Capítulo 31

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— Vai trazer Ayron, Darwil e Melok para cá agora? – ela perguntou para Astaroth tão logo o encontrou na biblioteca da mansão.

— Claro que não.

— Sabe que se dirigem para Irílion, certo? A nave ficou pronta.

— Sei disso, mas fui bastante claro quando disse que complementariam e supervisionariam as primeiras construções e testes antes de, talvez, virem se juntar a nós.

— Certo. – suspirou Aryen aliviada.

— Por quê?

— Não quero matar nenhum deles por acidente.

— Por que o faria?

Ela apenas olhou para ele de forma significativa, esperando que ele mesmo respondesse.

— Acha que seu último amante vai ter um aneurisma quando souber que você está hospedada em meus aposentos. – ele afirmou.

Então ele parou. Concentrou-se e gargalhou.

— O quê?

— Não se preocupe, ele acabou de ter um. Ayron acaba de contar a ele.

— Que ótimo! – ela revirou os olhos, então olhou de novo para Astaroth e encarou meio pasma, meio pensativa.

— O que foi? – perguntou Astaroth, desde que ele lhe cedera seu sangue para a mutação, deixando-a imune aos venenos inimigos, ela o bloqueou e ele não era mais capaz de ler sua mente.

— Ast, eu não posso deixar Darwil se alimentar somente de mim até a batalha. Mesmo que ele concorde.

Para total surpresa de Aryen, Astaroth concordou com a cabeça e imediatamente entendeu onde ela queria chegar.

— Porque se o fizer ele terá acesso aos vestígios do meu sangue que mantém em seu sistema para manter a imunidade às criaturas e isso pode ser de muitas formas uma péssima ideia. Concordo.

— O que faremos?

— O que eu farei? Assim que o momento chegar, e ele estiver pronto, vou libertar a magia dele. Então terei que treiná-lo do zero para utilizá-la.

— E para não perdermos tempo precioso, terei de estar pronta para fazer as incursões com Shadow e dizimar o máximo possível daquelas coisas.

— Quer fazer isso?

— Claro que quero! Posso fazer, sabe disso. Além de ser uma garantia de que não serei capaz de explodir durante o sono, por pura falta de energia para isso. – ela completou rindo, mas Astaroth não riu.

— Ary essas explosões estão ligadas à sua mente. Sabe disso.

— Sim eu sei. – ela exalou se sentando na poltrona de frente à mesa onde ele estava – Mas não sei como evitar, toda vez que durmo me vejo na batalha, vejo essas coisas dizimando outros seres e isso me descontrola. A experiência com o filhote também não está ajudando. Então realmente estou perdida sobre isso.

Guardiã de GantháWhere stories live. Discover now