Capítulo 61

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— Não tem a pretensão então de se tornar mãe?

— Achei que soubesse tudo sobre mim a essa altura.

— Não se esqueça que minha mente também está em expansão para abarcar o novo domínio, portanto para facilitar o processo me mantenho no presente.

— Ok! Não, não pretendo ser mãe. No treinamento transmorfo, quando aprendi a transformar meu corpo internamente, excluí todo meu sistema reprodutor por opção, fiz um trabalho fantástico e procurei um velho amigo bruxo na orla exterior depois disso, para apagar de minha memória o processo de reversão. Com o único objetivo de não ser capaz de recuperá-lo, mesmo que por acidente. Isso afetou meu conhecimento de medicina obtido na academia, mas pouco me importei, só me obriguei a rever o que realmente era importante, sou uma guerreira e não uma curandeira.

Astaroth estava surpreso, isso era algo novo para ela, não imaginava que ele pudesse se surpreender.

— Por quê?

— Não sei, nasci diferente, meus pais contam que quando era criança, antes da idade de ingresso na academia, já me interessava por treinamento bélico, estava sempre na sala de treinamento dos soldados de meu pai, eles achavam hilário e me deixavam "brincar", como diziam, só começaram a levar a sério e perceber que para mim isso não era brincadeira quando aos oito anos de idade derrubei um soldado adulto com minhas espadas de madeira, porque ele rira das minhas tentativas de melhorar meus golpes sozinha e me desafiou, ninguém queria treinar comigo, então eu fazia o que podia. Depois disso, meu pai designou um mestre de armas para mim e Ayron que me praguejava sem parar por ser obrigado a treinar por minha culpa. – ela riu.

Ela parou por um instante e depois continuou.

— Nunca quis ser uma rainha, era chato demais, parado demais. Amo o reino onde nasci, mas não tinha real pretensão de permanecer lá para sempre. Queria mais, queria estar onde fosse necessária, nunca me importei muito onde fosse designada, desde que soubesse que estava agindo pelo melhor da maioria.

"Um filho não me permitiria isso, estaria constantemente preocupada com ele, e já que existem trilhões de outras fêmeas gerando crianças pelo universo, minha contribuição realmente não é necessária para absolutamente nada nesse sentido, principalmente porque não sou a melhor indicação para perpetração de espécie, vez que não tenho uma, portanto abri mão".

"Também não sou muito paciente com elas, odiava ter que cuidar dos menores na academia, eles são irritantes, tomava muito tempo, reduzia meu tempo com os treinamentos, enfim... fiquei bastante feliz quando descobri que não tinha realmente necessidade de me reproduzir. Ayron com certeza fará isso por mim".

— Nunca imaginei que encontraria uma fêmea que pensasse como você. – ele admitiu.

— Ninguém imaginaria Ast, por isso sempre soube que os homens que se apaixonaram por mim não o fizeram me conhecendo realmente, certamente nenhum monarca gostaria de se casar com alguém que não lhe daria herdeiros. Yan tentou de todas as formas, sem sucesso obviamente, plantar um filho seu em mim, chegou a procurar seus curandeiros para saber se havia algo errado em seus genes que o incapacitava para isso.

Guardiã de GantháOnde histórias criam vida. Descubra agora