R E M A K E - M E [First and Second Season]

KEEPING CHANGING (SHE'S REMAKE ME)

Os olhos de Jennie se abriram àquela manhã, ela grunhiu e jogou o cobertor para o lado. Sentou-se na cama, bocejando. Estranhou a clareza do ambiente. Tudo parecia estar muito brilhoso, mais forte, deve ter sido o longo tempo que passou dormindo. É, certamente foi isso. Ficou de pé e seguiu para o banheiro. Escovou os dentes e lavou seu rosto enquanto perguntava para si mesma se Rosé já estava de pé. E como de costume, ela se alto respondeu com um "claro que não, é em Rosé que estou pensando". Ela tinha que ir acordá-la, precisavam ir visitar Sunmi.

Fez uma anotação mental de como começaria a escrever a nova página de seu diário. Querido, patético e idiota, diário. Hoje tive o sonho mais louco da minha vida.

Fitou seu quarto, tinha a leve impressão de estar se esquecendo de alguma coisa. Mas não lembrou de nada, seu espaço continuava igual, como todos os anos.

Saiu dele e se assustou ao se deparar com uma casa totalmente diferente da sua. Mas o que será que tinha acontecido? Olhou para cima, seguindo as escadas. Sério que aquela casa tinha um terceiro andar? O chão era branco, as colunas, paredes, tudo. Onde estava o quarto de Rosé?

Levou um grande susto ao escutar a campainha. Era a sua audição que estava muito sensível ou aquilo era a coisa mais alta que já ouvira na vida. Ela desceu as escadas correndo, tapando os ouvidos com as mãos. Com a cabeça baixa, mais preocupada em abafar o som estridente que não parava de ser pressionado nem por um segundo, ela puxou a porta e saiu do caminho sem nem ao menos saber quem era. Procurando respirar fundo e dando graças por aquele som já ter ido embora.

— Droga! Para que servem os celulares se vocês não o atendem!?

Espera aí... ela conhecia essa voz. Se virou e só viu longos cabelos negros passando por ela e a abraçando com saudades.

— Você está bem? Aconteceu alguma coisa? — Jennie observou o rosto daquela pessoa. A claridade a atrapalhava muito, e aos poucos o foco foi se concentrando.

— Hyuna... — Lembrou-se.

— Deuses, onde está sua mãe!? — Ela encarava Jennie nervosamente, amedrontada.

— Minha mãe?

— É, Jennie, sua mãe. — E então passou a subir as escadas de modo apressado.

Jennie ficou ali, parada. O que Hyuna teria com sua mãe? Ela a reconhecia, mas não sabia como.

— O que tá pegando? — Era a voz de Rosé. Jennie olhou para o lado, encontrando a mesma de mãos dadas com Jisoo, que esfregava os olhos cansados.

Sua cabeça começou a doer. Uma onda de memórias a afogou. Ela ficou sem ar por alguns segundos enquanto tudo foi se revelando, uma atrás da outra. Sua cabeça girou.

— O que estamos fazendo aqui? — Ela perguntou. — Espera, mas e o Jimin!?

Lisa. Onde está?

— LISA.

Merda. Jennie pensou. Ela teria que mudar o jeito que começaria o Diário. Querido, estúpido e insignificante, diário. Essa merda foi real.

Ela subiu as escadas correndo e foi direto para o quarto de Lisa, a encontrando no meio de uma montanha de pelos escuros, no meio dos braços fortes de Krunk. A cabeça do gato estava deitada em cima do corpo de Lisa, como se fosse um cobertor. Ela parecia estar se sentindo muito bem. Jennie se aproximou. Krunk abriu os olhos, percebendo alguma movimentação.

— Bom trabalho, gatinho. — Comemorou, acariciando suas orelhas. Ele ronronou e miou em seguida.

Lisa se mexeu, direcionando o rosto para Jennie e abrindo os olhos vagarosamente. Era uma brecha minúscula. Lisa sussurrou o seu nome, porém Jennie não percebeu sua boca mexer, foi como se o som estivesse em sua cabeça.