Capítulo 50

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— Achei que a reunião duraria até a guerra. – ela reclamou se virando para ele assim que o portal se fechou deixando-os em seus aposentos em Irílion.

Shadow reclamou na porta e Astaroth abriu para que ele saísse para caçar e dormir onde queria. Então voltou para ela.

— Não parecia estar sendo torturada, enquanto esperava. – ele puxou-a para si rindo.

Ela ficou na ponta dos pés, o puxou e o beijou, então recuou um pouco.

— Diga-me que esta foi a última – ela esboçou falso martírio.

Ele riu.

— Então? – ela insistiu.

— Não se preocupe, deixei claro que eles podem prosseguir sem mim. Saberei o que decidirem de qualquer forma, não preciso estar fisicamente lá... O que me lembra que estamos sozinhos aqui. – ele terminou puxando-a de novo e beijando-a.

Aryen achava realmente muito bom estar em seus braços sem ter de se preocupar que havia mais pessoas na mansão e que em algum momento não ia conseguir se controlar e acabaria por demonstrar o que sentia alto demais. Principalmente porque todas as vezes em que sentia as presas dele enterrando-se em sua garganta era inevitável emitir algum som muito audível de prazer por tudo que sentia. E ele não colaborava para que fosse diferente, pois tanto quanto ela amava a sensação.

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Aryen não acreditou quando deu de cara com seu irmão, Melok e Darwil na mansão retornando para iniciar a próxima fase dos planos de Astaroth. Já se passara um mês? Jura?

Seus treinamentos eram exaustivos, porque agora ela precisava manter as criaturas à volta vivas e torrar apenas os devoradores. Para que isso fosse mais evidente, Astaroth dividira o trabalho com ela, ele exterminava as colônias mais antigas e ela se encarregava das novas, garantindo, assim que dentro da área de devastação de suas explosões houvesse criaturas comuns ainda vivas, para que ela pudesse salvar.

A princípio isso a assustara, então eliminou duas colônias apenas com as espadas e com o corpo recoberto de fogo e ar, não confiando em si mesma para a tarefa. Mas ele não estava feliz com isso, forçando-a a ver que se não tentasse jamais iria alcançar o controle. Ela começou com colônias onde as vidas inocentes eram mínimas, expandindo para outras mais jovens, onde a vida as cercava. Descobriu que podia controlar inclusive o alcance das explosões, restringindo-as ao acampamento somente, sem avançar além dele, isso já garantia uma boa melhora nas perdas. Então lembrou-se que era ainda mais fácil concentrar as explosões para acontecerem fora de seu corpo, ela não precisava ser o centro inicial. Com a concentração total nesse intento, conseguiu fazer que cada criatura explodisse individualmente.

Descobriu que a habilidade conseguida com o sangue de Astaroth, fazia-a perceber as diferenças, ela podia sentir quem eram os inimigos e separá-los dos inocentes. Tornando seu trabalho mais fácil e eficiente. Ela ainda perdia algumas vidas, de vez em quando, mas seu foco estava extraordinariamente melhor.

Guardiã de GantháWhere stories live. Discover now