Capítulo 3

16.2K 1.1K 21
                                    

Ao primeiro toque, a excitação incendiou o san­gue dela. Sam se afastou, deixando-a com um fogo ardendo nos lábios. Depois a puxou contra seu cor­po firme e a beijou com vigor. Os seios dela se intumesceram e os lábios se abriram.

Com habilidade sensual, ele primeiro beijou o lábio superior, depois o inferior, provocando-a até deixá-la com as pernas bambas. Depois ele beijou ambos os lábios com firmeza e começou a dominá-la com a língua, fazendo com que seus ossos pare­cessem maleáveis.

Jamais vivera algo assim, delicado e ao mesmo tempo loucamente excitante. Ele sabia beijar uma mulher da forma que ela sonhava ser beijada.

Ela gemeu e apertou as curvas contra o corpo musculoso. Esqueceu o vestido, e enfiou os dedos nos cabelos dele, certa da resposta do corpo grande e vibrante.

Ele aumentou a intensidade do beijo. De certa forma, a máscara a liberava dos pudores. Em vez de cooperar educadamente, ela o acompanhou em cada carícia sem inibição.

Ela mal percebera que a frágil costura do corpete cedera, eliminando uma das barreiras entre o corpo forte dele e a pele sensível dela.

Jamais sentira tamanho desejo. Excitada ao extremo, ela sentiu uma das mãos dele sobre seu seio, enquanto a outra deslizou até o elástico da máscara.

Imediatamente seu instinto de sobrevivência des­pertou. Num reflexo veloz, as mãos dela seguraram a máscara e ela se afastou dele.

— Não — ela ofegou. — Não tire. Ele devorou os seios nus.

— Por quê? Você é casada?

— Não. Só não quero que veja meu rosto.

— Por quê? Preciso saber quem você é. Não me entenda mal. É muito erótico fazer amor com uma mulher misteriosa. Posso até gostar. Mas se ficar comigo esta noite...

Ela sentiu o quanto ele a queria, e seu instinto de manter o rosto coberto foi fortalecido. Ela disse com voz baixa e firme:

— Só ficarei se for com a máscara.

— Não está falando sério.

— Estou.

Ele pareceu refletir, como se percebesse a real possibilidade de sua fantasia escapar.

— Tente entender meu ponto de vista. — A voz dele era quase um ronronar. Ele a encostou contra a parede, roçando as coxas musculosas nas dela, fa­zendo com que se derretesse por uma força sexual devastadora. — Não quero ter a impressão de que estou me aproveitando de você. — Com um dedo longo e bronzeado, ele a acariciou do pescoço até o vão entre os seios, atiçando o desejo dela, que ardia para que ele seguisse em frente. — Fazer amor não devia ser algo impessoal. Se eu não puder olhar nos seus olhos, faltará sentimento. Não entende?

Ele era tão sexy, tão honrado, que ela fraquejou. Mas assim que ele começou a provocar sua orelha com a boca, uma voz interior lembrou-a de que a última vez que acreditara que um homem era hon­rado, acabara por dedicar a ele dois anos de sua vida e ele a abandonara sem qualquer justificativa.

Os lábios dele seguiram uma trilha ardente pelo pescoço e ela tremeu de prazer.

— Eu entendo, e quero ficar — ela ofegou quan­do conseguiu falar —, mas só se concordar em não tirar minha máscara. E não pergunte meu nome.

— Mas como encontrarei você de novo se não souber seu nome?

Mesmo tomada pelo estado de excitação, ela re­conheceu a artimanha.

Sonhos de Uma NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora