Mas...
A promessa. Tudo conduzia mais uma vez para aquela maldita promessa. Enquanto estivesse preso pelo ridículo vínculo verbal, não via como agir de outra forma. Com a natureza passional encoberta sob a pele da recatada profissional, ela estava tão longe dele quanto uma princesa medieval em uma torre de marfim.
A voz da mãe chegou a ele.
— Não sei por que não procura uma boa garota, Sam. E uma pena que seja tão seletivo.
Ele se mexeu para alcançar a agenda sobre a mesa.
— É mesmo — ele concordou, abrindo a página daquele dia.
— Se tivesse uma bela garota para levar com você, calaria a todos. Adoraria arrancar o sorriso metido dos rostos deles. Se eu tivesse uma filha para me acompanhar... Uma garota sensível em quem pudesse confiar... Não há alguém aqui que possa convidar? Acho que terei que ir sozinha, e espero não cair morta em um lugar estranho. — Ela ficou de pé.
Sam ficou de pé também e a abraçou.
— Não se preocupe. Tenho certeza de que há hospitais em Queensland.
A ansiedade dela tinha fundamento. Natalie sabia se comportar como uma bruxa, e o casamento seria estressante. Não era uma situação confortável para a saúde de Irene. Nada o faria ir, mas se ela realmente comparecer, ele teria que encontrar meios de protegê-la. Talvez pudesse mandar alguém para acompanhá-la.
Teria que ser alguém calmo e sensível. Com habilidades sociais excepcionais. De preferência que gostasse de festas.
Uma inspiração surgiu, e era tão brilhante, tão genial e diabólica, que ele quase não acreditou. Alguém que precisaria de roupas apropriadas para tal ocasião.
Repentinamente energizado, ele deu um beijo na bochecha da mãe.
— Deixe comigo — ele disse com uma emoção renovada nas veias. — Acharei alguém para ir com você.
***
Ellie estava arrasada. Um mês no emprego e era o fim. Nem duraria tanto quanto Sasha, a primeira secretária de Sam como presidente.
Depois de Sasha, houve uma surpreendente sucessão de secretárias. Mas do mesmo modo que assumiram o cargo, elas desapareciam.
Ellie não queria chamar atenção para si e se candidatar, mas acabara tendo um encontro fatídico com Sam.
Acontecera depois da despedida de Prue, do RH. Ellie se esforçara para fazer daquela festa uma das melhores. Mais tarde, quando orientava o trabalho do bufê, uma diminuição no nível de barulho indicou a presença do chefe.
Seu amante da meia-noite.
Ele avaliou a atividade interrompida e andou até ela.
Seu coração quase parou. Será que a reconhecera?
Mais uma vez ele a prendera em seu olhar escuro e hipnotizante.
— Ellie O'Dea, não é?
Ouvir seu nome naquele timbre grave de voz a reconduziu para o quarto de hotel. A chama que ardera no sangue dela estava de volta à vida.
— Sim. Sou Eleanor. — Ela automaticamente esticou a mão. Assim que ele a apertou, sentiu uma descarga de eletricidade subir por seu braço.
Os olhos negros e profundos estavam tranqüilos e inquisidores, como o de qualquer chefe frente a uma possível funcionária.
— É ambiciosa, Eleanor?
Eleanor. Por que indicara que ele deveria chamá-la assim? Ninguém a chamava de Eleanor desde que tinha 5 anos.
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CITEȘTI
Sonhos de Uma Noite
DragosteAlto, moreno, lindo e grego... O deslumbrante bilionário Samos Stilakos é o sonho de muitas mulheres. E é bom que Ellie O'Dea saiba que várias já tiveram o prazer de realizar esse sonho... Agora, ele será seu chefe... Mas Sam é t...