I MEET THE DARK EYES OF SOMETHING

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   Querido diário, eu poderia dar uma volta pelo jardim, ou até mesmo estudar o novo conteúdo de matemática, mas ao invés disso estou aqui escrevendo em suas páginas. Eu não entendo esse meu desejo de registrar tudo o que penso, foi uma vontade espontânea. Não sei o que me prende a suas folhas amareladas. É quase como uma necessidade, escrever o que acontece parece fazer parte do meu ser interior. Por enquanto, essa vontade repentina de escrever é um mistério. Tudo o que tenho são teorias mal formuladas. Já cheguei até a pensar que eu estava enlouquecendo. Tudo isso por causa de Jisoo, quem me orientou a escrever.

Irei para a escola em 5 minutos. Espero que seja um dia produtivo. Ultimamente eu venho me sentindo entediada. Talvez por eu não conseguir sair da mesmice que minha rotina repetitiva está me proporcionando recentemente.  

Ps.: tentar arranjar um jeito de ser menos tagarela. Jisoo pode me ajudar com isso.

- Lisa









Point Of View: Lalisa Manoban

Levantei da minha cama e desci o lance de degraus pretos que dava acesso a terceira sala de estar. Eu sempre me perguntei o porquê de tantas salas, não entendo meus pais, para eles; tudo de mais é muito bom, para mim; exagero de mais é desnecessário e paranóico. Eles sempre querem esbanjar e fazer questão de mostrar glamour. Às vezes me pergunto como posso ser filha desses loucos. Mas apesar do amor pelas coisas materiais, meus pais são muito bondosos, possuindo grande facilidade para desapegar e doar, porém só depois que enjoam, é claro. Eles são muito confusos, completamente. Jurei um dia ter ouvido os dois me chamarem por um nome diferente. E também tem as raras ocasiões em que não me reconhecem como filha, geralmente quando passo muito tempo longe ou quando acordam. É estranho pensar que estão envelhecendo. Mas em resumo, para eles tudo está ótimo desde que sejam os melhores em tudo.

Sinto falta deles, estão trabalhando muito e isso faz com que não fiquem em casa, mas tudo bem, eu tenho minhas amigas e Henry, então não sou solitária.  

— Lalisa, Jisoo acabou de chegar. — Henry avisou. Ele está aqui desde que eu tinha dez anos. Apesar de parecer um jovem adolescente já está caminhando para a faixa dos trinta.

Lembro que Henry ficava comigo apenas para ter uma grana extra, mas depois a coisa passou a ser mais séria. Meus pais começaram a passar mais tempo fora e então, por causa de nossa afinidade, ele foi contratado como algum tipo de governanta, só que ele é homem. Tudo o que eu sei foi Henry quem ensinou. Toco piano muito bem, graças as suas aulas diárias e meus estudos estão em dia por causa de seus reforços.

— Aqui estão todos os seus módulos.

— Obrigada, Henry — Agradeci e segui meu caminho até a porta de saída com Henry ao meu encosto.

— Tenha um bom dia, Bebê. — Ele fala abrindo a porta para eu passar, sempre sorrindo suave.

— Você também, Mochi.

Andei pelo caminho de cerâmica em cima do campo gramado até chegar no portão principal. Rob, meu motorista, abriu a porta automática e se despediu com um aceno de mão, hoje ele não ficaria atrás do volante, Jisoo tinha se encarregado disso.

Dentro de seu carro — um Mini compacto azul que combinava perfeitamente com ela por ser um carro engraçadamente fofo. Eu particularmente adorava os momentos em que Jisoo baixava o teto solar. Nenhum vai superar a primeira vez, mas em geral era incrível quando acontecia. — ela estava linda e radiante como todos os dias. Seu sorriso fazia com que meu dia iluminasse ainda mais.

R E M A K E - M E  [First and Second Season]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora