Capítulo 62

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Ao contrário do que Aryen costumava fazer nas incursões, desta vez Astaroth instruiu-a para usarem apenas magia, estavam em um planeta repleto de criaturas, precisariam ter fôlego para a destruição completa que precisavam realizar ali.

"Tudo bem! Matamos uma parte e absorvemos outra, certo?" – ela perguntou, confirmando o que entendera da mente dele.

"Exatamente! Assim nos mantemos bem e mantemos nossa magia em níveis adequados. Somente partiremos para embate físico quando for estritamente necessário, o que pode acontecer quando estivermos com aproximadamente cinquenta por cento do planeta limpo deles".

"Como assim, pode acontecer?"

"Ary, nosso trabalho é preservar a vida, intervir quando for estritamente necessário, portanto é bastante óbvio que nunca precisei limpar um planeta inteiro com mais de um milhão e meio de seres. Essa ação, apesar de necessária, vai afetar nossa magia. Nunca matei tantos de uma vez em meus vinte mil anos aqui e sua arma absoluta, suas explosões, além de gastarem muita energia de uma vez só, não alcançam mais do que dez quilômetros com o meu poder em suas veias". – ele respondeu.

"O que certamente quer dizer que em algum momento provavelmente não teremos magia para nos apoiar". – ela terminou entendendo.

"Quando isso ocorrer, vamos nos retirar por pelo menos um ou dois dias, percorrer alguns planetas absorvendo energia, dormir e voltamos. Não haverá tempo para chamarem ajuda e se houver, os que vierem nos pouparão o trabalho de localizá-los".

"Concordo".

Eles saíram das sombras na borda da primeira cidade no 8º dia desde que chegaram a ele. Depois de já terem percorrido o planeta, estudado, mapeado e danificado naves, comunicação e tudo que puderam, para deixar os devoradores presos no planeta e sem se comunicarem. Sabiam que existia o risco da mente coletiva dos clãs ser um problema, mas não tinham outra opção, em algum momento teriam que começar.

Astaroth restringiu o alcance da mente da cidade para aquela localidade, mas não tinha como saber se seria eficiente, vez que nem ele era capaz de entender o dialeto daquelas criaturas.

Ele tentou, em uma de suas incursões solo. Mantivera uma criatura viva por tempo suficiente para olhar sua mente, mas como Aryen avisara, aquilo era um caos primitivo de sons estranhos e imagens desconexas. Pela primeira vez, encontrou um ser que era incapaz de compreender, nem os animais mais selvagens dos planetas que conhecera tinham uma mente tão estranha.

Eles explodiram a maioria das criaturas que conseguiram sentir, absorvendo de onde estavam a energia das poucas que pouparam para este fim.

Foi um trabalho monumental, muito mais rápido do que as incursões, porque perder tempo ali poderia significar a morte, mas exaustivo, extenuante.

Guardiã de GantháOnde histórias criam vida. Descubra agora