Capítulo 12

12.7K 955 61
                                    

Sam perscrutou os rostos delas com tanta surpre­sa que Ellie teve dificuldade para não rir.

Como se estivesse totalmente indiferente ao efei­to que estava causando na tranqüilidade do filho, Irene continuou:

— Ellie, você não precisará permanecer ao meu lado o tempo todo. Devo ficar de papo com paren­tes por um bom tempo.

Sam lançou um olhar inquisitório para a mãe, mas ela continuou.

— Você deve conhecer alguém da sua idade com quem possa se divertir, não é, Sam? Há muito para se fazer lá.

Ellie deu uma risada incerta.

— Ficarei bem. Encontrarei algo para fazer quan­do você não estiver por perto.

Ela sentiu o olhar de Sam a perfurar. Os olhos dele estavam apertados, e o riso que deu foi mordaz.

— O que vai fazer, Eleanor? Pensa em levar um bom livro?

— Talvez. — Ela olhou tranqüilamente para ele, se recusando a deixá-lo debochar dela na frente da mãe. — Talvez não.

Irene olhou para os dois e disse com entusiasmo:

— Bem, não precisa se preocupar com o que Ellie vai fazer, pois você não estará lá. — Ela se virou para Ellie. — Michael, o noivo, é um ótimo velejador, como Sam, e acredito que alguns dos amigos dele do clube de vela estarão lá. O Palazzo Versace tem uma bela marina, então talvez você te­nha a oportunidade de velejar um pouco.

Sam franziu a testa.

— Velejar seria ruim para Eleanor. Ela não pode ficar queimada de sol.

— Besteira, Sam. Ela não precisa usar um mi­núsculo biquíni como algumas mulheres fazem, se quiser pode usar bloqueador solar. Tenho certeza de que ficará linda de biquíni.

Ellie sentiu o sangue subir às bochechas.

— Ainda há dúvidas quanto à eficácia dos bloqueadores solares. É melhor que Eleanor fique em lugares abrigados.

— Oh, bem. Se ela preferir, pode ficar no quarto e solicitar uma massagem. Ouvi falar que alguns dos profissionais são verdadeiros artistas com as mãos. Sei que ela achará muito relaxante.

Sem conseguir se controlar, Ellie olhou para Sam. A imagem das mãos bronzeadas dele veio em sua mente. Viu-as massageando seu corpo com conhecimento. Manuseando seus seios até o êxtase erótico. Explorando seus segredos. Viu a boca sexy dele capturando a dela.

— Ela não faria isso. Não iria querer um homem em seu quarto a manuseando com óleos essenciais, não é, Eleanor?

Ellie foi forçada a baixar os olhos. Sentiu uma onda de calor lhe envolver os seios.

— Talvez sim — disse ela, escondendo a con­fusão por trás do sorriso incerto. — Não descarto nenhuma hipótese. — Os olhos dele pareciam di­vertidos, mas havia um desafio sexual na profun­deza deles que provocou uma resposta intensa no corpo dela.

Irene suspirou e pareceu contente. Colocou a xí­cara sobre a mesa e se reclinou nas almofadas.

— É um alívio saber que vai comigo, Ellie. Eu queria que Sam fosse, mas acho que me divertirei mais com você. Ele nunca me deixa fazer o que quero. Poderei ir ao cassino e às boates, comprar até cansar, fazer passeios turísticos...

Sam olhou com vigor para a mãe.

—Acho que não, mãe. Será cansativo o suficien­te ir ao casamento. O trabalho de Eleanor será man­tê-la longe de problemas.

Sonhos de Uma NoiteWhere stories live. Discover now