Mesmo Magoada, ela manteve o controle.
— Outras pessoas gostam dela.
— Outras pessoas. Está falando de Fletcher. E o resto do fã-clube que não tirava os olhos de você. Eles não precisam ficar tão próximos assim.
Ela sentiu um calor subir à cabeça.
— É isso que você quer, não é? Mais proximidade.
Ele a puxou contra a mesa. Ela sentiu a intensidade quando ele cobriu sua boca contra a dele e a abraçou. Beijou-o com a mesma intensidade que ele e desabotoou-lhe a camisa e o cinto, incentivando-o a abaixar o zíper do vestido e a abrir o sutiã.
Ela ficou na borda da mesa com os joelhos afastados, e ele puxou o vestido para expor os seios dela. Tremendo de desejo, ela ficou à beira do êxtase, com os mamilos doloridos e uma febre entre as coxas.
Sob a camisa aberta, o peito largo dele era insuportavelmente sedutor. Impaciente, ela se reclinou para frente e lambeu o mamilo.
Um choque percorreu o corpo de Sam. As mãos dele apertaram os ombros dela e depois, com um esforço descomunal, ele se afastou. Ela perdeu o equilíbrio e caiu ligeiramente para trás. Ele ficou de costas para ela com as mãos crispadas e os ombros tensos.
— Vista-se. — As palavras pareciam arrancadas dele. O desprezo a feriu com intensidade.
Uma onda de vergonha a dominou. Ela rearrumou as roupas com as mãos trêmulas. Como seu corpo a traíra daquele jeito? Como podia ter se mostrado tão pronta para se render?
Sam lutou para ter força de apagá-la de sua mente e esperou o desejo ceder. Lutou para não sentir o cheiro dela, para não pensar nos seios macios ardendo pelo toque masculino e nem nas coxas deliciosamente em contato com a renda preta.
Como ele, Samos Stilakos, chegara a este ponto? Quando uma mulher o levara a agir de modo tão desprezível?
Ele ouviu a porta fechar e se sentiu tomado por uma sensação de alívio.
Trêmula, desorientada, Ellie ficou do lado de fora com as mãos no rosto e o corpo e a mente numa turbulência dolorosa. Logo o desespero chegaria. Que homem a tratara com tanto desprezo?
Ficou do lado de fora até que parasse de tremer e o sangue deixasse de pulsar nas têmporas. Então, forçou-se a encará-lo.
Ele estava pegando um copo d'água, e seus movimentos eram estáveis como se nada tivesse acontecido. Andou até a mesa e olhou para ela. Por um instante, ela pensou ver incerteza no olhar sombrio.
Ela levantou o queixo, não querendo que ele visse o quanto se sentia vulnerável.
— Isso não pode continuar. Não posso aceitar.
— Não precisa se preocupar. — A voz dela estava carregada de emoção. — Neste momento, peço demissão.
Ele ficou parado com uma expressão insondável, depois se sentou.
— Talvez seja a melhor solução.
Ele pegou um lápis e o girou entre os dedos. O lápis quebrou.
— Pode esvaziar sua mesa.
Do lado de fora, ela cobriu o rosto com as mãos e sucumbiu a um ataque nervoso. As pernas cederam e ela caiu na cadeira. Abriu e fechou a gaveta algumas vezes e depois pegou uma caixa vazia. Colocou algumas coisas inúteis lá dentro, jogou tudo na mesa e recomeçou.
Depois de alguns minutos, Sam saiu. Ele deu alguns passos e a seguir parou como se tivesse lembrado de algo.
— Seu contrato exige aviso prévio de um mês. Ela manteve o olhar baixo.
— Vou embora agora.
— Se fizer isso, vai perder seus direitos.
— Pense no lucro que vai representar para o seu banco.
Ele ficou em silêncio por um momento e depois disse com voz seca e firme:
— Ainda terá que voltar para pegar a carta de referência.
Ela manteve a cabeça baixa.
— Não preciso de sua carta de referência, obrigada. Tenho referências maravilhosas de meus antigos chefes.
Ele parou em frente à mesa dela, depois entrou no escritório e fechou a porta.
Após colocar o máximo possível de seus pertences na caixa, ela ficou de pé. A porta foi aberta e Sam saiu.
— Eleanor. — Com frieza e orgulho, ela encarou o adversário.
— Se você... se encontrasse em uma situação difícil... como uma gravidez inesperada, o que faria?
Os olhos dele estavam sérios, como se estivesse mesmo preocupado. Ela ficou confusa. Por que ele precisava lembrá-la de como era antes de odiá-la? Várias respostas ousadas vieram à mente dela e não saíram de lá. Ela ainda era uma mulher e tinha coração.
Com dignidade ela disse:
— Eu encararia como uma situação buscando uma solução prática, e a resolveria.
— Como? Ou será que posso adivinhar? — Ele começou a se virar. — Não, não diga.
— Não parece óbvio? — Ela colocou a bolsa no ombro e seguiu em direção à porta. — Eu encontraria um emprego em uma empresa que se preocupa com os funcionários e tem creche no local de trabalho.
Ele a seguiu, pegou-a pelo braço e a puxou para encará-la.
— Entenda uma coisa, querida — ele falou por entre os dentes. — Nenhum filho meu será enfiado em uma creche.
Querida. Aquilo a atingiu em cheio. Ela deu um sorriso cruel.
— Apenas se você souber da existência desse filho.
***
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Sonhos de Uma Noite
RomanceAlto, moreno, lindo e grego... O deslumbrante bilionário Samos Stilakos é o sonho de muitas mulheres. E é bom que Ellie O'Dea saiba que várias já tiveram o prazer de realizar esse sonho... Agora, ele será seu chefe... Mas Sam é t...