Quando o Amor Prevalece - LIVRO 2

Capítulo 28

Bernardo

Eu não conseguia falar. Ele era maluco de ter feito tudo aquilo. Calmamente, percebendo meu estado de choque, ele se levantou e veio até mim. Nunca pensei que ele pudesse fazer algo desse tipo, ele sempre foi tão desinteressado pra essas coisas. Era sempre eu que fazia surpresa, e agora ele me surpreende com um pedido de casamento! Inacreditável.

-Ainda estou esperando uma resposta.

Ele disse impaciente.

-Qual foi mesmo a pergunta? – Só queria ouvi-lo de novo.

-Eu sei que por muito tempo eu fui um idiota, e que se você não fosse essa pessoa tão maravilhosa, nós nem estaríamos....

-Ei, não tinha esse discurso no primeiro pedido. Corta essa parte... Foca no pedido.

-Tá. Desculpa. Você aceita se casar comigo?

-Aceito!

-Sério? Nossa! Eu já sabia que você iria aceitar, mas te ouvir agora se tornou tudo mais real. É incrível essa sensação.

Sua animação era contagiante e eu me segurava pra não deixar algo em meus olhos escapar.

-Eu quero que a gente possa esquecer tudo que ruim que já vivemos, falamos ou fizemos. Eu quero que esse casamento seja o recomeço... a nova fase de nossas vidas, pode ser?

Falei e ele apenas concordou me puxando pela cintura e me beijando. Seu beijo era doce e meu desejo chegava a amargar. Colocamos nossas alianças, agora douradas, em nossas mãos e ficamos nos admirando com elas. Eu ainda não acreditava naquilo tudo que ele tinha feito, mas as coisas espalhadas pela sala não deixavam duvidas de que aquilo era real, eu tinha o melhor namorado do mundo. Ou melhor, agora noivo.

Fomos pro sofá beber do vinho que ele tinha comprado e conversar um pouco sobre essa loucura. Íamos nos casar! O que me fez lembrar que ele tinha me escondido esse fato e até negado que queria, eu deveria tê-lo feito sofrer um pouco mais antes de dar uma resposta.

Deitado no sofá, fiquei sabendo de como ele tinha preparado tudo aquilo, e me fiz um lembrete: o Lucas me pagaria por ter escondido tudo. Não sei como pude ser tão burro a ponto de não desconfiar que o que eles estavam escondendo era isso. Ficamos ali, fazendo juras de amor, até as velas começarem a se apagar e o nosso vinho acabar. No final estávamos ainda mais alegres e leves pelo álcool.

-Então... Quando você quer que seja... sabe, o casamento? – Ele me perguntou deixando sua taça e se espremendo pra deitar do meu lado no sofá.

-Alguns casais ficam até um ano noivo, só depois pensam em casamento.

- Você quer esperar tudo isso?

-Não. – Respondi firme.

-O que você acha de duas semanas? Tempo suficiente pra conseguirmos arrumar tudo que precisamos. Eu já pesquisei!

-Pra mim parece ótimo.

Duas semanas. Meu deus! Eu iria ser um homem casado dentro de quinze dias. Aconteceu tudo muito rápido, mas não conseguia ver como uma coisa ruim, como era ele, nesse caso, quanto mais rápido melhor.

-Vem, vamos pro quarto.

Ele disse quando eu já começava a passar minha mão pelo seu corpo e beijar seu pescoço. Ele puxou minha mão pelo corredor que ia em direção ao quarto e me fez antes parar encostado na parede pra me beijar ardente. Deitei-me, ainda de roupa, na cama e pedi para que ele se despisse lentamente pra mim. Aquele terno estava o deixando tão gostoso que me causava sensação e um formigamento no corpo.