ela diz. Os três irmãos a olham confusos.
- Porque não fez isso antes? - Rebekah tomou frente e a perguntou. Freya respondeu enquanto abaixou a cabeça.
- Não tenho o poder necessário... - ela respondeu quase em um sussurro. Enquanto parou em uma pagina, ignorei sua baixa estima, indo me sentar ao seu lado e discutir o feitiço. Mas estava em uma lingua na qual não conheço.
- Pode traduzir? - pergunto enquanto ainda checo o feitiço. E pelos sinais não é tão complicado.
- Terá que pegar o sangue de Hayley, tanto do corpo humano, quanto o de lobisomem. E assim recite esse feitiço... - ela aponta para um canto da pagina, onde quatro versos estavam escritos em letra cursiva -...e assim terá quebrado o feitiço. Logo depois uso o mesmo feitiço de transferência de alma que usei em Rebekah.- ela disse e eu assenti.
- Elijah pegue o sangue da Hayley, e eu pego do corpo. - Rebekah ordena. Os dois saem em disparada.
- Vou estudar a melhor forma da transferência. - Freya diz se retirando.
- Eu vou preparar tudo.- Davina se despede com um aceno.  Restando eu e Niklaus na sala. Logo Niklaus segue até a garrafa de whisky.
- Servida? - pergunta ele enquanto me olha por breves segundos.
- Claro. - o respondi. Ele logo me entrega um copo, enquanto se senta na minha frente. Ele direciona seu olhar diretamente à mim, enquanto me observa.
- Algum problema? - pergunto enquanto bebi um gole.
- Ainda desconfio de você, Arabella. - ele diz meu "nome" com todo o sarcasmo existente. Eu revirei os olhos rindo - Por que seu pai não a registrou com esse nome? - ele questiona, parecia realmente interessado. Dei de ombros tomando mais um gole antes de responder;
- Na verdade sou registrada como Arabella, mas todos sempre me chamam de Bella. Inclusive Jenna, ao descobrir isso eu decidi me apresentar como Bella. - ele me olhou nos olhos desta vez. Como se dissesse "sinto muito".
- Você deveria me odiar, Arabella. - ele fala se descansa seu pescoço no sofá, o fazendo encarar o teto.
- Realmente... - disse terminando de beber o whisky, e o encarando. Niklaus por mais relaxado que seja, tem seu encanto. De começo pelo seu sotaque...
- Por que está me encarando? - ele questiona, dessa vez com a voz brincalhona.
- O incomoda? - perguntei com o mesmo tom de voz, e ele me olhou com o mesmo sorriso que esboçou alguns minutos antes.
- Imagina, amor. - ele faz soar esse apelido de cafageste, como um belo elogio. Ri de canto enquanto me levantava para deixar meu copo na mesinha, mas logo voltando para meu lugar ele continuava me encarando, e eu entrei em seu jogo. Acho que a lição de esquecer minhas esperanças com Niklaus está funcionando. Há meses atrás, ou melhor dias, nossa troca de olhares me causariam arrepios. Mas agora pareciamos simplesmente bons amigos, se é que ao lado de Niklaus eu poderia ser isso.
- Me tire uma duvida... - ele diz, eu assinto esperando sua pergunta - Qual é realmente a cor dos seus olhos, amor? - eu sorrio de canto com o apelido. Estou encarando esse apelido com a forma mais sarcástica e irónica que Niklaus conseguia me dizer.
- Verdes escuros bem confundíveis com castanhos. Nunca sei ao certo que cor está. - o respondi, ele sorri sarcastico - Os seus são azuis esverdeados, não é amor? - completei com o mesmo tom de ironia o fazendo rir.
- São... - ele responde ainda rindo.
      Ficamos em silencio por um tempo, mas logo é quebrado pelo choro de Hope, se aproximando cada vez mais. Olho para a porta e vejo Freya entrando com ela.
- Ela não para... - Freya suspira enquanto se senta ao meu lado. Começo a brincar com ela, e ela logo estende os bracinhos para mim. Eu a seguro e continuo a brincar com ela e as lagrimas somem.
- Qual é a magia? - Freya pergunta me olhando.
- Não sei. - disse observando Hope sorridente ao brincar com minha mão.
        Comecei a observa-la, e eu via tanta pureza em seu olhar, que entendo dela ser a esperança de Niklaus. Hope é serena, por mais estridentes que sejam seus choros. Acho que ela não é só a esperança de Niklaus, e sim de todo o mundo.

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