D I S S A T I S F A C T I O N

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Point Of View: Jennie Kim 

Como é bom beber álcool e não ficar embriagada. A cada copo de bebida alcoólica, duas jugulares eram rasgadas. Usurpei uma... duas... três almas insignificantes e ninguém notou, estavam muito ocupados com as luzes coloridas e a música alta. O calor aumentava ainda mais, meu corpo suava e era como um inferno particular. Eu preciso parar... faz algumas horas que eu estou aqui e nesse tempo seis pessoas já se encontram mortas, mas a cada sangue diferente que eu provo, mais eu quero.

Ao invés de ficar bêbada e viciada pelo álcool, era o sangue que me embriagava, o prazer de ver as almas deixando seus corpos e o último resquício de vida sumir de seus olhos. O pânico, medo, agonia e sua garganta se fechando junto com seu peito pela falta de ar. Isso me deixa extasiada. Nesse momento eu não me importava com suas famílias ou quem eu estava afetando. Eu sou individualista, não sou? Claro que sim, sou o pior ser que já esteve nesta porra de planeta. Por que me importaria com a porra de um humano que não serve para nada!? Que se foda tudo isso porque eu sou melhor. O fato de eu estar errada diante as leis sociais e éticas é o que me faz estar certa diante do hedonismo. O prazer é o meu bem supremo, meu fundamento da vida moral. Esse é o meu estilo de vida.

Quando estava me afogando em mais um sangue delicioso resultante de meu desejo doentio, cambaleei para trás ao sentir meu celular vibrar. Empurrei que for que esteja em minha frente e a pessoa caiu no sofá da ala vip. Preguiçosamente levei minha mão até o celular e já fui atendendo sem procurar saber quem era. Inclinei a cabeça para respirar de modo profundo a cima de toda aquela multidão, eu estava deslumbrada, fascinada e seguindo as condutas do meu próprio mundo.

- Quem está falando... é você... Rosé, não é? — Adivinhei entre pausas de breves divagações, mal conseguia pensar direito de tanto êxtase. Eu ria um pouco por saber o que vinha a seguir.

- Já são três horas da manhã! O que está fazendo!? Você está na balada!? Jennie, logo depois do que aconteceu!? — Disparou nervosa. Nesse momento imaginei Rosé pegando as chaves e seu casaco para vim onde eu estou e me tirar daqui de qualquer jeito, mesmo se fosse à força. 

- É, Rosé. Estou na balada, qual o problema? — Observei as pessoas dançarem em meio a fumaça artificial e avistei um garoto muito bonito. Deve ser delicioso. Normalmente eu prefiro mulheres, mas quando se trata de alimentação qualquer um é bem-vindo. Passei a língua entre minhas presas que já davam sinal de crescimento e notei meu reflexo na parede espelhada. Em meio a tantas informações de luminescências coloridas e pessoas agitadas pulando, observei meus órgãos oculares, totalmente negros. É, parece que tem algo se elevando aqui.

Me concentrei e respirei fundo. Se alguém me visse assim, com certeza, não iria ter uma boa reação. Ao me certificar de estar com a aparência normalizada, voltei minha atenção ao celular.

- O problema!? É exatamente isso que deve estar fazendo, causando problemas! Volta para casa agora ou eu vou te buscar, Jennie! É muito perigoso deixar você sozinha por aí, ainda mais do jeito que está...

- Rosé... — Ri soprado e analisei o teto alto do ambiente tranquilamente, qualquer um sóbrio o suficiente diria que eu estava chapada ou algo parecido, pois eu era a única que se encontrava parada no meio de tanta agitação. — Eu nunca me senti tão viva. — Desliguei o celular sem escutar sua repreensão.

Nós somos demônios. Temos poder. O que estamos esperando? Por acaso devemos ser os heróis dos humanos? Foda-se os caídos. Só porque Lisa é uma Rassive devemos protegê-la, por quê? Porque querem ela? E o que eu tenho a ver com isso? Por que eu me envolveria nos problemas da vida de Lalisa quando minha vida está muito mais divertida? 

R E M A K E - M E  [First and Second Season]Where stories live. Discover now