Capítulo 13

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Bernardo

Acordei com uma sensação de leveza, nada como uma noite bem dormida e um sexo quente pra tirar todo o estresse acumulado e nos fazer sentir bem. Dessa vez, mesmo sem abrir os olhos, eu percebi que ele estava deitado ao meu lado, o peguei me encarando como sempre fazia naqueles tempos e a sensação de dejavú me invadiu.

-Boa tarde. – Ele disse sorridente. Aquilo me fez assustar.

-Tarde? Como assim? Que horas são?

-Acho que quase uma. Você dormiu demais amor, ainda bem que hoje é domingo, mas eu não agüentava mais te esperar.

Ele falava me olhando de uma forma que só ele sabia fazer. Não importava quantos descem em cima de mim, sempre seria ele a me olhar diferente.

-Então, quais são os planos pra hoje? – Perguntei meio inseguro, não sabia se ele poderia ficar.

-Hãn, deixa eu ver... Lembra quando a gente passava a tarde inteira juntinhos de bobeira e não se desgrudava pra nada? A gente pode fazer isso depois de fazermos o nosso almoço.

Ele falou pulando em cima de mim ainda sem roupa e me dando beijos por todo o rosto. Sua bunda se encaixava perfeitamente no meu pau, me fazendo ficar totalmente alerta. Fiquei feliz por esses serem os planos dele, porque também eram os meus.

-Mas assim a gente nem consegue sair da cama... Jogo baixo esse, não tem pessoa nesse mundo que não ficaria excitado com isso. – Falei apertando sua bunda.

-Um hétero ficaria. – Ele disse pra provocar.

-E um hétero não estaria se esfregando sem roupa em mim. – Devolvi no mesmo tom.

-É mesmo, né?

Colocamos uma roupa bem básica e fomos nos atrever na cozinha. Como qualquer casa de solteiro, eu não tinha quase nada ali que fosse comestível. Ele ficou bravo comigo por isso e eu ouvia calado só o observando ir de um lado pro outro na minha cozinha.

Victor tinha mudado muito desde que nos conhecemos e durante nosso namoro, olhei pra ele e eram nítidas as mudanças. Estava mais forte, tinha ganhado músculos notáveis e a cara angelical de menino tinha ido embora. Tinha deixado sua barba crescer, a usava bem grande, quase uns dois dedos e eu já nem me lembrava mais como era seu rosto sem ela. Seus cabelos castanhos continuavam encaracolados e rebeldes como sempre. Tinha diante de mim a figura de um belo homem.

Agarrei ele por trás e ficamos ali preparando aquilo que deveria ser o almoço. Fizemos o que nos era possível, ou seja, macarrão, e logo já estávamos comendo famintos. Não vou mentir que aquela situação não era estranha e que não me incomodava bastante, pois era sim e me incomodava muito. Mas eu já tinha posto na minha cabeça que iria tentar e ver até onde ia dar. Como que adivinhando o que eu estava pensando, ele iniciou esse assunto.

-Sobre ontem... a gente acabou se deixando levar, né, mas não precisa ser assim. Na verdade, eu não quero que seja assim e que você de alguma forma se sinta mal. Eu não te quero só pra uma foda, Bernardo. E pode ficar tranqüilo que eu não vou mais me envolver de outra maneira com a...

-Deixa esse assunto pra lá. – O cortei antes que ele entrasse naquele assunto que eu não estava afim. – Eu só ainda acho que não é certo, tudo bem, eu sei de tudo e tô aceitando, mas e ela?

-Eu vou pedir um tempo, tá!? Assim as coisas já ficam mais encaminhadas.

Ele disse, embora eu ainda achasse que era melhor terminar de uma vez. Passamos o domingo todo juntos, deitados no sofá e conversando amenidades. Sentia saudades disso e acho que ele também, pois a todo momento me fazia perguntas sobre como estava minha vida enquanto, deitado praticamente em cima de mim, me acariciava.

Quando o Amor Prevalece - LIVRO 2Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt