Treze.

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- Acorde Bella. - Elijah entrou no quarto. E acabo de perceber que consegui descansar ao menos alguns cochilos, minha cabeça não parava, e assim tornou minha noite longa.
Elijah andou até mim com um olhar curioso, Elijah não é uma pessoa fácil de decifrar. E quando você o decifra facilmente, é porque ele quer.
- Está curioso?! - pergunto quase afirmando enquanto o olho. Ele sorri de canto.
- Sabe... Odeio surpresas. - ele ri. Eu sinto uma necessidade de uma despedida, já que mal tenho certeza do que acontecerá. Assim me levanto fico ao seu lado e o abraço.
- Eu te amo como um irmão, obrigada por tudo. - sussurrei em seu ouvido. Queria continuar dizendo "Saiba que vou te proteger mesmo que eu morra." Mas ele ia sacar. Bom já que neguei á missão, há grandes possibilidades de bruxas raivosas me matarem, mas ainda não há nenhuma certeza. Eu o solto e ele me encarava.
- Por que isso? - ele pergunta. Elijah sabe que todos meus "meios" há um "fim". Eu sorri beijei sua bochecha e desci as escadas e ele me acompanhou. Escutei vozes da cozinha e logo andei até lá. Niklaus e Hayley conversavam aparentemente felizes.
- Bom dia. - disse quase sussurrando. E Hayley veio até mim.
- Klaus e Elijah me disseram que você pode... - ela ia pedindo. Eu coloquei a mão em sua testa. Enquanto ia mostrando a mesma visão que mostrei á Niklaus e Elijah. Mas uma hora parou. Eu me afastei dela e olhei minhas mãos. Vinte e quatro horas, meus poderes estão se enfraquecendo. Em algumas horas meu pai estará aqui novamente. Eles me encaravam. Eu mordi os lábios, dei as costas e fui embora. Sai da casa deles, precisava de um pouco de tempo.
Andava pelas ruas enquanto o Jazz tocava ecoando pela cidade. Estava passando por algumas "feirinhas" quando uma "vidente" me chamou, eu andei até ela, afinal, o que tenho a temer? Ela pegou minha mão em um movimento suave, mas rápido, e olhou todas as linhas existentes nela. Ela se assustou um pouco e logo sorriu.
- A amiga da morte. - ela disse. E eu a encarei confusa.
- Amiga? - perguntei e quase ri, mas é meio assustador.
- Talvez. - ela disse e se aproximou olhando em meus olhos - Isso é uma benção e uma maldição. - ela repetia palavras do meu pai. E eu sai correndo dali. Acabando indo parar em uma praça. Onde conversei com Marcel a primeira vez. O que me faz pensar onde ele se encontra?
Segundo minhas visões Marcel estava ligado á Niklaus. Ele era o filho adotivo de Niklaus. O que me deixou confusa, extremamente confusa. Mas as visões todas as vezes que apareciam iam ficando mais claras. Mais exatas. Não sei se isso é bom ou ruim...
(...)
Enquanto meus pensamentos não paravam um segundo eu acabei ficando muito tempo naquela praça. Tempo até demais. Faltava vinte minutos para as vinte e quatro horas serem completas, então fui até a casa de Niklaus. Todos estavam em frente á entrada. E logo direcionaram seus olhares para mim. E tive mais visões de Rebekah com Hope. Imediatamente sorri. Andei até eles e dei as costas encarando á entrada. Eu havia de aguardar a chegada dele, do meu pai.
Sentia o olhar de cada um deles sobre mim. Mas eu não estava afim de explicar. Não há fugitiva nisso. Não há uma brecha, apenas tenho que encara-la de frente. Escutei passos. Elijah e Niklaus se levantaram vindo para o meu lado. Niklaus na minha direita, e Elijah a minha esquerda. Antes de meu pai entrar ali fiz questão de correr até Hayley e a mostrei minha última visão. Achei necessario, mesmo que eu não goste muito dela. Logo ela sorriu. Depois voltei para o meio dos dois e entrelacei minhas mãos a das deles e os mostrei rapidamente. Elijah sorriu de canto e Niklaus me olhava agradecido. Nesse momento sei que não irei me arrepender da minha decisão. Meu pai entrou na sala negando com a cabeça. Me soltei dos dois e o encarei.
- Não foi assim que te criei Bella.- ele diz, me olhando como se fosse um desgosto pra ele. Pensei em suas palavras e rio irónica.
- Trancada em um campo no meio do nada é extremamente melhor certo? - perguntei sarcástica. Senti o olhar de Niklaus sobre mim. Não entendi muito bem o que significava. Mas segui encarando meu pai.
- Era para o seu bem. Mas parece que não adiantou muito. - ele retrucou. Eu suspirei olhei á hora em meu celular. Um minuto.
- Têm absoluta certeza da sua escolha? - ele pergunta sorrindo de canto. Meu pai ama irritar pessoas. Ele sempre agiu como se me amasse plenamente, e logo após me odiasse. Ele é um bipolar confuso de seus atos. Não me surpreende ele se virar contra a própria filha, contra mim.
- Eu tenho. Você sabe que sim. - disse e dei dois passos à frente - Não sou como você. - completo. Meu pai sempre foi extremamente egoísta. Mas apesar de tudo que ele me fez, de tudo o que ele é; eu ainda o amo. Sempre o amei. Por mais ruins que sejam os seus atos, ele sempre cuidou de mim. O amo como qualquer filha amaria o seu pai. Por mais que seu pai seja um idiota.
- Certo Bella. Saiba que você não se tornou o que eu imaginava que seria...- ele começou á falar. Meus olhos insisistiram á deixar lagrimas escaparem. Eu me sentia fraca, odeio ser fraca, mas sou. Principalmente diante das pessoas que amo. Niklaus ser uma delas, me assusta -...Sempre quis algo mais do que uma filha imprestável. Mas você se tornou exatamente isso. - meu poder está se acabando, junto de qualquer força que eu possa ter. Eu caio de joelhos no chão, com lágrimas escorrendo do rosto olhando á figura do meu pai ir desaparecendo, graças aos meus olhos se fechando aos poucos - Tem sorte que as bruxas são generosas, deveria ter feito a missão. Mas como não fez, por mim, você estaria morta. - ele completou. E o resto do poder que eu sentia foi drenado. Meus olhos estavam caindo, os sons estavam sendo distorcidos. Mas algo me fez ter energia novamente. E abri os olhos e vi e ouvi claramente;
- Desculpa ter que te matar novamente. - Niklaus diz ao arrancar o coração do meu pai.
Novamente? Antes de questionar qualquer coisa eu me levantei. Sabia que boa parte, se não todo, do meu poder havia sido arrancado de mim. Olho sangue escorrendo na mão de Niklaus e não sinto a mínima vontade. Meu vampirismo também havia sido retirado?
- O que ele fez com você? - Elijah veio a minha frente e segurou meu rosto para me manter focada nele. Não estou afim de drama. Então nego com a cabeça, como se nada houvesse acontecido.
- Nada. - respondo e então desvio de Elijah e ando até em frente a Niklaus.
- Desculpe. - ele diz. Tento encontrar palavras, mas acho que palavras são inúteis no momento. Dou as costas e subo ao quarto que fiquei ultimamente. Me deito na cama e encaro o teto. Mas logo alguém entra no quarto olho para o tal, e vejo que é Hayley.
- Oi. - ela cumprimenta. E se senta em um canto da cama.
- Você está bem? - ela pergunta.
- Não. - respondo meio sem jeito. Não tenho intimidade com ela, mas também não quero mentir.
- Ele era seu pai? Niklaus tem um forte temperamento. - ela pergunta novamente.
- Sim, e eu sei. - respondo.
- O que aconteceu com você? - ela era mais esperta do que eu imaginava. Eu uso um feitiço simples sinalizando as mãos para manter essa conversa só dentro do quarto, não sei se funcinou. Como também não sei se terei coragem para sequer contar á eles.
- Quero que você não fale nada á eles até eu ir embora. - digo e ela assente - Eu perdi a maioria dos meus poderes e o vampirismo também. Isso por que me recusei á uma missão. As bruxas estão bravas comigo, então acho que elas não vão me deixar usarem fortes magias por muito tempo. Sequer elas deixarem eu usar magia. Sinto que tenho o minimo da magia que eu tinha. - falo e ela me encara confusa.
- Missão? - ela pergunta. Pelo menos ela é esperta.
- Matar os três Mikaelsons. - respondo.

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