Quarenta e Quatro

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    Melancolia já fazia parte dos meus dias. Eu os ensinei bem demais a fazerem terror psicológico, eu não durmo a dias pois penso que em um deslize meu alguém que eu amo morre. Estou me tornando paranoica, estou conhecendo de perto o caos que apenas a minha mente pode me tornar. Por fora, eu faço de tudo para fingir que estou bem. Mas eles me conhecem o suficiente para saberem que não.

    Eles tiraram toda e quaisquer felicidade que eu estava sentindo. Apenas me mantenho forte por os que eu acredito serem minha mais nova família. Eles não merecem a morte. Eles não merecem pagar pelos meus erros do passado.

    Harryck, Dick e eu vinhamos passando muito tempo juntos. Eles eram uma ótima desculpa para eu sair do quartel, e não dar muita satisfação, quando que na verdade todo dia reforçávamos um feitiço onde que quase ninguém podia entrar no Quartel, e apenas uma frase iria ativar que ninguém pudesse sair também.

- Você sabe que isso que ela está criando é para que não salvemos ela, não é Harryck? - Dick me conhece bem o suficiente, e assim que eu e Harryck o apresentamos o feitiço final demonstra total discordância com o plano.

   Harryck sorri de canto por alguns milésimos para Dick, e eu sabia o que aquilo significava. Ele criou algum método de quebrar o feitiço. Finjo não ter percebido seu pequeno sorriso que significava ironia direcionado a Dick.

- Agora só precisamos selar, e pronto, o feitiço estará completo e começa a ser ativado no exato momento em que selarmos em sangue. - Harryck me mostra os escritos, e sei que preciso mudar algo que eu não vejo ali.

- Eu posso selar sozinha? - os dois me olham - Eu preciso de um momento a só, e nada melhor do que selando um feitiço - ironizo. Harryck da de ombros, ele confia em mim. Sinto muito em não usar sua confiança da maneira correta, mas é para sua proteção.

- Vou buscar os dois Mikaelsons que faltam e leva-los ao Quartel. - Dick se pronuncia. Saindo da minha segunda casa em Nova Orleans, velha casa de Hunter, da qual sumiu desde que ignorei suas desculpas.

- Vou fazer um café, como nos velhos tempos - Harryck passa dando um beijo em minha testa e me entregando os escritos.

  Arrumo as velas, e sussurro o feitiço em que mostra realmente todos os escritos. Logo aparece uma brecha no feitiço, onde Harryck conhecendo bem magia como conhece poderia quebrar o feitiço real rapidamente. Penso naquilo, e decido deixar a brecha, mas com algumas alterações, não pode ser tão facil assim.

  Pego minha adaga faço um corte em minha mão despejando o sangue em cima dos escritos, recitando o feitiço certo com a minha brecha e não a de Harryck. Logo o fogo da velas aumentam fazendo a cera da parafina se derreter mais rápido criando meus celos do qual firmavam o feitiço. Quatro velas. Quatro celos. Quatro elementos. O fogo some levando os escritos juntos para o infinito. Mais um feitiço selado, mais segurança para a minha família.

{...}

   Harryck termina seu demorado café quase que ao mesmo tempo que Dick teve de levar Kol e Davina para o quartel. Ele disse ter explicado, e que eu não precisava me preocupar pois todos entenderam e concordaram com a parte que autorizei Dick a contar. 

   Dick ajuda Harryck a servir os cafés e no mesmo tempo da ultima xícara ser preenchida pelo liquido preto, uma chuva forte começa em questão de segundos. E eu sinto, sinto que algo está muito próximo. Eu sei exatamente o o quê é.

   O barulho da chuva parece cada vez mais alto, e sei que ali eu preciso me despedir. Que ali seria um melhor momento do que quando eles realmente viessem e causassem o caos. Era um aviso da natureza que o próximo a chorar não será novamente o céu.

- Eu espero que vocês saibam que eu amo vocês, - tomo uma golada de café, os dois me olham desconfiados - para todo o sempre.

- Que cliché - Dick ri, e logo depois sussurra um "eu também".

- Que suspeito - Harryck me encara.

- Não posso dizer o que sinto para os meus melhores amigos? - acabo rindo da situação. Era algo tragico uma despedida, mas com eles me parecia uma situação comica.

- Não, não tem permissão para me pegar de surpresa assim. Até porque há alguns meses era você quem eu odiava enquanto estava no inferno. - rio de novo.

- Só diz que ama ela de volta, Harryck - Dick ordena.

- Eu te amo, projeção de capeta em carne. - eu e Dick começamos a rir - Era meu apelido carinhoso pra você quando eu estava morto.

- Tão carinhoso - sussurro rindo.

   Eu os amava, e Elijah concordaria comigo se ouvisse eu dizer que é nobre morrer por alguém que ama.

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⏰ Last updated: May 12, 2018 ⏰

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