Bônus - [Especial Bector 10 anos] - PARTE 2

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Genteeeee, fiquei surpresa – e feliz – que a história ainda esteja na biblioteca de muitos, vcs são foforis demais. Então bora pra mais um!? O penúltimo, eu juro hahaha.

(Continuamos com aquele mesmo lance do itálico ser lembranças, tá?)

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Victor

-Feliz aniversário de 10 anos!

Fui acordado no dia seguinte de um jeito que definitivamente estava entre os meus favoritos, Bernardo me abraçando por trás, fazendo um carinho na minha cabeça e dando beijos no meu pescoço.

-10 anos, isso é muito tempo, Jesus.

Sussurrei me espreguiçando e me virando pra ele. Passei a perna pelo seu quadril e imediatamente ela foi agarrada com força e segurada ali, dei um beijo em seu pescoço, por causa do hálito e ficamos nos encarando embaixo do edredom.

-Verdade, nem sei como eu te aguento ainda.

-Nem eu, imagina. Te conheci com 22, agora você já tem mais de 30... daqui a pouco o pau não sobe mais. – Brinquei sorrindo e me perdendo quando sua mão desceu.

-Eu compro um vibrador pra enfiar nesse seu cu frouxo.

Ele me respondeu revoltado e parando pra me encarar sério, o que só durou um segundo, pois nós dois começamos a rir sem parar disso. Até que não seria má idéia...

Levantamos, após uma sessão de amassos debaixo do edredom, e vestimos algo leve depois do banho pra preparar o café da manhã.

-Deixa os meninos dormirem até mais tarde, hoje é sábado, eles merecem. Minha mãe me acordava cedo nos fins de semana e eu tenho trauma disso até hoje.

Ele disse quando me viu indo em direção ao quarto deles, fazendo uma cara de pavor logo em seguida talvez pela lembrança. Concordei, achando melhor mesmo, deus me livre ter que ouvir dos meus filhos anos depois que causei trauma neles, igual o Bernardo estava falando.

Como os jantares costumavam ser dele, geralmente o cafés da manhã eram meus, não que eu fosse muito bom, mas tudo em casa era bem dividido. Enquanto eu fazia isso, ouvia o Bernardo conversar baixinho com uma mistura de sonolência e moleza no telefone ao meu lado.

-Era minha mãe, ela ligou mais cedo, mas a gente ainda estava dormindo e eu retornei. Ela vem aqui mais tarde e queria saber se estaríamos em casa. Alias, ela tá brava contigo. – Ele me disse depois que desligou.

-Comigo, ué, por que? ­– Interroguei estranhando.

-Porque os meninos vão dormir na casa da sua irmã e não na casa dela hoje.

-Continuo não entendendo...

-É que eu falei que a culpa disso tudo era sua.

-Bernardo!

-Ela ia ficar no meu pé, tive que inventar algo. – Ele deu de ombros e revirou os olhos como se não fosse nada demais. ­– Mas relaxa, é só drama de avó abandonada, ela já gosta mais de você do que de mim.

Ele me disse despreocupado, indo buscar uma xícara e se servindo com o café recém feito. Eu juro que queria ser tão desapegado, despreocupado e livre como ele era em todas as situações, nunca vi igual, mas eu não conseguia e já estava criando mil situações pra me tirarem daquela invenção que ele arrumou. Mas eu também sabia que minha sogra não iria se deixar levar pelas histórias tão facilmente assim, nesses últimos anos, nosso convívio e relação só melhoravam e eu já a tinha como uma mãe. Grande parte disso por ela ter me acolhido no momento em que nem eu sabia que precisava.

Quando o Amor Prevalece - LIVRO 2Where stories live. Discover now