Capítulo 15

11.8K 982 31
                                    

Sam se perguntou se estava bêbado ou era o clima da noite de verão que o fazia querer pular. Ao andar pelas ruas ao lado de Ellie O'Dea, ele fingiu ajeitar o sapato e ficou atrás dela para absorver o brilho dos cabelos soltos e o balanço sutil do traseiro dela.

A imagem dela à luz da lua na varanda do hotel voltou com força erótica e o sangue dele ferveu. Ela sorriu para ele com um brilho nos olhos que sugeria que havia adivinhado a estratégia dele. A química era mágica, mas ele ainda sentia uma certa modera­ção da parte dela,

Como ela conseguia permanecer tão evasiva? Ele poderia mergulhar naqueles olhos claros até se afogar, mas por que sentia como se ela ainda usas­se uma máscara? Desde o primeiro passo, cada um que dava com ela era como andar sobre uma fina porcelana. Um movimento em falso e ela poderia desaparecer tão facilmente quanto escapara naquele triste amanhecer...

Eles chegaram à entrada do estacionamento e ele usou um cartão magnético para abrir a porta. Apesar da reforma, o cheiro de peixe vindo do porto ainda impregnava as paredes úmidas dos antigos porões. Os poucos carros parados lá já tinham ido embora e só havia o Porsche. Os passos dele ecoavam no porão vazio.

Chegaram ao local onde o carro estava e pararam de frente um para o outro. No silêncio e isolamento repentinos, Sam sentiu vontade de acabar com as formalidades. Já foram amantes um dia. Seriam no­vamente. Por que negar?

Ele examinou o rosto dela e disse com a voz re­pleta de desejo:

— Sabe o quanto a quero? Depois de hesitar, ela disse:

— Não... Sim. Talvez.

— Alguma vez você fala a verdade? — Com frustração debochada, ele enrolou uma mecha de cabelo na mão e sorveu o aroma de mel. As lem­branças despertadas por aquele cheiro o inundaram de luxúria e Sam gemeu. Ele segurou os braços ma­cios com as mãos. — Você sabe. Nós dois sabemos. Fale a verdade. Não esqueceu aquela noite! Você ainda me quer!

A convicção apaixonada dele deixou Ellie tonta. Com a pulsação acelerada, ela confessou trêmula:

— Não, Sam, não esqueci. Quero você.

Ele a puxou para perto. A voz grave e os olhos escuros eram tentadores.

— Sempre seremos honestos um com o outro. Amantes sem mentiras. Concorda?

Amantes. A palavra tinha uma conotação tão emocionante na voz dele que ela se sentiu transpor­tada para um reino mágico onde tudo era possível.

— Você está com frio. — Ele tirou a jaqueta e a colocou sobre os ombros dela.

O momento foi tão parecido com o daquela pri­meira noite que ela foi tomada pela sensação de déjà vu. Ele ficou a observá-la com olhos cada vez mais sedutores, e os músculos da barriga dela se contraíram em excitação.

Ele a puxou contra si e a beijou com uma paixão faminta. Os lábios insistentes dele exigiam resposta similar, e ela se rendeu ao ataque e beijou-o com fervor.

Ele encostou as costas dela no carro. Beijou-a no pescoço e acariciou-lhe os seios em busca dos ma-milos enrijecidos através das roupas.

Em seguida abaixou a cabeça e tomou um e de­pois o outro botão sensível com a boca para sugar e provocar por cima do tecido leve. Isso a levou a um prazer tão intenso e doce que o desejo parecia uma tempestade de fogo com ápice entre suas coxas.

Mas as roupas estavam no caminho. Com mãos febris, ela puxou os botões da camisa dele, deixan­do à mostra um peito forte e bronzeado. Explorou a pele coberta de pêlos escuros com as mãos e a boca. Sentiu os mamilos dele endurecerem sob seus lábios, vibrando com o poder de espalhar satisfação pelo corpo dele.

Ofegante, ela se afastou para apreciar a imagem do belo peitoral brilhando sob a camisa aberta.

Ela queria mais.

Instintivamente, ele subiu a saia e deixou as co­xas dela à mostra.

— Coxas tão sedutoras — ele murmurou com voz grave.

Ellie esperou ofegante pelo próximo ato. Sentia-se em fogo, e cada toque dele era como um fósforo que acenderia a carne ardente. Ele colocou a mão no joelho dela e depois, com uma lentidão torturan­te, subiu com o dedo pela perna até a parte interna da coxa. Acariciou próxima ao centro de calor es­condido pela pequena calcinha.

Ela apertou os ombros dele e prendeu o fôlego, desesperada para que ele fosse em frente. Ao che­gar no elástico, a mão dele parou por um instante. Quando a espera parecia quase excessiva, ele alcan­çou a intimidade dela. Ela o abraçou, sem respirar, hipnotizada pela magia do toque dele.

Ele escorregou os dedos para baixo do tecido, e ela tremeu com deleite. Conduzindo movimentos sensuais e experientes, ele afastou as camadas sen­síveis enquanto ela se recostava no carro, à beira do êxtase, ardendo para que ele encontrasse seu ponto de prazer. Com suavidade ele acariciou o clitóris, introduziu um dedo no canal úmido e pressionou, levando-a com rapidez impressionante a um doce clímax.

Ela se apoiou nele, que a segurou por algum tempo, depois a afastou e deu beijos carinhosos em seu rosto. Depois ele a soltou, e se observaram em silêncio.

O coração dela vibrava. Um desafio reluzia nos olhos excitados dele. Instintivamente, ela entendeu a pergunta. O quanto ela ousaria seguir em frente com ele? Ellie respondeu passando a língua sobre os lá­bios ressecados, depois ofegou de susto quando ele puxou a calcinha com um cínico movimento rápido.

A audácia dele a excitava. O elemento de peri­go levou o desejo dela ao extremo. Estimulada a responder, abriu o cinto dele, e ouvi a respiração profunda ao deslizar a mão para acariciar o volume promissor dentro da calça.

— Rápido — ela ofegou, e tentou ajudá-lo a tirar a calça.

Ele deu uma risada abafada e empurrou as mãos dela para se livrar da calça sozinho. Com ansiedade, ela observou a ereção impressionante, rígida como pedra. Ele a puxou para o colo ao sentar sobre o capo do carro e a colocou cara a cara com ele.

Ela se moveu de modo sensual e se abaixou no colo dele, ofegando de prazer ao sentir a dureza dele dentro de si. Então, segurando-a nos braços e com o peito roçando nos seios dela, ele a balançou, olhan-do- nos olhos enquanto a penetrava. Em um ritmo crescente, ele a preencheu com um vigor delicioso e ela só conseguia gemer a cada movimento.

A doçura e intensidade de ser abraçada e balan­çada com tamanha intimidade fez a excitação cres­cer até um clímax explosivo.

��

Sonhos de Uma NoiteWhere stories live. Discover now