Always and Forever.

Três.

      Acabei dormindo no sofá da sala da casa dos originais, não achei nada por ontem a noite. Faltou procurar em apenas um lugar, então deve estar lá.
    Eu fui acordada por Tyler e Caroline. Pelo visto Niklaus seguiu meu concelho.
- O que faz aqui? - Caroline pergunta. Eu coço meus olhos para me despertar. Tenho um prazer imenso em dormir. Então prezo por acordar bem.
- Eu procurei a espada nos dois andares. Menos no porão. Deve estar lá. - digo os olhando. Tyler desce em direção ao porão. E Caroline se senta ao meu lado.
- Como sabia que ele ia me dar o seu sangue? - ela pergunta me olhando.
- Na realidade não sabia. Mas o que sei é que Niklaus é apaixonado por você. - respondo a olhando, ela desvia o olhar - E agora percebi que sente algo por ele também. - completo. E ela volta a olhar pra mim.
- Não, imagina... Nunca! - ela tenta retrucar, quando percebe que eu não acreditei em suas palavras suspira - Ele fez muitas coisas ruins. Ele é mal. Mas... Ele chega a ser estupidamente incrivel comigo. Eu já me peguei tentando esquecer o que ele já fez de mal. - ela enfim confessa.
- Bom, eu ainda não o conheci o suficiente para decidir algo. Só sei que Niklaus tem uma humanidade dentro dele, e apenas com você é esse lado que se sobressai. - falei a olhando.
- ACHEI. - Tyler grita. E escuto os passos dele em direção. E ela se apressa a falar.
- Amo Tyler, e isso é o importante no momento. Mas obrigada... - ela diz e me abraça.
- Eu apareço por lá, mais tarde! - Digo. Ela olha pra mim e assente indo de encontro a Tyler. Aceno para os dois e eles saem da casa.
     Começo a observar mais a casa. E vou em um cómodo que eu achei um tanto interessante para um vilão. Uma sala, onde fica desenhos. Desenhos incriveis. Alguns quadros não acabados. E uma mesa onde á varios desenhos espalhados. Flores, casas, algumas pinturas abstratas, um desenho não acabado de Caroline, cavalos, animais.... Enfim varios desenhos. Encontro um papel ali. E acho um pote cheio de lápis.
     Quando eu ainda era humana amava desenhar. Minha casa ainda está lá. Não voltei mais lá depois de ter virado vampira. Uma casa ao meio de um longo campo vazio. Amava aquele lugar, me trazia paz. Ali onde meu pai me ensinou coisas sobre magia, feitiços... Como ser uma bruxa. Mas ele morreu, felizmente de causas humanas. Um acidente de carro. Família Gilbert não teve um bom histórico com carros.
       Comecei a rabiscar a vista do campo que eu me lembro que tinha da janela do meu quarto. Ficou bom, bom até demais. Não lembro de ter desenhado depois de me transformar.
      Meu celular começa a tocar. O deixei na sala. Largo o desenho ali, e vou em direção a sala. Acho meu celular em meio as almofadas.
- Quem fala? - pergunto ao atender.
- Elijah. - a voz dele soa atravez do aparelho - Venho lhe dizer que Silas foi libertado. Tome cuidado Bella. - ele completa.
- Sempre tomo Eli. - (lê-se "Elay").
- Tudo bem então. Como está o processo de conhecer meu irmão? - ele pergunta.
- No momento ele está preso em um feitiço da bruxa Bennet. - digo.
- Por que? - ele pergunta. Droga, terei que falar de Kol.
- Kol morreu Eli. - disse. E ele ficou em silêncio - Queria estar ao seu lado agora. - completo. Odeio "ver" pessoas que amo sofrerem.
- Imagino quem o matou. O mais novo caçador. - ele diz. Jeremy? Bom, faz sentido.
- Não o machuque Eli. - digo.
- Não se preocupe minha pequena Bella. Não machucarei um ente querido seu. - ele completa.
- Por que sinto que está mentindo? - pergunto.
- Confia em mim?
- Sempre confiei. - respondo.
- Então está certo. Logo volto pra Mistyc Falls. - ele avisa - E você me deve um abraço. - completa Eli, e eu rio.
- Claro meu grande nobre. - digo sorrindo.
- Tudo bem então. - ele diz e desliga. Olho a janela e já anoiteceu.
    EU FIQUEI QUANTAS HORAS DESENHANDO?
    Coloco meu celular no bolso e vou em direção a casa Gilbert. Quando chego lá. Tyler indo embora, e Caroline chorando. Vou até Caroline, nessa hora Tyler já estava longe. Imagino o que seja.
- Niklaus decidiu se vingar. E Tyler vai fugir? - pergunto quase afirmando. E eu a abraço - Não se preocupe. - digo. E ela engole o choro. Me soltei dela e quando iria entrar a porta se abre me dando vista a Niklaus. Algo aconteceu com a bruxa Bennet.
- Saia da minha frente. - ele diz me encarando. Eu dei espaço pra ele passar. E ele viu Caroline chorando. E foi até ela.
- Como você saiu? - ela limpa as lagrimas e pergunta pra Niklaus.
- Aconteceu algo com Bonnie e o feitiço se desfez. - ele diz. Caroline tentava limpar as lagrimas mas elas continuavam a sair - Quero que saiba que fiz tudo isso por você. Apenas por você Caroline. A compaixão, a bondade, a minha gentileza. Tudo por você. - ele diz. E ela o encara. Ele da as costas me olha e depois desce as escadas para sacada. Eu o sigo onde quer que esteja indo. Quando já estamos bem longe de Caroline eu o paro. Eu não deveria fazer isso, não deveria me envolver em seus problemas. Porém, eu sempre acabo fazendo isso.
- Você não vai conquistar ela assim Niklaus! - digo suspirando, cada vez mais me arrependo de me meter demais. Ele me encara e eu olho em seus olhos. Niklaus não é toda essa maldade que aparenta ser.
- Seria uma pena se eu não tivesse te perguntado. - ele diz e sorri cínico, desvia de mim e continua a andar. Eu volto a segui-lo e paro novamente em sua frente. Eu sou insistente, me desculpe.
- Sua humanidade está ai! Por que toda as vezes que você chega perto de encontrá-la parece que você desiste. E volta ao ser o mesmo vilão irritante de sempre? - pergunto o olhando. Ele desvia o olhar de mim eu coloco uma de minhas mãos em seu rosto e ele me encara - Eu acho que te entendo mais do que ninguém. Tem medo, medo de se relacionar. E não estar solitário como foi os últimos anos. - completo. Ele range os dentes e tira minhas mãos do seu rosto.
- Você não entende. Você não sabe de nada. Está apenas tentando achar motivos para não me matar. E isso á torna sensivelmente burra...- ele diz me olhando nos olhos. Aqueles mesmos olhos que vejo muita dor, aqueles mesmos olhos que eu tenho. Niklaus tenta de tornar o vilão porque acha mais fácil do que fazer as pessoas o amarem. Eu também acho.
- E se eu tiver? Isso mostra compaixão, a mesma que você teve ao salvar Caroline. Ao tentar proteger todos os seus irmãos. A vingá-lo toda vez que alguém o machucar. Você não totalmente mal, como quer que os outros pensem. - falo o encarando. Ele não diz mais nada bate ombro comigo e sai andando. Eu me viro e vejo a figura dele desaparecer ao final da rua.
      Agora sei, Niklaus não está mais na minha mira para matar. E sim como querer conhecê-lo. É o que acontece, o pior que sei o que vem depois. Mas ele é intrigante e preciso conhecer o verdadeiro Niklaus que está por trás daquela figura que ele criou para que pensarem que ele não tivesse salvação. Mas todos têm salvação.