Capítulo 19

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— Enfim aí está você!

Foi a frase que a recebeu assim que o sol terminou de se por no horizonte. Astaroth tinha uma voz bastante grave, forte e linda.

— Você foi bastante específico, então sim aqui estou. Por que me convocou dessa forma? – ela cruzou os braços olhando para ele com a cabeça meio tombada de lado enquanto absorvia sua visão impressionante.

Ele era imenso! Mais alto que Darwil ou Melok, com certeza se não tinha dois metros de altura, estava bem perto, seu peito facilmente media duas vezes a largura de Aryen, com músculos bem delineados. Cabelos escuros que sumiam atrás de seus ombros, olhos cinzentos claros e sua pele era algo entre bronzeada e o cinzento claro também, talvez devido a não estar na mesma dimensão. Nem de longe a imagem do Senhor malvado que Darwil pintara acerca dele. Ela sabia que ele podia ser ameaçador e terrível se quisesse, mas neste momento era um homem absurdamente lindo, um pouco mais maduro que Darwil, mas jovem ainda e totalmente educado. O corpo de um grande guerreiro invicto e o olhar de um também.

— De que outra forma teria sua atenção? Você parece nunca vir aqui e os outros portais não são uma opção. – a voz dele não sugeria ameaça.

— Bem, sua mensagem dizia que me contaria tudo que está acontecendo, gostaria de ouvir. Cumpri minha parte do acordo, estou aqui e sozinha.

Ele riu alto.

— Impertinente como sempre, gosto disso em você.

— Não o conheço...

— Claro que conhece! Pare de mentir – ele se aproximou esticando seu imenso braço musculoso para tocar a testa dela com o dedo indicador. A mão dele facilmente abarcaria metade da cabeça de Aryen, mas não era um movimento agressivo e ela não se retraiu.

O toque de Astaroth não podia ser sentido como material, mas era um formigamento um pouco dolorido, que mandou choques pelo corpo de Aryen, o que ela ignorou, não demonstrando sequer ter sentido. Mas ela sabia que não o enganara, ela o conhecia, vira-o em suas visões, era realmente ele que podia controlar a magia de seu corpo e ele estaria com ela em Irílion. Sua mãe não errara. Mas como? E por quê?

Então ele recuou um grande passo, deixando o aro entre eles, com um sorriso astuto no rosto e disse:

— Eu prometi e vou cumprir. Você quer saber quem me evocou para o ataque e a resposta é ninguém. O local onde encontrou o portal foi o mesmo onde esteve por milênios, eu o ativei, posso fazer isso, não preciso que ninguém me chame.

— Por que não falou comigo lá?

— Acabara de enfrentar um ataque, teria me dado chance de falar?

— Provavelmente não.

— Não contava, no entanto, que avariasse meu pertence.

— Desculpe, mas isso era um pouco óbvio que eu faria. – ela disse bem humorada, afinal era realmente óbvio.

Guardiã de GantháWhere stories live. Discover now