Quando o Amor Prevalece - LIVRO 2

Capítulo 30

Victor

-Lari, ele tá atrasado. Será que aconteceu algo? Já mandei uma mensagem, mas ele não respondeu.

-Victor, pela décima vez, ele não está atrasado. Nós é que chegamos cedo demais. Você me apressou tanto que nem pude me arrumar direito.

Olhei pra ela e achei aquele comentário exagerado. Ela tinha ficado horas no salão fazendo cabelo, maquiagem e unha, quando chegou no apartamento, ficou mais horas fazendo sei lá o que. Deu muito resultado, ela estava linda! Aquele longo vestido azul com pedrarias lhe caia muito bem, minha irmã era um mulherão.

-Será que ele vem? – Perguntei.

-Que pergunta mais idiota é essa? Lógico que ele vem. Porque não viria?

-Pela manhã ele me mandou uma mensagem falando que tinha sonhado que estava fugindo. Uma vez ele me contou que no primeiro dia que nos conhecemos, ele sonhou que já estávamos juntos, e isso aconteceu de verdade. E se os sonhos dele são tipo um aviso?

-Pelo amor da Gaga...Não viaja Victor! O Bernardo quer se casar tanto quanto você. Daqui a pouco ele aparece. – Ela me tranquilizou.

Sai da saleta que o salão possuía e decidi ir um pouco lá pra fora tomar ar. Atravessei o salão, não sem antes parar pra dar uma olhada e ficar admirado novamente. A equipe que minha irmã contratou tinha feito um belo trabalho. Um corredor com tapete vermelho separava duas colunas de cadeiras estrategicamente colocadas, e também enfeitadas com grandes laços vermelhos, para que os convidados pudessem ter uma boa visão do casamento. Também foram colocados pedestais com rosas brancas por toda a parte do salão e especialmente onde os noivos ficariam. A decoração, basicamente, se resumia a essas duas cores, vermelho e branco, tudo muito fino, mas nada exagerado como pensei que seria.

Estava muito satisfeito com tudo, exceto que meu futuro marido ainda não tinha aparecido. Levei minhas mãos ao bolso pra checar se as alianças ainda estavam lá e não ser pego desprevenido na hora, nunca se sabe, né?

-Licença, é aqui que vai rolar um casamento?

Sem querer ser clichê, mas provavelmente já sendo, eu tive a visão mais linda do mundo. Ele estava ali parado com um sorriso torto na boca, vestido com seu terno perfeitamente cortado e que caia muito bem em seu corpo, era a visão que eu morreria pra ver todos os dias. Seus cabelos castanhos levemente arrepiados, seus olhos grandes e seu corpo definido, eram a mistura que fazia minhas pernas tremerem. Dois sentimentos se apossaram de mim ao vê-lo ali: inveja por ele conseguir ficar tão mais bonito vestindo uma roupa idêntica a minha e prazer por tudo aquilo ser só meu.

-É. Parece que daqui a pouco vai rolar um casamento aqui sim. – Respondi me controlando.

-E você sabe se estão precisando de noivo? Posso me candidatar?

Ele falou me puxando pela cintura e ficando o mais próximo de mim possível.

-Eu ia adorar.

Eu já estava prestes a beijá-lo quando ele impediu com uma carinha inocente de fingimento:

-Beijo só depois só casamento, sou um rapaz direito.

-Tem uma sala onde a gente pode dar uma rapidinha antes do casamento, vai continuar sendo um cara direito?

Falei só pra atiçar, não iria desmanchar aquela montagem toda. Ele estava perfeito.

-Pensando bem... – Ele veio pra me beijar e isso eu não poderia e, muito menos queria, negar.

-Vem, a gente não pode ficar aqui. Daqui a pouco os convidados chegam.

O puxei de volta pra sala onde estive a poucos minutos com a minha irmã.