Quatorze.

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       Hayley já havia saido do meu quarto. Eu havia ficado ali pensando, por muito tempo. E tive uma ideia; Não sinto meu poder, mas pelo que percebi, posso sentir o dos outros e sei que Esther está indo atrás de Rebeka.
E nisso tomei a decisão de contribuir com o que posso. Desci as escadas e dei de encontro com Elijah.
- Está bem? - ele pergunta.
- Cadê os outros? - pergunto indo até ele. Ele me olhava de forma estranha, provavelmente meu feitiço não funcionou. Por sua vez, minha magia não está funcionando nem em magias pequenas.
- Niklaus teve que sair. E Hayley o mesmo. - ele responde e eu assinto - Como pode largar mão de todos os seus poderes por nós?- ele pergunta e coloca a mão no meu rosto.
- Amo vocês. - disse e o soltei dando as costas.
- Aonde vai? - ele perguntou. Me virei para olhá-lo e respondi.
- Arrumar minhas coisas.
- Vai vir pra cá? - ele pergunta se apoiando em uma mesa ao lado. Eu sorrio de canto, abaixo a cabeça e volto á andar. Quero evitar discussões bobas.
Vou até o apartamento que havia alugado, tomo um banho e arrumo as coisas necessárias colocando tudo em um carro. Acho que vou "embora" pela manhã. Estaciono o meu carro uma rua atrás do quartel. E voltei para a casa dos Mikaelson. Eles conversavam sobre Esther. Percebi que Niklaus não sabia do que fiz. Percebi pois ele me olhava normalmente mas ainda confuso com o que havia acontecido hoje.
Não me meti muito, só observava eles conversando. Troca de olhares de Hayley e Elijah, Niklaus percebia mas não comentava nada. Ele as vezes me observava, o que era estranho. Pelo visto eu voltei á ser humana, então preciso dormir. Mas antes, falo realmente o que estou esperando para falar.
- Vou encontrar Rebeka e ajudá-la com Hope.- solto no ar todos eles me encara. Niklaus ri irónico.
- Não mesmo, precisamos de uma bruxa ao nosso lado. - Niklaus diz me olhando. Eu abaixo a cabeça e coço a nuca. Se ele soubesse de sua inconveniência ao dizer isso.
- Bem, acho que eu não vou ser muito útil aqui. Mas posso ajudar Rebekah. - concluo.
- Alguém daqui pode te seguir. - Niklaus interfere, me fazendo encara-lo.
- Sei que alguém seguirá Rebekah, no entanto espero que possa ajudá-la. - disse. Eles não ousaram sequer discutir mais e então eu subi as escadas. Elijah não discutia comigo, sabia que quando queria algo nada podia me impedir. Eu fiquei na varanda do quarto, em que eu havia ficado esses dias, observando Nova Orleans. Essa cidade tem um ar de nobre, mas não passa de uma farsa mal contada.
- Você não irá atrás de Hope. - Niklaus vinha até mim em passos duros. Eu me virei para ele enquanto suspirava. Mas logo percebi, ele estava perto, até demais.
       Como ele começou a me encarar, e eu a encarar ele. Decidi que eu não estava afim de discutir agora. Então fiz uma pergunta que veio a minha cabeça.
- Matar meu pai duas vezes? - pergunto o encarando. Ele tenta falar algo mas abaixa a cabeça eu seguro seu queixo fazendo ele me olhar nos olhos - Apenas me conte. - pedi.
- Estava chegando na sua cidade. E seu pai voltando de alguma casa ou algo assim. E eu me alimentei exageradamente dele. Desculpe, mas não me arrependo. - ele diz me olhando nos olhos. Eu rio irónica mas penso; uma casa?
- Que casa? Meu pai ia na cidade apenas para comprar mantimentos. - pergunto.
- Não me lembro direito. Ele não foi uma vítima que me impressionou com sua teimosia. - ele responde. Eu assinto e me afasto um pouco dele. Eu não sei como, mas me mantia forte. Dei as costas á Niklaus e fui em outro canto da varanda.
- Parece que não se importa muito com ele. - Niklaus diz e vem ao meu lado me observando - Parece mais que não liga pelo fato de eu ter matado seu pai. Duas vezes. - ele diz...tentando me irritar? - Amava ele? Pois não parece. - ele completa, se estava tentando, conseguiu. O empurrei o prensando na parede e com um braço disposto a enforca-lo.
- Não duvide disso, eu amava ele.- disse o olhando e ele trocou de lados comigo, agora ele ameaçava me enforcar. E eu imediatamente sorri irónica.
- Talvez você seja mais teimosa do que seu pai. - ele diz sorrindo cínico - Deixa eu adivinhar? Cidade pequena mas aventuras com seu grupo de amigos?
- Sempre fui sozinha. Era eu e meu pai, por dezesseis anos. - disse e ele se surpreendeu mas manteu a postura firme - Quando o matou eu estava numa fase de odiar o meu pai. Por que havia descobrido sobre minha mãe, sobre meus primos. E no que eles estavam metidos. Então não, não sofro muito no assunto morte do meu pai, pois apesar de tudo eu me mantenho em frente. Sou sozinha, sempre fui na realidade. Depende de mim fazer meus dias ruins ou não. - disse e ele me soltou. Mas ainda me prensava contra a parede. Começamos á nos encarar, á observarmos um o rosto do outro.
     E confesso que não sei quem começou, muito menos por que estou aqui agora. Mas só sei que beijei Niklaus, e logo depois fui pra cama com ele. E agora estou aqui. Observando ele dormir. Percebo que assim ele parecia mais o Niklaus Mikaelson que muitos não conhecem. E menos o Niklaus Mikaelson o vilão. Ele era incrível. Mas como amo saídas dramáticas; por que não fugir na cama do cara que você é apaixonada no meio na noite?

Always and Forever.Where stories live. Discover now